Arquivo de Utentes - Médicos de Portugal

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É um processo mediante o qual uma mulher oferece o seu útero para realizar a gestação de um bebé de outro casal que tem problemas de fertilidade. Uma vez que nasce a criança, é entregue a esse casal que se converte legalmente nos seus pais, enquanto a mulher que esteve grávida da criança renuncia a todos os seus direitos como mãe.

Os principais motivos que levam os vários casais a recorrer a este método são: a mulher ter um útero disforme ou que careça por completo dele, como acontece em mulheres que sofreram de cancro.

Existem dois tipos de barrigas de aluguer: tradicional e gestacional. No primeiro caso a mulher é inseminada artificialmente com o esperma do homem que deseja ser pai ou com um dador anónimo de esperma. A mulher, que neste caso é a mãe biológica do bebé, deverá dar a criança em adopção aos futuros pais, um procedimento que se deverá ajustar às leis de cada país.

No segundo caso a mãe biológica doa um óvulo ou mais que serão fecundados in vitro com o esperma do homem. Esses embriões transferem-se à mãe gestacional, a qual desenvolverá os embriões na sua barriga. No aluguer gestacional de um ventre os nomes dos pais biológicos aparecem no certificado de nascimento do bebé que se realiza no hospital, o que significa que fica registado como filho do casal que tem problemas de fertilidade.
Miguel Angel Boix, advogado, afirma que “o processo é distinto e alheio ao da adopção. Não existem famílias adoptantes, as leis que regulam a adopção são distintas das que regulam o processo de mães de aluguer nos países onde ambos os procedimentos são legais. No caso da barriga de aluguer os pais são os que querem ter filhos próprios, e para isso utilizam o óvulo da mãe e o espermatozoide do pai. Para além disso, se algum deles for estéril há sempre a possibilidade de se usar óvulos ou espermatozoides de dadores. A mãe de aluguer deve perceber e saber desde o princípio que o bebé que tem na sua barriga não é seu”.

Como é que se leva a cabo este processo?

Naqueles países onde esta prática é legal, como na Grã-Bretanha, Estados Unidos ou Canadá, existem agências especializadas através das quais os casais que desejam uma mãe de aluguer podem contactar com mulheres que oferecem este serviço.

Estas agências encarregam-se de levar a cabo os exames médicos e psicológicos necessários a todas as mulheres que estiverem a oferecer o seu útero em aluguer, antes de aceitá-las como clientes. Também se encarregam dos aspectos legais do processo.

O programa de mães de aluguer está sempre baseado numa atitude altruísta da mulher que quer ser mãe de aluguer. Esta não deve guiar-se pelas expectativas económicas que no final não existem. Normalmente as agências rejeitam as solicitações das mulheres que com os programas procuram o lucro económico pessoal” explica Miguel Boix.

O casal que requer este tipo de serviço, primeiro recebe um folheto com toda a informação. Depois, reúne-se com os especialistas, incluindo um advogado e um psicólogo, onde são estudadas as diferentes opções e onde se determina qual é a opção certa, se a opção tradicional ou a gestacional.

Nessa reunião inicial, o casal deve determinar que características espera da mãe de aluguer, que tipo de contacto gostaria de manter com ele e tudo o que diz respeito às questões financeiras e legais.

Depois, devem escolher entre as mulheres aquela que mais se ajusta aos seus desejos. As mães de aluguer devem cumprir uma série de requisitos: serem mães de pelo menos duas crianças e saberem criá-las, ter entre 25 e 35 anos, devem submeter-se ainda a um rigoroso exame de saúde e a uma avaliação psicológica, devem ter uma situação económica estável, etc.

De seguida, acontece o encontro entre ambas as partes e deve-se chegar a um acordo sobre todos os aspectos relativos à gravidez. Devido à complexidade do tema e dos possíveis problemas que podem surgir, é recomendável que ambas as partes contem com um advogado. Também é boa ideia procurar acompanhamento psicológico, já que tanto a ideia de ter que se dar um bebé que esteve nove meses na sua barriga, como a ideia de outra mulher dar à luz o seu filho pode ser difícil de aceitar.

