Arquivo de Nutrição - Médicos de Portugal

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Sopa de chuchu e hortelã, Barquinho de frutas com IOGOLINO e Geladinhos de NATURNES são algumas das receitas criadas por Joana Andrade Nunes, autora do Blog “Camomila Limão”, que irão ajudar os pais a preparar refeições saudáveis e apelativas para os seus filhos.

Antecipando a chegada das férias e dos momentos saudáveis em família, a Nestlé apresenta, em parceria com a Blogger Joana Andrade Nunes, um conjunto de receitas fáceis, preparadas com alimentos saudáveis e com proteína, essencial na fase de crescimento do bebé.

O verão é sinónimo de sol e de praia, de férias e de descanso mas, também, de lazer. Tendo por base as frutas e legumes próprios da estação, a Nestlé desafia assim todos os pais a criar um conjunto de receitas fáceis, saudáveis e nutritivas para ajudar o bebé a “Começar Saudável, Viver Saudável”.

 

Médicos de Portugal 6 Sugestões saudáveis e nutritivas para o bebé  SOPA DE CHUCHU E HORTELÃ

Serve 2 Porções, + 9 meses

Ingredientes:
  • 1 batata pequena
  • 1 cenoura pequena
  • 1 cebola pequena
  • 1 dente de alho
  • 1 chuchu pequeno
  • Folhinhas de hortelã
  • Água q.b
  • Azeite q.b
  • 1 ovo de cordoniz cozido
Modo de Preparação:

Descascar a batata, a cenoura, a cebola, o dente de alho e o chuchu. Lavar todos os legumes em água corrente e cortar em pequenos pedaços. Colocar num tacho, cobrir com a água e levar a lume alto até levantar fervura. Assim que a água estiver a ferver, deixar cozer, em lume brando, durante 20 minutos ou até os legumes estarem bem cozidos. Retirar do lume e triturar no liquidificador. Cortar o ovo de codorniz cozido ao meio. Antes de servir, adicionar um fio de azeite em cru, o ovo de codorniz e uma folhinha de hortelã.

Médicos de Portugal 6 Sugestões saudáveis e nutritivas para o bebé  Médicos de Portugal 6 Sugestões saudáveis e nutritivas para o bebé  PURÉ COLORIDO COM SALMÃO

Serve 2 Porções, + 9 meses

Ingredientes:
  • 2 cenouras
  • 1 batata doce
  • 2 colheres de sopa de grão de ervilha
  • ½ lombo de Salmão (sem espinhas e sem pele)
  • 60 ml de leite de transição NAN HA2
Modo de Preparação:

Pré-aquecer o forno a 200º C.

Descascar a batata-doce e 1 cenoura e cortar em pedaços. Colocar num tabuleiro e levar ao forno durante 30 minutos ou até a cenoura e a batata-doce estarem macias. Colocar no liquidificador e reduzir a puré.

Cozer o salmão e as ervilhas a vapor. Assim que o puré de cenoura estiver tépido, adicionar o leite de transição preparado de acordo com as instruções da embalagem.

Descascar a outra cenoura e cortar em palitos. Lavar em água corrente e colocar numa tacinha alta. Adicionar as ervilhas e o salmão partido em pedaços para acompanhar o puré. A adição do salmão é opcional, conforme tenha sido o dia alimentar do bebé e ele tenha mais ou menos fome.

A refeição está pronta a servir.





Na realidade, tem vindo a ser provado - seja pelos estudos realizados ao longo da história, que apontam o chá como parte essencial de uma alimentação e estilo de vida saudáveis, seja pela actual investigação publicada no Nutritional Neuroscienes e realizada pelo professor Giesbrecht -, que o consumo de chá preto contribui para aumentar a performance cognitiva, a capacidade de melhorar o estado de espírito, reduzindo a fadiga mental, níveis que se mantêm constantes quando é ingerido regularmente.


Para chegar a tal conclusão, este investigador realizou dois estudos – um com 26 voluntários, outro com 32 –, nos quais os participantes tinham que ingerir chá preto, numa ocasião, e chá “placebo” (água quente com sabor), numa outra, sem que soubessem qual dos dois se tratava.


