Arquivo de Gravidez - Médicos de Portugal

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É um processo mediante o qual uma mulher oferece o seu útero para realizar a gestação de um bebé de outro casal que tem problemas de fertilidade. Uma vez que nasce a criança, é entregue a esse casal que se converte legalmente nos seus pais, enquanto a mulher que esteve grávida da criança renuncia a todos os seus direitos como mãe.

Os principais motivos que levam os vários casais a recorrer a este método são: a mulher ter um útero disforme ou que careça por completo dele, como acontece em mulheres que sofreram de cancro.

Existem dois tipos de barrigas de aluguer: tradicional e gestacional. No primeiro caso a mulher é inseminada artificialmente com o esperma do homem que deseja ser pai ou com um dador anónimo de esperma. A mulher, que neste caso é a mãe biológica do bebé, deverá dar a criança em adopção aos futuros pais, um procedimento que se deverá ajustar às leis de cada país.

No segundo caso a mãe biológica doa um óvulo ou mais que serão fecundados in vitro com o esperma do homem. Esses embriões transferem-se à mãe gestacional, a qual desenvolverá os embriões na sua barriga. No aluguer gestacional de um ventre os nomes dos pais biológicos aparecem no certificado de nascimento do bebé que se realiza no hospital, o que significa que fica registado como filho do casal que tem problemas de fertilidade.
Miguel Angel Boix, advogado, afirma que “o processo é distinto e alheio ao da adopção. Não existem famílias adoptantes, as leis que regulam a adopção são distintas das que regulam o processo de mães de aluguer nos países onde ambos os procedimentos são legais. No caso da barriga de aluguer os pais são os que querem ter filhos próprios, e para isso utilizam o óvulo da mãe e o espermatozoide do pai. Para além disso, se algum deles for estéril há sempre a possibilidade de se usar óvulos ou espermatozoides de dadores. A mãe de aluguer deve perceber e saber desde o princípio que o bebé que tem na sua barriga não é seu”.

Como é que se leva a cabo este processo?

Naqueles países onde esta prática é legal, como na Grã-Bretanha, Estados Unidos ou Canadá, existem agências especializadas através das quais os casais que desejam uma mãe de aluguer podem contactar com mulheres que oferecem este serviço.

Estas agências encarregam-se de levar a cabo os exames médicos e psicológicos necessários a todas as mulheres que estiverem a oferecer o seu útero em aluguer, antes de aceitá-las como clientes. Também se encarregam dos aspectos legais do processo.

O programa de mães de aluguer está sempre baseado numa atitude altruísta da mulher que quer ser mãe de aluguer. Esta não deve guiar-se pelas expectativas económicas que no final não existem. Normalmente as agências rejeitam as solicitações das mulheres que com os programas procuram o lucro económico pessoal” explica Miguel Boix.

O casal que requer este tipo de serviço, primeiro recebe um folheto com toda a informação. Depois, reúne-se com os especialistas, incluindo um advogado e um psicólogo, onde são estudadas as diferentes opções e onde se determina qual é a opção certa, se a opção tradicional ou a gestacional.

Nessa reunião inicial, o casal deve determinar que características espera da mãe de aluguer, que tipo de contacto gostaria de manter com ele e tudo o que diz respeito às questões financeiras e legais.

Depois, devem escolher entre as mulheres aquela que mais se ajusta aos seus desejos. As mães de aluguer devem cumprir uma série de requisitos: serem mães de pelo menos duas crianças e saberem criá-las, ter entre 25 e 35 anos, devem submeter-se ainda a um rigoroso exame de saúde e a uma avaliação psicológica, devem ter uma situação económica estável, etc.

De seguida, acontece o encontro entre ambas as partes e deve-se chegar a um acordo sobre todos os aspectos relativos à gravidez. Devido à complexidade do tema e dos possíveis problemas que podem surgir, é recomendável que ambas as partes contem com um advogado. Também é boa ideia procurar acompanhamento psicológico, já que tanto a ideia de ter que se dar um bebé que esteve nove meses na sua barriga, como a ideia de outra mulher dar à luz o seu filho pode ser difícil de aceitar.

Vantagens e desvantagens

Um dos aspectos positivos mais óbvios do processo é que um casal que não pode ter filhos consegue ter um filho biológico. Não é a mesma coisa que adoptar uma criança, já que os óvulos e o esperma são dos próprios pais. Para além disso, pode-se criar um vínculo bastante forte entre a mãe de aluguer e o casal pode participar activamente na gravidez.

