Alimentação infantil: Fórmulas para crescer saudável

O leite materno é considerado o alimento de eleição nos primeiros quatro a seis meses de vida. Mas, quando amamentar não é possível, há alternativas seguras que garantem ao bebé os nutrientes de que necessitam para crescerem saudáveis.
A amamentação é recomendada nos primeiros quatro a seis meses de vida do bebé, na medida em que o leite materno possui propriedades que o tornam único, indo assim ao encontro das suas necessidades nutricionais nesta etapa do crescimento e desenvolvimento. O leite materno é rico em proteínas e gorduras, essenciais para o seu pequeno organismo, que ainda não possui reservas. Os constituintes do leite materno são ainda valiosos na protecção do sistema imunitário do bebé, aumentando a sua defesa contra infecções.
No entanto, o aleitamento materno nem sempre é possível devido, por exemplo, a algumas doenças que impedem que a mãe dê de mamar.
Isto não significa, porém, que o bebé fique privado de uma alimentação adequada, visto que existem leites e fórmulas infantis – normalmente designados por “leite em pó” ou “leite em lata” – que respondem às necessidades nutricionais do bebé.
São, no fundo, leites concebidos “à imagem” do leite materno, pois na sua composição entram nutrientes semelhantes. E tem sido até possível enriquecê-los com novos elementos, como por exemplo alguns ácidos gordos essenciais e agentes pré e próbióticos, importantes para o desenvolvimento do bebé.
Bebés diferentes, fórmulas diferentes
Os leites e fórmulas infantis ajudam o bebé a crescer e a desenvolver-se de forma saudável, indo ao encontro das diferentes fases de desenvolvimento e até de diferentes necessidades.
Assim, consideram-se três tipos de leite. Os leites para lactentes (ou leites 1) destinam-se a bebés até aos quatro ou seis meses e têm o leite de vaca como fonte de proteínas. Os de transição dividem-se em leites 2, adequados entre os quatro e os 12 meses, e leites 3 (ou de crescimento), para crianças dos 9/12 aos 36 meses.
Qualquer um destes leites está disponível em formulações distintas que permitem alimentar bebés com indicações particulares, como alergias, cólicas, obstipação e desconforto digestivo.
Cada vez mais as alergias se manifestam cedo na infância, nomeadamente a alergia às proteínas do leite de vaca. Quando isso acontece, o bebé não pode ser alimentado com um leite infantil “normal”, sendo necessário recorrer a fórmulas hipoalergénicas, à base de proteínas do soro de leite hidrolisado (isto é, as proteínas do leite de vaca que foram submetidas a um processo químico que lhes retirou a maior parte das substâncias que podem causar alergia).
Também as cólicas são comuns entre os recém-nascidos. Para estes bebés existem os leites anti-cólicas, com um baixo teor em lactose e, por isso, melhor aceites pelo sistema digestivo.
Disponíveis estão também os leites anti-obstipantes, com um teor em lactose superior, que conduz ao aumento da actividade bifidogénica e “chamada de água” ao intestino, favorecendo o amolecimento das fezes e ajudando, desta forma, a ultrapassar um problema que é frequente entre os mais pequeninos.
No que respeita ao sistema digestivo, há ainda leites que facilitam a absorção e digestão – são os chamados leites para desconforto digestivo.