Metade dos voluntários consumiram o chá preto em primeiro lugar e só depois o placebo, enquanto os outros o fizeram pela ordem inversa. Os testes de concentração realizados apontavam para uma melhor performance, após a ingestão de chá preto, o que vem corroborar a teoria dos seus benefícios não só quando ingerido regularmente, mas também em situações pontuais.


Na génese destes benefícios do chá encontram-se alguns dos seus constituintes, substâncias biologicamente activas como a teína e cafeína, e ainda a sua capacidade de hidratação. De facto, a desidratação do corpo humano pode provocar um decréscimo da atenção, concentração, performance e memória de curto-prazo, como têm vindo a revelar vários estudos.


A teína e cafeína, por sua vez, contribuem, respectivamente, para a actividade cerebral (essencial para a atenção selectiva e focada, perante vários estímulos) e para rapidez no processamento e capacidade de resposta.


A interacção entre as duas, por sua vez, pode potenciar estes benefícios, contribuindo para o bem-estar e concentração. Actualmente sabe-se que a teína estimula a actividade cerebral potenciando a emissão das ondas alfa, que estão associadas a um estado de relaxamento e simultaneamente de alerta mental.





Alergia ou intolerância?


A sensibilidade do aparelho digestivo pode apresentar duas faces: alergia ou intolerância alimentar. À primeira vista confundem-se, mas na verdade são diferentes e importa saber distingui-las para lidar correctamente com cada uma delas:


- A alergia consiste na resposta do sistema imunitário a uma substância - neste caso, um componente de um alimento - à qual reage como se fosse inimiga, criando um sistema de defesas para a combater. Ovo, leite, mariscos e amendoins são responsáveis pelas principais alergias alimentares. A reacção alérgica surge, habitualmente, numa segunda ingestão e manifesta-se com sintomas respiratórios, digestivos e cutâneos. Nas situações mais graves, pode pôr a vida em perigo.


- A intolerância surge quando o aparelho digestivo não é capaz de digerir ou assimilar o alimento ingerido: os sintomas são imediatos e incómodos.


 


Diferentes causas, sintomas semelhantes


Mais comuns do que as alergias, as intolerâncias alimentares causam perturbações ao normal funcionamento do aparelho digestivo. É frequente surgir:
- Diarreia;
- Flatulência (gases no intestino);
- Cólicas;
- Distensão abdominal (barriga inchada);
- Vómitos;
- Dores de cabeça;
- Anemia;
- Perda de peso.


Muitas vezes, estes sintomas surgem apenas quando o alimento "proibido" é ingerido frequentemente ou em grandes porções.


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Uma alimentação saudável – isto é, variada e equilibrada – é essencial para a saúde e bem-estar do organismo, possuindo reconhecidos benefícios a nível da prevenção de doenças. Há, contudo, situações em que a alimentação pode desempenhar um papel mais específico, chegando mesmo a ter efeitos terapêuticos: é o que acontece com a designada dieta cetogénica, um plano nutricional orientado por médicos especialistas reconhecido como tendo uma influência positiva na prevenção das convulsões características da epilepsia.


Importa, antes de mais, saber em que consiste esta dieta. Trata-se de um esquema nutricional instituído, em situações particulares, por médicos especialistas, rico em gordura, com baixo teor de hidratos de carbono (açúcares) e quantidades adequadas de proteínas. A maioria dos especialistas considera que esta dieta é uma boa alternativa em doentes que não toleraram os efeitos secundários causados pela medicação, especialmente em crianças, ou quando dois ou mais medicamentos falharam no controlo das crises.


O mecanismo de ação da dieta cetogénica ainda não está bem estabelecido mas estão em curso vários estudos, com o objectivo de clarificá-lo. Sabe-se, no entanto que, quando a principal fonte de energia disponível são as gorduras, o organismo produz os chamados corpos cetónicos que se supõe terem influência no controlo das crises epilépticas, diminuindo a sua intensidade e frequência.