Infelizmente, este método também apresenta aspectos negativos: problemas legais, o dinheiro que este método custa, a ansiedade de todo o processo, discordância da mãe biológica na maneira como a mãe de aluguer leva a cabo a gravidez, etc. É um processo difícil, psicologicamente falando, e há que estar muito preparado para enfrentá-lo.





Tensão mamária, atraso do período menstrual e enjoos matinais são fortes indicadores de uma gravidez. São sinais que podem variar de mulher para mulher, contudo, existem alguns comportamentos que reforçam as suspeitas, por exemplo a não utilização de qualquer tipo de método contraceptivo durante uma vida sexual activa. Urge, pois, a necessidade de uma rápida confirmação para acalmar a crescente ansiedade que se pode fazer sentir.


Nestes momentos, os testes de gravidez funcionam como solução para satisfazer tal curiosidade. Em algumas situações, as dúvidas não se dissipam após a realização de um teste rápido adquirido na farmácia e feito em casa. Embora a sua taxa de precisão seja bastante elevada, não atinge os 100 por cento. Tal como em muitos outros exames, também nestes pode haver falsos resultados.


Existem, pois, algumas questões que devem ser previamente colocadas. Qual a melhor altura para realizar um teste rápido? O resultado pode ser condicionado por alguns medicamentos?


Estas são algumas perguntas importantes que facilmente podem ser respondidas na farmácia, contudo a impaciência em obter o resultado pode tornar a tarefa mais difícil.


Embora muitas marcas comerciais indiquem ser possível obter um resultado fiável logo no primeiro dia em que “falha o período”, é aconselhável recorrer aos testes rápidos apenas quando já haja um atraso de pelo menos uma semana, se o ciclo menstrual for regular. O resultado é determinado através da detecção na urina da hormona gonadotropina coriónica humana (hCG). Esta hormona começa a ser produzida pelo organismo quando a mulher fica grávida e os seus valores aumentam bastante nos primeiros dias de gravidez, sendo possível detectar a sua presença na urina através deste teste.


Os vários testes disponíveis no mercado, por norma, são semelhantes a uma caneta e têm uma tira absorvente, que é colocada em contacto com a urina.


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A gravidez não é doença, mas há alguns desconfortos que lhe estão associados e que, com maior ou menor intensidade, são vividos pela maioria das grávidas.


Embora alguns dos incómodos sejam mais frequentes num dado trimestre, outros podem acompanhar toda a gravidez. Certo é, que podem ser aliviados.


 


ESTAR GRÁVIDA...


Durante a gravidez o corpo passa por uma verdadeira revolução com sucessivas mudanças, físicas e emocionais. Dá-se um aumento do volume de sangue em circulação e o metabolismo acelera para responder às necessidades do bebé e assegurar o seu adequado desenvolvimento.


 


CUIDAR DA NOVA VIDA


Para que gravidez seja sinónimo de bem-estar, para a mãe e para o bebé, é importante ter alguns cuidados desde a primeira hora:


- Faça uma alimentação equilibrada, necessária para assegurar um aporte variado de nutrientes, em particular: o ácido fólico e o ferro (para garantir a adequada produção de sangue), o cálcio (para a formação dos ossos e dentes do bebé), as fibras (para prevenir a obstipação), e as proteínas (para formar os tecidos e músculos do bebé). Evite o café e o álcool.


- O excesso de peso é prejudicial para o bebé, além de dificultar o parto. Em média, a grávida pode aumentar de peso 9 a 12 kg. Depende do peso inicial da grávida pelo que discuta com o seu médico o peso ideal para si, e vigie.


- Pratique exercício físico para ajudar a gerir o peso e manter a boa forma física. Informe-se com o seu médico sobre o exercício mais adequado.


- Cumpra o esquema de consultas médicas e exames.


 


1.º TRIMESTRE


Enjoos
Causados pela alteração hormonal, são mais frequentes ao acordar.
Comer uma tosta ou uma bolacha de água e sal antes de levantar e evitar jejuns prolongados são medidas possíveis.


Alterações nos seios
Aumentam de tamanho e tornam-se mais firmes e tensos.
Use um sutiã adequado.


Alterações na pele
A pele dos seios e da barriga estica, perde elasticidade e podem surgir estrias.
Aplique um hidratante ou um creme específico.


