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Tecnologia Emergente » Criopreservação de células estaminais

14 Fevereiro, 2007 0

As células estaminais diferem das restantes células do organismo por se poderem diferenciar em diversos tipos celulares, tendo igualmente a capacidade de se auto-renovarem e dividirem indefinidamente.

No organismo adulto é possível isolar células estaminais a partir de tecidos como a medula óssea, o sangue, o tecido adiposo, bem como a partir da pele, do fígado, do pâncreas e de outros órgãos.

Estas células, de origem não embrionária, consideram-se células estaminais adultas e constituem uma «reserva» celular do organismo quando ocorre lesão ou remodelação de tecidos. Geralmente, as células estaminais adultas dão origem aos tipos celulares dos tecidos de onde são provenientes. Uma outra fonte de células estaminais é o sangue do cordão umbilical, que contém células estaminais hematopoiéticas, que se podem diferenciar em células da linhagem sanguínea, e igualmente outros tipos de células estaminais.

O transplante de células estaminais hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical é uma das terapias disponíveis para tratamento de doenças hematológicas/oncológicas. Até à data foram realizados entre 5000 a 6000 transplantes com células estaminais do sangue do cordão umbilical, um terço dos quais em adultos. O transplante de células estaminais do sangue do cordão umbilical oferece vantagens importantes relativamente ao transplante de medula óssea, tais como disponibilidade imediata das células para transplantação, menor risco de infecção com agentes infecciosos e maior tolerância na histocompatibilidade HLA. O transplante de células estaminais do sangue do cordão umbilical permite ainda uma melhor reconstituição do sistema hematopoiético, comparativamente ao transplante com células da medula óssea.

Alguns estudos pré-clínicos em modelos animais sugerem que a gama das aplicações da terapia celular com as células estaminais do sangue do cordão umbilical poderá estender-se às doenças cardíacas, neurodegenerativas, entre outras.
A terapia genética das células estaminais poderá ainda alargar a aplicabilidade do sangue do cordão umbilical a outro tipo de doenças, como doenças metabólicas hereditárias.

A Crioestaminal foi pioneira em Portugal a oferecer o serviço de criopreservação de células estaminais, em parceria com a Cryo-Save, empresa conceituada e com vasta experiência no mercado europeu, pertencente ao Life-Sciences Group. Os laboratórios da Cryo-Save são acreditados pela norma ISO EN 17025 e respeitam as mais exigentes normas internacionais, garantindo os mais elevados padrões de qualidade e segurança no serviço prestado. Esta conceituada empresa, com uma vasta experiência no isolamento e criopreservação de células estaminais, presta este serviço em vários países europeus, nomeadamente Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Suíça, Áustria, Irlanda, Hungria, Suécia, Dinamarca, Noruega e Grécia.

Para além desta actividade central, a Crioestaminal dedica-se também ao desenvolvimento de projectos de investigação em parceria com laboratórios nacionais e estrangeiros, com o objectivo de alargar o âmbito de aplicações terapêuticas das células estaminais do sangue do cordão umbilical. Mais informações no seu novo portal em www.crioestaminal.pt.

Quanto ao processo de criopreservação das células do sangue do cordão umbilical é actualmente muito simples. Aos pais interessados é disponibilizado um Kit de recolha do sangue com toda a informação e material necessários para o processo.

Este Kit deve ser levado para a maternidade, para que a recolha do sangue do cordão umbilical possa ser feita pela equipa de parto, imediatamente após o nascimento da criança. A recolha é totalmente indolor e não apresenta qualquer risco para a mãe ou para o recém-nascido.

Depois de recolhido, o sangue é levado por uma equipa especializada para os laboratórios de criopreservação, onde são feitos testes de viabilidade, testes bacteriológicos e contagem celular, que vão determinar se a criopreservação por 20 anos pode ou não ser feita.

A recolha das células estaminais do sangue do cordão umbilical, normalmente descartado durante o parto, poderá constituir para o dador um seguro de vida biológico.

Potencialidades e avanços recentes

Setembro de 2005 – Estudo pré-clínico comprova benefícios do transplante de células estaminais do sangue do cordão umbilical, após enfarte de miocárdio

Recentemente foi isolada uma subpopulação de células estaminais pluripotentes a partir de sangue do cordão umbilical humano, as chamadas células estaminais somáticas não restritas (USSC). Estas células, com elevado potencial proliferativo, têm a capacidade de se diferenciar em várias linhagens celulares, podendo originar células neuronais, ósseas, sanguíneas, hepáticas e cardíacas.

Na sua edição de 30 de Agosto de 2005, a revista Circulation publicou um artigo onde é descrito o transplante de células USSC em suínos que sofreram enfarte de miocárdio. Quatro semanas após o transplante foram detectadas células USSC na zona afectada do miocárdio, observou-se ainda um aumento da taxa de perfusão na região e também uma melhoria da função cardíaca global. Ensaios a longo termo terão de ser agora efectuados para demonstrar a eficácia e segurança deste tratamento nos animais.

Este estudo, desenvolvido pela empresa ViaCell Inc. (proprietária da Viacord, um banco privado norte-americano de sangue do cordão umbilical), em parceria com o Toronto Research Institute, surge no seguimento da estratégia que a empresa tem vindo a seguir para desenvolver aplicações ligadas à terapia celular com as USSC, das quais detém a patente de isolamento.

A ViaCell anunciou publicamente os resultados dos seus estudos pré-clínicos com as células USSC a 31 de Agosto de 2005.

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