Vantagens e desvantagens

Um dos aspectos positivos mais óbvios do processo é que um casal que não pode ter filhos consegue ter um filho biológico. Não é a mesma coisa que adoptar uma criança, já que os óvulos e o esperma são dos próprios pais. Para além disso, pode-se criar um vínculo bastante forte entre a mãe de aluguer e o casal pode participar activamente na gravidez.

Infelizmente, este método também apresenta aspectos negativos: problemas legais, o dinheiro que este método custa, a ansiedade de todo o processo, discordância da mãe biológica na maneira como a mãe de aluguer leva a cabo a gravidez, etc. É um processo difícil, psicologicamente falando, e há que estar muito preparado para enfrentá-lo.





Tudo começa com uma mutação no gene GLA, onde está localizada a enzima alfa-galactosidase, responsável pela degradação e eliminação de um tipo de gorduras específicas (GL-3).


Essa mutação genética faz com que, num determinado organismo, não haja produção desta enzima ou que a sua actividade seja insuficiente: a consequência é a acumulação progressiva daquela gordura no interior das células, sobretudo nas paredes dos vasos sanguíneos.


É um processo generalizado a todo o corpo, o que significa que não há tecidos nem órgãos imunes. Com o acumular da gordura, coração, rins e cérebro, entre outros, vão deixando de funcionar correctamente, causando problemas e complicações que podem pôr em risco a vida.


É quase sempre na infância que a Doença de Fabry se manifesta, sendo a dor o primeiro sintoma e o mais comum.


Provavelmente causada por uma lesão no sistema nervoso, surge, em muitos doentes, associada a variações do clima, exercício físico intenso e stress.


E pode manifestar-se de duas formas diferentes - através de sensações como ardor, formigueiro, picadas e desconforto constante nas mãos e nos pés (são as acroparestesias) ou através de episódios de dor intensa, descrita como uma queimadura, inicialmente sentida nos pés e nas mãos mas irradiando para outras partes do corpo (são as chamadas crises de Fabry, passíveis de causar um elevado grau de incapacidade).


Comum entre os doentes é a dificuldade, ou até impossibilidade, de suar, o que se deve à acumulação da gordura nas glândulas sudoríparas e a lesões no sistema nervoso autónomo. O resultado são episódios de febre sem causa aparente, o sobreaquecimento em exercício físico e a intolerância ao calor.


Já o sinal mais visível desta doença rara é uma característica erupção cutânea, com lesões de cor vermelha escura e espessas. São os angioceratomas, localizados sobretudo entre o umbigo e os joelhos, mas podendo também surgir nas pregas cutâneas (cotovelos e joelhos). E tanto podem ser semelhantes à ponta de um alfinete como ter vários milímetros.


Os olhos também sofrem com a ausência da enzima alfa-galactosidase. A gordura acumula-se na córnea, dando origem a zonas opacas com um padrão que imita os raios de uma roda de bicicleta ou uma espiral. No entanto, estas opacidades não perturbam a visão.


Comuns são ainda as queixas digestivas, com dor após as refeições, náuseas e vómitos. Problemas renais e cardíacos, com risco de insuficiência dos órgãos, e problemas neurológicos, com risco de acidente vascular cerebral em idade jovem, estão também associados à Doença de Fabry.


O mesmo acontece com perturbações do foro neurológico, sendo frequentes sentimentos de desespero, negação dos sintomas e depressão.


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O sarampo foi absolutamente fatal para muitas - demasiadas - vidas. A vacina ajudou a conter a expansão desta doença altamente contagiosa, mas não impede que continue a existir.


Causada por um vírus facilmente propagado pelas secreções nasais ou bocais, a infecção respiratória estende os seus efeitos aos olhos e à pele.


Aliás, é precisamente na pele que se declaram os sintomas mais visíveis - as manchas avermelhadas. O percurso descendente é uma característica, por isso surgem primeiro na cabeça até chegarem aos pés num processo que dura cerca de três dias.