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Uma alimentação completa, equilibrada e variada, a prática de actividade física regular e adequada ao seu estado, as medidas apropriadas para minimizar o eventual desconforto eventualmente causado pelas alterações fisiológicas que ocorrem na gravidez e até mesmo a higiene e cuidados pessoais contribuem para o bem-estar da criança que vem a caminho.


É um tempo de múltiplos cuidados, de atentar com zelo e sentido de responsabilidade ao que dizem os profissionais de saúde, de renúncia a hábitos malquistos para o bom desenvolvimento do bebé e o saber responder, com alegria e determinação, a essas alterações ao longo de 9 meses em que há comportamentos impreteríveis. A gravidez é um tempo sublime, no qual todos os pormenores são importantes para a saúde e bem-estar da criança e da mãe.


 


Tudo começa pela higiene pessoal e higiene de vida


Deve evitar-se os banhos de imersão (podem conduzir a um desequilíbrio da flora vaginal e propiciar o desenvolvimento de infecções genitais). O duche deve ser tomado com água morna de modo a evitar a desidratação da pele e promover o bem-estar circulatório). Não esquecer que deve haver tapetes e suportes adequados para facilitar a entrada e a saída da banheira, contribuindo também para uma maior segurança, evitando quedas acidentais. Os produtos de higiene corporal devem ter um pH neutro, são de evitar produtos com corantes e perfumes.


Importa cuidar da hidratação durante e após o banho pois esta ajuda a prevenir o aparecimento de estrias.


Uma alimentação completa, equilibrada e variada, está em condições, na maioria dos casos de responder a todas as suas necessidades e às do feto em desenvolvimento graças ao bom aporte de nutrientes, vitaminas, água e sais minerais.


Ingerir entre 1,5 e 2 L diários de líquidos (preferencialmente água) é fundamental. O regime alimentar deve conter carnes magras, hidratos de carbono, lípidos, lacticínios (a grávida precisa de ingerir diariamente cerca de 1000 mg de cálcio e os lacticínios são uma fonte apropriada), proteínas e fibras.


Há um conjunto de alimentos totalmente desaconselhados, caso da carne mal passada, dos lacticínios não pasteurizados, alimentos confeccionados com ovos crus, peixes como a sarda e a cavala (porque podem conter altos níveis de mercúrio), álcool, legumes crus e fruta mal lavados.


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Uma situação de infertilidade acontece quando um casal mantém relações sexuais contínuas (3-5 vezes por semana) durante, pelo menos, um ano consecutivo sem usar nenhum método contraceptivo e não se propicia uma gravidez.


A infertilidade afecta entre 15 a 20 por cento dos casais e pode ter origem em factores associados ao homem, à mulher ou a ambos. Mas é fundamental distinguir a infertilidade da esterilidade. Enquanto a esterilidade traduz uma impossibilidade - ou seja, devido a um problema físico, o homem ou a mulher não são capazes de conceber - a infertilidade envolve dificuldades, mas há a possibilidade de gerar um novo ser humano.


A verdade é que a reprodução humana é um processo complexo. A concepção envolve vários fenómenos desde a ovulação até à fertilização.


A fertilização corresponde à fecundação do óvulo por um espermatozóide, por isso, da parte do homem há vários factores que podem influenciar o êxito da reprodução. Antes de mais, terão de existir espermatozóides em quantidade suficiente; depois, é necessário que tenham a forma, dimensão e orientação adequadas; finalmente, o sémen terá de ser em quantidade que permita transportar os espermatozóides até ao óvulo.


Num homem adulto, o esperma é produzido em contínuo pelos testículos, ficando armazenado até à fase prévia à ejaculação. Nessa etapa, é transportado até ao canal ejaculatório, onde se junta a um líquido produzido pelas vesículas seminais, o que dá origem ao sémen. Durante a ejaculação, o sémen desloca-se pela uretra até ao exterior, o que, para que uma gravidez seja possível, tem de corresponder à vagina.


É nesta sequência que podem surgir dificuldades, seja na produção de esperma, na mobilidade dos espermatozóides e respectiva capacidade para fertilizar o óvulo. Afinal, estas são as três principais causas da infertilidade masculina. Claro que o estado geral de saúde, o estilo de vida ou a exposição a certos factores ambientais podem também gerar problemas de infertilidade.