A dieta cetogénica é conhecida há mais de 80 anos, mas tem vindo a ser mais utilizada à medida que se registam casos de resistência aos medicamentos anti-epilépticos. Os doentes com epilepsia, sobretudo as crianças, podem beneficiar desta alternativa. Muitos pais dizem que os seus filhos estão mais vigilantes e atentos, mesmo que as crises continuem, podendo também diminuir a sensação de fome. Se uma criança se der bem com a dieta, o médico pode lentamente reduzir a medicação com o objetivo de a interromper completamente, evitando a polimedicação e os efeitos secundários associados aos medicamentos.


Dados divulgados recentemente em Coimbra num encontro de profissionais de saúde sobre esta alternativa terapêutica indicam que a dieta cetogénica pode alegadamente permitir que um em cada quatro doentes fique totalmente livre de crises epilépticas.


A investigação científica tem permitido identificar estes benefícios, mas também desenvolver produtos que vão ao encontro das necessidades dos doentes com epilepsia, nomeadamente fórmulas que podem ser combinadas com a alimentação habitual ou utilizadas como fonte alimentar única.





Desta forma, é importante tornar a nossa Ceia de Natal o mais saudável possível, para assim podermos desfrutar dela da melhor forma. A principal regra que devemos seguir é a confecção de alimentos numa quantidade suficiente apenas para os dias 24 e 25 de Dezembro, de forma a não sobrar para os dias seguintes. Devemos igualmente respeitar as tradições e compor a Ceia de Natal apenas com pratos ou doces típicos desta época natalícia, uma vez que os excessos são frequentemente cometidos à custa da inserção de outros alimentos que não os característicos desta quadra (ex: camarão, bolinhos de bacalhau, rissóis, carne de porco e alguns doces). 


 


Refeições moderadas e saudáveis


Além disso, é imprescindível moderar a quantidade total de alimentos consumidos na Ceia de Natal, tanto ao nível das entradas, do prato principal, dos doces, dos frutos secos e das bebidas. Uma boa forma de tornarmos a Ceia de Natal mais saudável é tentando confeccionar em casa a maior parte dos pratos/doces possível, de forma a poder alterar as receitas, tornando-as mais saudáveis.


Para tal, temos que ter em conta os ingredientes propostos pela receita original e tentar modificá-los de forma a tornar a receita mais saudável, mas sem a desvirtuar a ponto de se perder a tradição. Poderemos reduzir a quantidade de gordura proposta; preferir o azeite como gordura de adição; reduzir ou até mesmo não adicionar sal; diminuir a quantidade de açúcar proposta; reduzir a quantidade de ovos adicionada às receias que indiquem um elevado número de ovos (ex: leite-creme); sempre que possível, alterar o método de confecção culinária da tradicional receita de sobremesas fritas (ex: rabanadas), assando-as no forno; sempre que possível, substituir parte da farinha refinada por farinha integral (utilizar no mínimo ¼ de farinha integral relativamente à quantidade total de farinha); nas receitas que incluam leite, optar por leite magro (ex: aletria, arroz doce, leite-creme).


 


A tradição pode conciliar-se com pratos saudáveis


Adicionalmente, poderemos iniciar a Ceia de Natal com um prato de sopa de legumes, privilegiar os pratos cozidos (ex: bacalhau da consoada) ou assados com pouca gordura (ex: peru no forno recheado com legumes) em vez dos fritos e acompanhar estes pratos com bastantes produtos hortícolas.


Os frutos secos e os frutos gordos (nozes, amêndoas, amendoins, pinhões, avelãs, figos secos, tâmaras) são também alimentos sempre presentes na Consoada e revestem-se de enorme valor, pela riqueza em vitaminas, minerais e fibras, contudo contêm um elevado teor calórico, por isso, devemos moderar o seu consumo.


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A amamentação é recomendada nos primeiros quatro a seis meses de vida do bebé, na medida em que o leite materno possui propriedades que o tornam único, indo assim ao encontro das suas necessidades nutricionais nesta etapa do crescimento e desenvolvimento. O leite materno é rico em proteínas e gorduras, essenciais para o seu pequeno organismo, que ainda não possui reservas. Os constituintes do leite materno são ainda valiosos na protecção do sistema imunitário do bebé, aumentando a sua defesa contra infecções.