Paralelamente às manchas, a febre elevada, tosse, irritação da garganta, secreções nasais e dores musculares compõem os sintomas apresentados.


Na boca, surgem pequenos pontos irregulares com um centro esbranquiçado - são as manchas de Koplik, que geralmente precedem as erupções cutâneas. Nos olhos, a inflamação e a vermelhidão típicas da conjuntivite, a que se associa uma particular sensibilidade à luz - daí que, no tempo em que o sarampo era generalizado, as crianças eram mantidas num ambiente escuro e as entradas de luz cobertas com panos vermelhos.


O vírus do sarampo possui um período de incubação de aproximadamente 10 dias, com variação que pode ir dos 7 aos 18 dias, após o contágio, com a doença a prolongar-se entre 4 a 7 dias. O período de maior contágio ocorre 2 a 4 dias antes das erupções cutâneas e perdura até 2 a 5 dias após o aparecimento das mesmas. É então que a simples presença de um doente
pode significar o contágio de todos os que com ele contactem, havendo 90 por cento de probabilidades de isso acontecer se não tiverem sido vacinados.


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O envelhecimento é uma experiência psicoafectiva altamente exigente e cujas mudanças afectam em muitos casos a imagem que os indivíduos têm de si próprios, especialmente porque existe a diminuição de algumas capacidades. É nessa altura da vida que o ser humano se confronta com o luto de pessoas próximas e com a sua própria morte. Se a capacidade de resposta, a este momento de vida, não for a mais adequada, podem acontecer desequilíbrios, causadores de sofrimento psicológico. Precisamos então de nos preparar.


 


1. SOB O ASPECTO COGNITIVO: precisamos de estimular a atenção, a memória, o raciocínio.


- Ganhe hábitos de leitura e nunca os perca!
- Leia romances, ficção ou livros históricos, leia sobre política, leia jornais e acompanhe os conflitos.


- Pense e reflicta sobre o mundo à sua volta!


- Crie argumentos e defenda-os.


- Faça jogos intelectuais!


- Faça palavras cruzadas; charadas; leia em voz alta!


- Faça o máximo de contas sem recorrer à calculadora.


- Faça jogos de palavras para alargar o vocabulário!


- Escreva. Divirta-se utilizando o cérebro.


 


2. SOB O ASPECTO COGNITIVO: precisamos de estimular a motivação, que de todas é a tarefa mais complexa.


- Reforce a confiança em si! É mais fácil faze-lo quando antes já confiávamos nas nossas capacidades.


- Não descure o repouso!


- Mantenha a curiosidade e o interessa pelas novidades! Procure conhecer sítios e pessoas novas!


- Converse com os seus amigos e escute-os. Reserve tempo para a socialização.


- Mantenha-se emocionalmente disponível e aberto.


 


Estas simples recomendações tendem a maximizar as capacidades individuais. Todas as soluções ou acções são bem-vindas, desde se utilizem os recursos intelectuais e emocionais disponíveis, sendo que doses de optimismo facilitam em muito!





A pergunta é pertinente. Todas as mulheres devem ter cuidados especiais enquanto estão grávidas. Idealmente, deveriam preparar a sua gestação antecipadamente. Quando existe uma patologia, todos os cuidados deveriam ser redobrados nesta fase. É o caso da diabetes prévia à gravidez. Como ultrapassar a patologia e viver a gestação como um verdadeiro estado de felicidade? É o que lhe dizemos neste artigo.





O mongolismo, mais tarde conhecido como síndrome de Down, foi descrito, pela primeira vez, na Grã-Bretanha, no séc. XIX, pelo médico inglês John Landgdon Down, com base em algumas características observadas em crianças internadas num asilo de Inglaterra.

“Na segunda metade do séc. XX, J. Lejeune e colaboradores descobrem que o mongolismo resultava da presença de um cromossoma 21 supra-numerário (três cromossomas, em vez dos dois habituais), pelo que esta doença genética passou a designar-se, correctamente, por trissomia 21 (literalmente, três cromossomas 21)”, explica o Dr. Miguel Palha, pediatra do desenvolvimento e Director Clínico do Centro de Desenvolvimento Infantil Diferenças. Todos nós temos, no nosso ADN, 46 cromossomas, ou seja 23 pares. O trissómico não tem 46 cromossomas mas sim 47, localizando-se esse cromossoma extra, no par 21.