 


Esperma, sémen e testículos


A ausência total de espermatozóides, que corresponde a uma azoospermia, é uma situação rara, mas possível, estando associada a uma afecção grave dos testículos, com bloqueio ou ausência de vasos deferentes.


Outro problema poderá ser uma insuficiente produção de espermatozoides, aquém de 10 milhões de espermatozóides por mililitro de sémen, ou seja, metade do nível considerado normal. Em contraste, há uma fertilidade acrescida quando o nível de concentração supera os 40 milhões de espermatozóides por mililitro de sémen.


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Dizia-se em tempos que os bebés vinham no bico da cegonha. Assim era para explicar aos mais pequenos como tinham nascido ou como nasciam os irmãos, quando falar sobre a vida sexual e a reprodução humana ainda era um tabu. Hoje, para muitos casais, a cegonha foi substituída pelas técnicas da reprodução medicamente assistida: é o que acontece quando o desejo de ter uma família não acontece naturalmente, através de relações sexuais, devido à existência de um problema de infertilidade.


E considera-se infertilidade quando existe incapacidade de conceber ao fim de pelo menos um ano de relações sexuais sem contracepção. Não significa necessariamente incapacidade reprodutiva, mas sim uma dificuldade acrescida face aos casais férteis.


Na verdade, ao contrário do que possa parecer, a reprodução humana não é propriamente um processo simples.


Para que haja uma gravidez, é preciso que tudo corra bem nos mecanismos da ovulação e da fertilização. Há um conjunto de acontecimentos que se desenrolam em cadeia, bastando que um elo não funcione correctamente para adiar o momento da concepção.


Na mulher, tudo começa ao nível do cérebro, com a glândula pituitária a enviar todos os meses um sinal para que os ovários preparem um ovo para a ovulação. Essa preparação dá-se por influência de duas hormonas, que estimulam os ovários.


A ovulação acontece, na maioria das mulheres, ao 14º dia do ciclo menstrual, com o ovo a ser libertado pelos ovários e capturado por uma trompa de Falópio. Aí permanece viável por 24 horas, se bem que a melhor altura para ser fertilizado é nas 12 horas seguintes à ovulação. E a fertilização acontece se entretanto um espermatozóide o alcançar. Se esta união se concretiza, o ovo movimenta-se em direcção ao útero, onde se desenvolve a gravidez.


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Os sintomas característicos da gravidez refletem na perfeição as alterações tanto a nível hormonal como a nível fisiológico que afetam as mulheres no período de gestação. Durante a gravidez é importante manter uma alimentação saudável para suprir todas as necessidades nutricionais que contribuem para o bom crescimento do bebé.

Quando a mulher fica grávida, existem diversas alterações físicas e emocionais que não podem ser evitadas. Devem ser encaradas com toda a naturalidade e, claro, devem ser observadas e controladas. A mulher deve, desde o início, ter uma dieta completa, variada e equilibrada para assegurar o aporte de nutrientes, vitaminas, água e sais minerais, respondendo a todas as necessidades da futura mãe e do feto em desenvolvimento.

Essencialmente, as vitaminas e sais minerais mais importantes durante a gravidez são o ferro, zinco, cálcio, vitamina B6, folatos (ácido fólico) e vitamina C e D. Estas vitaminas e minerais têm propriedades que ajudam no desenvolvimento saudável do bebé. É importante saber que esses nutrientes devem ser consumidos adequadamente durante a gravidez. O ácido fólico desempenha um importante papel no crescimento e desenvolvimento dos tecidos, principalmente do tubo neural do embrião e espinal medula.

Desta forma, deve iniciar-se a suplementação em ácido fólico na fase inicial da gravidez ou, se possível, até antes da conceção. A vitamina C, presente nos citrinos, morangos, tomate, bróculos, entre outros, também é essencial durante a gravidez, pois tem uma ação antioxidante que protege os tecidos do embrião de possíveis danos celulares, ajuda no desenvolvimento do sistema nervoso e facilita a absorção de ferro disponível nos laticínios (leite, iogurte, queijo), nos cereais e nos vegetais de folha verde, o cálcio é fundamental para a formação de ossos e dentes fortes do feto, além de contribuir para o fortalecimento dos músculos e nervos. A falta de cálcio no organismo da mãe pode provocar cáries, cãibras e unhas quebradiças.

