Sol: Pequenos mas protegidos
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• Que outros factores de risco existem?
A exposição solar desprotegida é também mais arriscada para as crianças com muitos sinais cutâneos e para as que possuem antecedentes familiares de cancro da pele, nomeadamente de melanoma (o mais perigoso).
• Os raios solares são todos iguais?
Quando se fala em exposição solar, fala-se sobretudo na radiação ultravioleta, constituída por raios invisíveis que, quando atingem a pele, são passíveis de causar danos. São três os tipos de ultravioleta: A, B e C. Os A passam facilmente através da camada de ozono, constituindo a maior parte da radiação que recebemos. São eles que bronzeiam, mas também que causam o envelhecimento precoce da pele e contribuem para o cancro cutâneo.
Quanto aos B, boa parte é absorvida pela camada de ozono, mas os que alcançam a superfície terrestre são suficientes para causar queimaduras, cataratas e cancro. Já os C, são os mais perigosos mas são bloqueados pelo escudo protector da terra.
• Quando é que a radiação é mais perigosa?
Os ultravioleta A e B são mais perigosos quando incidem a pique sobre a superfície terrestre, o que corresponde ao período entre as 11 e as 16 horas.
Neste intervalo, bebés e crianças não devem ser expostas ao sol. O protector solar deve ser sempre aplicado nas crianças, mesmo que seja apenas para brincarem no quintal ou no jardim. Este cuidado deve ser mantido inclusive em dias nublados, pois os raios atravessam as nuvens – é o chamado sol invisível, tão perigoso para a pele quando como brilha.
• Como se devem proteger as crianças da exposição solar?
O melhor amigo da pele, em qualquer idade, é o protector solar. Que, nos dias de calor, deve ser aplicado em abundância, ainda antes de sair de casa.
E depois renovado a cada duas horas ou a intervalos menores, se a criança for ao banho ou transpirar muito. Todas as zonas expostas devem ser generosamente protegidas, com especial atenção para as orelhas, ombros e pescoço e a região atrás dos joelhos. Mãos e pés também devem ser protegidos e nos lábios deve aplicar-se um batom próprio. Na pele adjacente ao fato de banho deve igualmente espalhar-se protector, pois as brincadeiras fazem deslizar o tecido.
• Que protector escolher?
É fundamental escolher um produto específico para crianças com um factor de protecção igual ou superior a 30. E que seja hipoalergénico (sem parabenos e sem perfume), que proteja contra os raios UVA e UVB e seja resistente à água (nenhum é completamente à prova de água, pelo que, após o banho, o protector deve ser renovado).
Também é aconselhável escolher um protector com ecrã mineral, à base de dióxido de titânio ou óxido de zinco.
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• Além do protector, que outros cuidados se devem ter?
É importante manter as crianças à sombra nas horas em que a radiação é mais intensa (ainda que a sombra não seja totalmente segura, pois os raios atravessam os toldos e chapéus de sol, reflectindo-se na areia e noutras superfícies). As crianças devem ainda usar vestuário com malha apertada (deixa passar menos radiação), já existindo peças com protecção UV. Devem ainda usar chapéu (de preferência, com abas, de modo a projectar sombra sobre zonas tão sensíveis como as orelhas, a nuca, o nariz e os olhos).