O risco de nascimento de uma criança com trissomia 21 aumenta com a idade da mãe. “Para as mães com idade superior a 35 anos, a probabilidade de se ter um filho com esta deficiência é significativamente mais elevada”, afirma Miguel Palha.



Características físicas e psíquicas

As pessoas com trissomia 21 têm uma incidência muito elevada de anomalias associadas. “O aspecto exterior (fenotipo) é muito característico: cabeça pequena, fendas palpebrais orientadas para fora e para cima (como nos povos orientais), orelhas pequenas e de implantação baixa, língua exposta fora da boca, pescoço curto e largo, mãos e pés pequenos e quadrados, baixa estatura, entre outros”, descreve Miguel Palha. Podem ainda verificar-se algumas perturbações na fala, decorrentes de uma macroglossia (língua grande) e de uma cavidade oral pequena. “Adicionalmente, a macroglossia relativa é um dos mais significativos e um dos mais evidentes estigmas físicos da trissomia 21”, acrescenta o especialista.

Estas são algumas das diferenças entre os portadores desta patologia e os outros. Quase todas as crianças com trissomia 21 apresentam ainda um défice cognitivo, “embora em dimensões muito variáveis. De um modo geral, é ligeiro a moderado”. No entanto, estas crianças podem ter uma vida normal e “alcançar bons níveis de autonomia pessoal e social”. São também muito meigas, alegres e “com grande capacidade para as trocas sociais”, acrescenta Miguel Palha.

Para que isto aconteça, os seus pais devem procurar associações que apoiem os portadores de trissomia 21. É o caso do Centro de Desenvolvimento Infantil “Diferenças”, com sede em Lisboa, e da Associação para portadores de trissomia 21 (Apatris 21), localizada no Algarve. Ambas as instituições desempenham um trabalho de extrema importância nesta área.

“Aqui, no Diferenças, as crianças têm um plano médico e um plano educativo. Vão uma vez por ano ao médico e têm uma rotina estabelecida, onde são avaliados os problemas de oftalmologia, de cardiologia, entre outros”, explica a Dra. Susana Martins, terapeuta ocupacional. No plano educativo, as crianças frequentam sessões de educação especial ou terapia da fala. “Os pais devem estar presentes em alguns destes encontros. A ideia é explicarmos o que estamos a fazer para que continuem o trabalho em casa.”

O desenvolvimento de uma criança com trissomia 21 é mais lento. No entanto, ela vai desenvolver e realizar todas as suas capacidades e actividades, mas comparativamente com as outras crianças, sempre um pouco mais tarde e mais lentamente. Por esse motivo, os pais de algumas destas crianças ficam surpreendidos com a sua evolução. “À partida, conseguem fazer um processo de aprendizagem adequado, se for muito bem treinado”, acrescenta Susana Martins.





Há circunstâncias em que pode haver solução, outras há que se tornam irreversíveis.

Esta ideia aplica-se ao cidadão comum, mas sobretudo a grupos profissionais de risco, a quem a lei do trabalho obriga a testes auditivos periódicos. Mas também existem programas em curso para a despistagem de limitações auditivas a recém-nascidos, como o atestam institui­ções como o Hospital de D. Estefânia, em Lisboa.

É precisamente por aqui que tudo começa, no que toca a uma boa saúde auditiva, antes de avançarmos por outros caminhos. Até porque qualquer perturbação auditiva à nascença, por pequena que seja, pode trazer outras complicações no futuro, nomeadamente num ponto importante: a fala.

Nos primeiros três anos de vida é fundamental que as faculdades auditivas sejam normais, porque vão ter influência no desenvolvimento da linguagem.

