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Diabetes: Uma questão de glucose

28 Novembro, 2012 0

A 14 de Novembro assinala-se o Dia Mundial da Diabetes. Uma ocasião para relembrar esta doença que é crónica mas que é controlável, se os valores de glucose no sangue forem vigiados e o tratamento adequado. E, claro, se for mantido um estilo de vida saudável.

Portugal é o terceiro país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE ) em incidência da diabetes. Segundo dados do Observatório Nacional da Diabetes, em 2010 sete por cento da população havia sido diagnosticada com a doença, calculando-se que existiam outros 5,4 por cento não diagnosticados. O mesmo relatório apontava para um quarto da população entre os 60 e 79 anos com diabetes.

São números mais do que suficientes para dar a conhecer melhor esta doença. Trata-se de uma doença caracterizada pelo aumento dos níveis de glucose no sangue (hiperglicemia).

O que está em causa é a forma como o organismo utiliza a glucose, açúcar produzido e armazenado pelo fígado mas também fornecido pelos alimentos e que constitui a principal fonte de energia do corpo humano. Para a glucose entrar nas células é preciso insulina, uma hormona produzida pelo pâncreas. Na diabetes, o pâncreas não produz insulina suficiente ou o organismo é resistente à sua acção e, com frequência, estas duas situações estão presentes, o que leva ao aumento da glucose no sangue e níveis de açúcar mais elevados do que o normal podem abrir caminho a um vasto conjunto de problemas de saúde.

 

Uma doença, dois tipos

Existem dois tipos principais de diabetes: o tipo 1 e o tipo 2. Na diabetes tipo 1 há destruição das células produtoras de insulina do pâncreas pelo sistema imunitário, geralmente devido a uma reacção auto- -imune, pelo que o organismo não consegue produzir insulina. O tratamento requer sempre a administração de insulina, sem a qual as pessoas com diabetes tipo 1 não conseguem sobreviver.

Este tipo de diabetes pode ocorrer em qualquer idade, mas surge tipicamente na infância e nos adultos jovens.

Mais comum – correspondente à grande maioria dos casos – a diabetes do tipo 2 ocorre quando o pâncreas produz pouca insulina ou porque as células se tornam resistentes a esta hormona.

O que acontece exactamente ainda não é conhecido, mas estão identificados alguns factores de risco, com destaque para o excesso de peso e obesidade e para a inactividade. Está provado que quanto mais tecido adiposo se tem – sobretudo abdominal – mais as células se tornam resistentes à insulina.

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As mulheres apresentam um risco muito particular: as que tiveram diabetes gestacional ou deram à luz filhos com quatro ou mais quilos têm uma maior probabilidade de desenvolver diabetes.

Ter antecedentes familiares também aumenta o risco, o mesmo acontecendo com a idade: a incidência da diabetes tipo 2 aumenta à medida que os anos passam, embora esteja a crescer entre as crianças e os adultos jovens. A diabetes tipo 2 surge habitualmente após os 40 anos, mas pode ocorrer mais cedo, e o tratamento inclui uma alimentação adequada, exercício físico e a toma de medicamentos.

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