No entanto, o aleitamento materno nem sempre é possível devido, por exemplo, a algumas doenças que impedem que a mãe dê de mamar.


Isto não significa, porém, que o bebé fique privado de uma alimentação adequada, visto que existem leites e fórmulas infantis – normalmente designados por “leite em pó” ou “leite em lata” – que respondem às necessidades nutricionais do bebé.


São, no fundo, leites concebidos “à imagem” do leite materno, pois na sua composição entram nutrientes semelhantes. E tem sido até possível enriquecê-los com novos elementos, como por exemplo alguns ácidos gordos essenciais e agentes pré e próbióticos, importantes para o desenvolvimento do bebé.


 


Bebés diferentes, fórmulas diferentes


Os leites e fórmulas infantis ajudam o bebé a crescer e a desenvolver-se de forma saudável, indo ao encontro das diferentes fases de desenvolvimento e até de diferentes necessidades.


Assim, consideram-se três tipos de leite. Os leites para lactentes (ou leites 1) destinam-se a bebés até aos quatro ou seis meses e têm o leite de vaca como fonte de proteínas. Os de transição dividem-se em leites 2, adequados entre os quatro e os 12 meses, e leites 3 (ou de crescimento), para crianças dos 9/12 aos 36 meses.


Qualquer um destes leites está disponível em formulações distintas que permitem alimentar bebés com indicações particulares, como alergias, cólicas, obstipação e desconforto digestivo.


Cada vez mais as alergias se manifestam cedo na infância, nomeadamente a alergia às proteínas do leite de vaca. Quando isso acontece, o bebé não pode ser alimentado com um leite infantil “normal”, sendo necessário recorrer a fórmulas hipoalergénicas, à base de proteínas do soro de leite hidrolisado (isto é, as proteínas do leite de vaca que foram submetidas a um processo químico que lhes retirou a maior parte das substâncias que podem causar alergia).


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É comum, as pessoas engordarem nesta altura do ano e, posteriormente, sofrerem de uma certa resistência à retoma de hábitos de vida saudável.


A Nutricionista Carla Castrelo, dá-lhe algumas dicas para ajudar a manter o peso durante esta época festiva e para retomar um estilo de vida saudável, no início do novo ano.


 


Dica 1 - Não vá para a mesa com fome!
A tendência é para ingerir maior quantidade de alimentos quando se deixa acumular a fome, especialmente alimentos com maior teor em açúcar.
Opte por um iogurte ou uma peça de fruta da época.


Dica 2 - Faça lanches saudáveis a meio da manhã e a meio da tarde.
Nestes dias, poupamo-nos para o jantar ou para o almoço, até porque já sabemos que vamos comer em maior quantidade.
Contrariamente, devemos ter a noção de que devemos fazer refeições ligeiras de 3 em 3h ( saladas, fruta, um iogurte, sopa, são óptimas opções, pois dão-nos saciedade ).


 


Dica 3 - Substitua alguns ingredientes das suas receitas, por outros menos calóricos ( mas que sejam saborosos )


Troque as natas por queijo fresco batido sem gordura ou natas light
Optar por carnes magras ( peru, frango, p.ex. ). Ao reduzir a gordura estará a ingerir menos calorias e mais dificilmente aumentará de peso.
Troque a farinha refinada por farinha de trigo integral
Troque o açúcar branco por açúcar amarelo ou mascavado e utilize menor porção deste.
Troque o grão e a batata-doce pela abóbora, cujas calorias são muito menores.


 


Dica 4 - Comer devagar ( saboreie ).
Se mastigar de forma lenta terá os mesmos alimentos por mais tempo no seu prato e o excesso será minimizado.


 


Dica 5 - Beber chá/ água no intervalo das refeições.
Porque o tempo é frio, água ou bebidas quentes podem ser muito saciantes, pois inibem a ingestão de alimentos em excesso e do excesso de açúcar.
Preferir o chá verde sem cafeína ou chá vermelho.


 


Dica 6 - Após a refeição servir-se dos doces num prato pequeno, seleccionado só aqueles de que mais gosta e... resista aos outros
Pode comer um pouco, desde que não ultrapasse a dose de um prato de sobremesa.