Por isso, não só é aconselhado que qualquer deficiência seja detectada o mais cedo possível, como também a terapêutica indicada deve arrancar antes dos seis meses de idade

Outras razões que justificam a realização do rastreio? As probabilidades de uma crian­ça nascer com carências auditivas acentuadas cifram-se num ou dois casos por cada 1000, mas 90% das crianças nascidas com problemas sérios a esse nível não têm antecedentes familiares ou factores de risco que anunciem um prognóstico de surdez.



Primeiro exame dura pouco
e não dói

Os avanços tecnológicos obtidos nesta matéria dão garantias em diversos aspectos.

«Nas crianças mais pequenas, até aos três anos, utilizam-se técnicas próprias para despiste da audição, como pesquisa de potenciais evocados auditivos, jogos interactivos, visionamento de imagens, mas também exames como o timpanograma. Este consiste na introdução no ouvido de um dispositivo adequado a bebés ou crianças um pouco mais velhas, que tem a capacidade de medição da pressão, emitindo igualmente sons muito leves. Isso traduz-se numa curva de funcionamento do ouvido, ou seja, do conjunto formado pelo tímpano e pelo conjunto de ossículos e pequenos músculos associados», refere o Dr. Borges Guerra, otorrinolaringologista do Hospital de Pulido Valente, em Lisboa.

Estes exames nos recém-nascidos são efectuados durante o sono, duram pouco tempo e não significam dor. Podem ser repartidos por duas fases: uma primeira, antes de sair do hospital, em que os resultados obtidos não indicam qualquer deficiência. Mas por vezes há dúvidas, porque o ouvido não deu resposta, por vários motivos: a audição está realmente atingida ou havia líquido no interior do ouvido, por exemplo. Aí haverá uma repetição dos testes, que será decisiva.

Em fases mais tardias, o audiograma, a pesquisa de reflexos tem como objectivo testar a reacção do ouvido a sons com determinadas frequências e, desse modo, verificar como está o sistema auditivo, refere o especialista. Isto porque há sempre que contar com o inesperado: infecções ou traumatismos que podem contribuir para danificar o aparelho auditivo.

Borges Guerra considera ainda que as crianças não devem começar a usar apare­lho numa fase tardia, se antes já havia um motivo para tal.

Como meio complementar da história clínica e da observação médica, a TC (tomo­grafia computadorizada) é uma ajuda preciosa para descobrir com mais pormenor se há líquido acumulado, fibroses ou anomalias das estruturas do ouvido.





As infecções das vias superiores são as mais comuns e podem, manifestar-se como constipação, gripe, anginas e faringite. As infecções das vias respiratórias inferiores manifestam-se sobretudo através de bronquiolite e pneumonia.


As IR têm uma elevada prevalência nas crianças, principalmente na faixa etária até aos 5 anos. Pode dizer-se que as IR afectam sobretudo as crianças e estima-se que cerca de 50 % das doenças que as afectam até aos 5 anos de idade são IR.


As causas das IR são maioritariamente vírus. Já as infecções mais graves do tracto respiratório inferior são frequentemente originadas por bactérias ou têm origem mista.


 


As IR e a criança


As infecções respiratórias superiores, em todas as idades, caracterizam-se por sintomas nasais como o pingo do nariz, nariz entupido, dores de garganta, mal-estar geral e febre. Podem surgir ainda queixas de acordo com os órgãos envolvidos (gânglios linfáticos do pescoço, dores de ouvidos, vertigens…).


As IR inferiores caracterizam-se por dificuldade respiratória, pieira, febre alta, cansaço e falta de apetite. Estes conjuntos de sintomas podem estar sempre presentes ou apenas surgirem alguns deles.


O organismo da criança é por natureza mais vulnerável e daí poder ser mais afectado pelos factores de risco. A atenção à evolução das IR na criança é da maior importância, são geralmente infecções com uma evolução benigna e autolimitada. Mas há factores de risco que podem contribuir para um agravamento da infecção: caso do tabagismo passivo, a existência de alergias, contacto com poluentes, tanto no ambiente doméstico como no meio circundante, há também de ter em conta o ambiente das creches ou infantários. O maior número de consultas abona esta evolução benigna, devem-se a problemas das vias respiratórias superiores, tais como o resfriado, a congestão nasal e a faringite.