O ferro é outro mineral fundamental durante a gravidez pois contribui para a produção de hemoglubina, prevenindo a anemia e ocorrência de parto prematuro. Portanto, durante todos os meses de gestação, existem algumas vitaminas e sais minerias essenciais que a mulher terá de ter em atenção para os incluir na sua dieta, daí ser tão importante a manutenção de uma alimentação equilibrada e variada ao longo dos nove meses.

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A pele do abdómen, quando estica muito em pouco tempo devido ao crescimento do bebé, sofre uma desfragmentação das suas fibras de elastina e de colagénio, presentes na sua camada intermédia, a derme. Quando as fibras da sua pele se rompem, surgem pequenos espaços que permitem mostrar os vasos sanguíneos existentes na camada mais profunda da pele, por isso, numa fase inicial, as estrias apresentam uma cor rosada. Se aumentar bastante o seu peso e a sua barriga crescer muito rápido, a probabilidade de aparecerem estrias é maior.

As estrias apresentam-se inicialmente como linhas ou riscas avermelhadas, que podem causar um pouco de comichão. Contudo, a sua cor pode variar, dependendo da cor natural da pele. Normalmente, as estrias surgem por volta da segunda metade de gravidez, mas há casos em que aparecem antes e há casos em que podem aparecer mais tarde. As zonas mais comuns para o surgimento das estrias são na barriga e nas mamas, mas também podem afetar outras zonas, como o interior das coxas ou as nádegas.



PORQUÊ EU?

O aparecimento de estrias pode variar de mulher para mulher. Fatores como uma menor elasticidade da pele, um rápido aumento de peso corporal ou a utilização prolongada de medicamentos corticosteróides, podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento de estrias. Existe também o fator da história familiar: se a sua mãe desenvolveu estrias ao longo da vida, há uma maior possibilidade que também lhe aconteça o mesmo. Se já teve episódios de grandes oscilações de peso no passado, a sua pele possivelmente está mais fina e mais propensa ao aparecimento de estrias.



PENSAR MAIS À FRENTE

Atualmente, os tratamentos disponíveis são parcialmente efetivos, pois não removem as estrias completamente. Assim, a melhor forma de combater o aparecimento de estrias reside na sua prevenção. Há alguns hábitos que pode começar imediatamente a ter, se é que já não os tem. Hábitos muito simples que podem fazer a diferença entre ter muitas estrias e quase não notar a sua presença.

Fixe a ideia de que tem de manter a pele o mais hidratada possível. Beba muita água ao longo do dia e massaje a pele com um creme gordo, o mais hidratante possível. Na sua farmácia pode encontrar diversas opções adequadas para a prevenção de estrias nas grávidas, aconselhe-se ao seu farmacêutico. Naturalmente, uma dieta controlada e direcionada especificamente para o seu caso é o ideal, refletindo-se na saúde do bebé e também na saúde da sua pele.

Deve tentar controlar o seu peso durante a gravidez. É natural que, uma vez que tem um bebé a crescer dentro de si, aumente de peso, mas isso deve acontecer de forma lenta e gradual. As recomendações de ganho de peso durante a gravidez variam de acordo com o peso da mulher antes de engravidar. Contudo, para uma mulher com um peso considerado normal antes de engravidar é recomendado que o ganho total de peso seja de 11,5 a 16 quilos. Uma outra forma de tentar prevenir o aparecimento de estrias é a prática de exercício físico.

Esta é uma das formas mais importantes para controlar o seu peso e a saúde da sua pele. Em combinação com o exercício físico deve estar uma hidratação da pele. A sua pele alimenta-se de água, de hidratantes naturais.

É essencial manter a pele da barriga e das mamas hidratadas para que as estrias nem tenham hipótese de espreitar. Tenha, no entanto, especial atenção aos componentes do seu hidratante, que podem eventualmente ser absorvidos pela corrente sanguínea até ao seu bebé.





Frequência cardíaca, respiração, tónus muscular, reflexos e cor da pele são os sinais vitais avaliados num recém-nascido. A este procedimento rotineiro e indolor, feito um minuto após o nascimento e repetido cinco minutos depois, dá-se o nome de teste de Apgar. Criado pela médica norte-americana Virginia Apgar, na década de 50, trata-se de um método simples e eficiente para verificar o estado de saúde do bebé e, sobretudo, avaliar se necessita de assistência médica específica.