 


Dica 7 - Não se sentar próximo da mesa dos doces após as refeições principais.
A tendência para ingerir alimentos sem fome triplica!


 


Dica 8 - Fazer exercício físico nos dias antes e após as festas.
Não prologue o dia 24, 25, 31 e 1 pelos restantes dias da semana...
Com o exercício irá permitir despender de algumas das calorias que armazenou durante estes dias.
Como não é fácil "controlar" a ingestão calórica nestes dias, aconselha-se a fazer exercício todos os dias (uma caminhada de 45-60min, por ex.).


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A disfagia pode-se caracterizar não só pela dificuldade em engolir, como também pela sensação de que os alimentos ficam retidos de algum modo na sua passagem da boca para o estômago.


A disfagia pode decorrer de diversas patologias, entre as quais, paralisia cerebral, acidente vascular cerebral (AVC), doença de Alzheimer, doença de Parkinson, Esclerose Múltipla, etc. ou pelo próprio processo de envelhecimento.


Mastigar e engolir são duas funções tão rotineiras que é deveras incómodo quando não se consegue fazê-lo.


Malnutrição e desidratação são os efeitos directos de uma disfunção que pode ser fatal.


A disfagia afecta cerca de 60% das pessoas, sobretudo idosos, que padecem de doenças degenerativas, e entre 30 a 40% das pessoas com sequelas de acidentes vasculares-cerebrais (AVC), ainda que a grande maioria destes casos seja reversível.


As pessoas que sofrem de disfagia perdem, naturalmente, o prazer em comer. A dificuldade de passagem do bolo alimentar da faringe para o esófago pode resultar na entrada dos alimentos nas vias respiratórias, provocando tosse, falta de ar e até mesmo pneumonia. Este tipo de disfagia (orofaríngea) evidencia a importância de um diagnóstico precoce para prevenção de pneumonia e desnutrição, além de desidratação. A pneumonia é frequente em pessoas com disfagia e é mesmo a responsável por metade dos óbitos deste tipo de doentes.


O tratamento nutricional visa acautelar a aspiração do alimento e as respectivas perturbações a nível respiratório. Além de facilitar a deglutição no sentido de conferir maior segurança e independência - e de recuperar o estado nutricional e de hidratação.


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Lidar com o frenesim da rotina diária, os problemas do dia-a-dia, as responsabilidades no trabalho e as preocupações com a família é, certamente, para muitas pessoas, um grande desafio, sobretudo numa altura de instabilidade económica.


Uma alimentação saudável e equilibrada, rica em vitaminas e minerais, a par da prática de exercício físico, pode contribuir para manter a “energia” e o bem-estar necessários para conseguirmos lidar com as dificuldades do dia-a-dia. É uma boa ajuda para manter o sistema imunitário protegido e ao mesmo tempo favorece a reacção às infecções. As vitaminas são substâncias orgânicas de que o nosso corpo necessita para crescer e funcionar diariamente.


Na sua maioria, estas substâncias não são produzidas pelo nosso organismo,  sendo obtidas através dos alimentos.


Várias vitaminas e minerais são essenciais pois participam em muitas reacções bioquímicas que transformam os alimentos em energia, nomeadamente as vitaminas B1, B2, B6, ácido pantoténico (vitamina B5) e também minerais, como fósforo e magnésio.


 


Porque precisamos das vitaminas B1, B2 e B6?


Estas vitaminas são fundamentais para permitir utilizar a energia que recebemos dos alimentos, desempenhando também as seguintes funções:


Vitamina B1 - ajuda a manter os nervos e os tecidos musculares saudáveis. A maior parte das pessoas necessita de 1,14mg diariamente para se manter saudável. Os alimentos como o arroz integral, extracto de levedura de cerveja seca, pão integral, nozes, leguminosas, porco, fígado e outras “miudezas”, são boas fontes destas vitaminas.