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Tensão mamária, atraso do período menstrual e enjoos matinais são fortes indicadores de uma gravidez. São sinais que podem variar de mulher para mulher, contudo, existem alguns comportamentos que reforçam as suspeitas, por exemplo a não utilização de qualquer tipo de método contraceptivo durante uma vida sexual activa. Urge, pois, a necessidade de uma rápida confirmação para acalmar a crescente ansiedade que se pode fazer sentir.


Nestes momentos, os testes de gravidez funcionam como solução para satisfazer tal curiosidade. Em algumas situações, as dúvidas não se dissipam após a realização de um teste rápido adquirido na farmácia e feito em casa. Embora a sua taxa de precisão seja bastante elevada, não atinge os 100 por cento. Tal como em muitos outros exames, também nestes pode haver falsos resultados.


Existem, pois, algumas questões que devem ser previamente colocadas. Qual a melhor altura para realizar um teste rápido? O resultado pode ser condicionado por alguns medicamentos?


Estas são algumas perguntas importantes que facilmente podem ser respondidas na farmácia, contudo a impaciência em obter o resultado pode tornar a tarefa mais difícil.


Embora muitas marcas comerciais indiquem ser possível obter um resultado fiável logo no primeiro dia em que “falha o período”, é aconselhável recorrer aos testes rápidos apenas quando já haja um atraso de pelo menos uma semana, se o ciclo menstrual for regular. O resultado é determinado através da detecção na urina da hormona gonadotropina coriónica humana (hCG). Esta hormona começa a ser produzida pelo organismo quando a mulher fica grávida e os seus valores aumentam bastante nos primeiros dias de gravidez, sendo possível detectar a sua presença na urina através deste teste.


Os vários testes disponíveis no mercado, por norma, são semelhantes a uma caneta e têm uma tira absorvente, que é colocada em contacto com a urina.


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A pele do bebé é imatura e frágil, sendo que o seu amadurecimento se prolonga até aos oito, nove anos. Nos primeiros meses, a camada superficial é demasiado fina para suster a acção de agentes externos, pelo que é muito sensível e propensa a inflamações. O pH cutâneo é neutro e vai ganhando acidez, o que reduz a defesa face a microorganismos patogénicos.


Além das pregas cutâneas profundas e numerosas que exigem uma higiene cuidada, a segregação sebácea e sudorípara não é suficiente para lubrificar a epiderme e a película hidrolipídica protectora da pele. Daí que seja frequente a pele secar e gretar facilmente, sendo comum o aparecimento de pequenas borbulhas e manchas avermelhadas.


Como os mecanismos de defesa da pele ainda são deficientes, qualquer lesão ou irritação pode implicar um risco de infecção. E com tantas fragilidades, são necessários cuidados elementares para cumprir esse papel de defesa.


Todos os produtos utilizados na higiene do bebé devem ser apropriados, de modo a prevenir alergias, sem álcool e sem sabão (neutros), sob pena de agredirem uma pele que é, afinal, delicada. As compressas devem ser de utilização única e o soro fisiológico em unidose, de modo a prevenir eventuais contágios.


Da fralda ao banho, passando pelo cordão umbilical, unhas, nariz e ouvidos, a higiene do bebé é essencial. Fazer uma listagem dos produtos necessários é muito útil:



Banho


Opte por uma solução de lavagem que se mistura na água, adequada tanto para o corpo, como para o cabelo. Uma vez preparada, a água do banho passa-se sobre a pele com a ajuda de uma esponja muito suave, de compressas, ou directamente com a mão. As crianças podem tomar banho diariamente, mas não se deverá exceder os 25 minutos; a temperatura da água deve estar entre os 30º e os 32º C e a temperatura ambiente entre 24º e 26º C. A secagem deve ser metódica, evitando deixar zonas húmidas no corpo e usando toalhas suaves, preferencialmente de algodão.


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