 


5 sinais vitais


Cada um dos cinco sinais é avaliado isoladamente, sendo depois definido um valor global, entre zero e dez. Em algumas situações, a pontuação atribuída na primeira avaliação pode ser diferente da segunda avaliação, 5 minutos mais tarde. Se o resultado geral do teste estiver entre sete e dez significa que o bebé se encontra bem de saúde. Se a classificação se situar abaixo dos sete valores, é indicativo de que o bebé poderá necessitar de cuidados médicos específicos.


A realização do teste ajuda a detectar eventuais problemas respiratórios ou cardíacos e, como tal, permite um tratamento precoce.


Quando a primeira avaliação é baixa, os pais podem ficar preocupados. Contudo, um índice baixo ao primeiro minuto não deve ser encarado automaticamente como sinal de que o bebé não é saudável.


Pode indicar apenas que o bebé precisa de alguns cuidados imediatos, como aspiração das vias respiratórias ou administração de oxigénio, de modo a poder respirar melhor.


 


Cada bebé com o seu ritmo


Além disso, é preciso não esquecer que há bebés que requerem mais tempo para se ajustarem à vida fora do útero materno, o que pode ajudar a explicar um valor inicial mais baixo.


Um resultado baixo ao primeiro minuto é também comum em bebés nascidos de uma gravidez de alto risco, nascidos por cesariana ou num parto prolongado e complicado. Alguns prematuros podem apresentar igualmente resultados inferiores ao normal, especialmente, os que possuem menos tónus muscular do que os bebés nascidos de uma gravidez a termo. Nestes casos, pode ser necessária uma monitorização extra do prematuro e eventual respiração assistida devido à imaturidade dos pulmões.


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É espontâneo e, por isso mesmo, se distingue da interrupção voluntária da gravidez. Acontece quando, por razões nem sempre óbvias, a gestação termina antes da 20ª semana.


Com frequência até à 12ª e, às vezes, tão precocemente que a mulher nem chega a aperceber-se de que está grávida, ainda antes da primeira falta menstrual.


O aborto espontâneo é comum e de causas variadas, com as anomalias cromossómicas a serem responsáveis pela maioria dos casos. Não se trata de problemas genéticos herdados dos progenitores, mas sim de erros ocorridos durante a divisão celular, os quais interferem com o desenvolvimento do embrião. Contudo, um erro destes raramente se repete, pelo que existem óptimas probabilidades de uma gravidez seguinte de termo.


Há outras causas mas são menos comuns: entre elas, incluem-se desequilíbrios hormonais, diabetes não controlada, doença tiroideia, infecções (rubéola por exemplo), problemas relacionados com o útero ou o colo do útero. Sendo causas, assumem-se também como factores de risco, em que se incluem a idade e questões ligadas ao estilo de vida. Descartadas devem ser algumas ideias erradas sobre o aborto espontâneo: é que ele não é causado por actividades de rotina como fazer exercício físico, trabalhar, levantar objectos, stress ou alimentos condimentados. A prática de relações sexuais também não influencia o curso da gravidez.


As influências potenciais (risco) têm outra origem: na idade da mulher - a partir dos 35 anos o risco aumenta e depois dos 40 aumenta mais -, e na existência de abortos anteriores - o risco sobe quando houve dois ou mais abortos. Mas também num estilo de vida em que haja abuso de substâncias ilícitas, de álcool e tabaco, bem como na existência paralela de doenças crónicas como a diabetes e as da tiróide. Um risco mínimo, mas real, está associado a testes pré-natais específicos, como a amniocentese: trata-se de um teste invasivo proposto às mulheres com mais de 35 anos e que visa recolher uma amostra do líquido amniótico para despiste de doenças como a síndrome de Down (ou trissomia 21).


 


Experiências diferentes


Quando se fala em aborto espontâneo podem abranger-se realidades diferentes, com desfechos diferentes.


Uma delas é a ameaça de aborto: ocorre nas primeiras 12 semanas de gravidez, com algum sangramento vaginal acompanhado de ligeiras contracções. É, naturalmente, um sinal preocupante para a mulher, mas, com frequência, não passa de um rebate falso e a gravidez prossegue, sem prejuízo do normal desenvolvimento do feto.


Pode acontecer, porém, que a hemorragia não estabilize e que haja, efectivamente, uma interrupção precoce da gestação. Dois cenários são, então possíveis: o de um aborto incompleto e o de um aborto completo.


O primeiro verifica-se quando a expulsão do conteúdo uterino é apenas parcial, com o segundo a corresponder à expulsão total, incluindo o feto e todos os produtos associados à gestação.


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