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Parece ser uma característica comum de todos os doentes: quando mais necessitam de uma alimentação completa, variada e equilibrada, mais tendem a negligenciar as suas necessidades alimentares. "A depressão, muito diferente de uma reacção normal face a um desapontamento, faz com que alguns indivíduos percam o apetite, ao passo que outros comam bem mais do que deveriam", explica a Dr.ª Alexandra Bento, presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN). As duas realidades são preocupantes. Comer a mais ou a menos nunca traz vantagens, sobretudo se determinada pessoa já sofre de uma qualquer patologia.


"As pessoas com depressão podem, portanto, vir a sofrer de deficiências ou desequilíbrios nutricionais - sobretudo falta de vitaminas do complexo B e de vitamina C e dos minerais cálcio, ferro, magnésio e potássio. Apesar de ainda não estar claramente estabelecida a relação exacta entre os diversos nutrientes e a actividade química do cérebro, não restam dúvidas de que a nutrição deficiente ou os problemas de peso contribuem para uma deterioração rápida do estado de humor", esclarece a nutricionista.


 


Que alimentos são recomendados?


As pessoas que sofrem desta doença devem "consumir cereais integrais e leguminosas, carne magra, peixe gordo, marisco e ovos, de forma a ser-lhes fornecidas vitaminas do complexo B". Não podem também negligenciar o "ferro, potássio, magnésio, cobre e zinco. O consumo regular de fruta e hortícolas frescos (brócolos, couves, melão, laranjas, frutos silvestres...) contribuirá para a ingestão de vitamina C. Os legumes de folha verde-escura contribuem para melhorar os níveis de cálcio e carotenóides, a fruta fornecerá potássio e ferro, e os lacticínios (de preferência com baixos teores de gordura) farão aumentar as reservas de cálcio", salienta Alexandra Bento.


A alimentação deve ser completa, variada e equilibrada, "evitando carências vitamínicas ou outras, que conduzam à desnutrição", acrescenta a especialista.


As pessoas que sofrem de depressão devem evitar o consumo de bebidas alcoólicas, uma vez que estas podem exercer um efeito adverso sobre o estado de humor, além de poderem contribuir para a redução do apetite, comprometendo o estado nutricional. Por outro lado, "a ingestão excessiva de cafeína pode exacerbar o estado depressivo e também provocar insónias. Quem sofre de depressão deve evitar consumir café ou outras bebidas cafeinadas à noite", adianta a presidente da APN.


Certos alimentos também podem agravar o estado depressivo em pessoas susceptíveis. "Se suspeita da existência de alguma ligação entre uma susceptibilidade a determinado alimento e o seu estado de espírito, tente eliminá-lo da sua dieta, no sentido de verificar se sente algum alívio."


 


A influência da medicação


"As pessoas medicadas com antidepressivos que contenham monoamina oxidase devem evitar o consumo de alimentos com elevado teor de tiramina, entre os quais se incluem alguns tipos de bebidas alcoólicas (exemplo: cerveja, vinho tinto, licores, vermute), bem como alguns tipos de queijo, fígado de vitela ou frango, salames, carnes enlatadas, salmão fumado, extractos de levedura. A reacção entre a tiramina e os compostos químicos presentes em alguns antidepressivos pode afectar o sistema nervoso, provocando, entre outros, palpitações e dores de cabeça", sugere Alexandra Bento.


 


Conselhos para lidar melhor com a depressão


- Reduzir a ingestão de alimentos ricos em açúcar e/ou gordura (especialmente ácidos gordos saturados e colesterol, gorduras sólidas e gorduras hidrogenadas e sobreaquecidas);


- Dar preferência ao peixe, às carnes brancas e magras, em detrimento das carnes gordas e vermelhas;


- Aumentar a ingestão de cereais completos, frutos e vegetais; aumentar a ingestão de cálcio através do consumo de lacticínios magros;


- Evitar bebidas alcoólicas e refrigerantes, optando pela ingestão abundante de água, chás ou infusões (sem adicionar açúcar) ao longo do dia;


- Reduzir o consumo de sal, recorrendo às especiarias e às ervas aromáticas para tempero; praticar-se, no mínimo, cinco refeições diárias, nunca esquecendo o pequeno-almoço.


- A par da alimentação, deve praticar-se, pelo menos, 30 minutos diários de exercício físico moderado, que, entre outros benefícios, contribui para o aumento da auto-estima.


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