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Uma alternativa feminina

21 Setembro, 2009 0

É assim o preservativo feminino: mais eficaz do que o masculino, confere à mulher o poder de se defender das doenças sexualmente transmissíveis.

É ainda pouco conhecido e, sobretudo, pouco utilizado. Mas é um método contraceptivo eficaz, com vantagens acrescidas sobre o preservativo masculino no que toca à protecção contra doenças sexualmente transmissíveis e até à prevenção de patologias do colo do útero.

O facto de constituir uma alternativa válida levou recentemente a Coordenação Nacional para a Infecção HIV/sida e a Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género a lançarem uma campanha de divulgação dirigida às mulheres, no sentido de lhes dar a conhecer este método e de incentivar a sua utilização.

“Mulher prevenida…” – foi esta a mensagem que passou nas televisões e nas salas de cinema. Uma mensagem que sintetiza o objectivo desta iniciativa: os seus autores pretenderam transmitir a ideia de que o uso do preservativo feminino confere à mulher o controlo sobre as relações sexuais.

A ideia subjacente é de que está nas mãos da mulher uma nova atitude: a de tomar a decisão de se proteger sem ter de negociar com o parceiro, sem estar dependente da vontade do homem de usar (ou não) preservativo.

Além desta questão, os especialistas defendem que, em termos técnicos, o preservativo feminino é mais eficaz do que o masculino, por ser mais espesso e cobrir uma área mais abrangente. Isto porque, por um lado, é feito à base de um material semelhante ao de um saco de plástico e, por outro, porque possui um anel exterior que cobre parte dos lábios vaginais e do clitóris.

Estas vantagens do preservativo feminino levaram as autoridades de saúde a, em 2008, distribui-lo gratuitamente por organizações não governamentais que trabalham com prostitutas: foram distribuídos 50 mil. O passo seguinte é colocá-lo gratuitamente à disposição da mulher nos centros de saúde.

O objectivo é vencer o desconhecimento e a relutância no seu uso. Duas marcas chegaram a estar à venda em Portugal, mas a procura foi residual. Na origem deste fenómeno estão algumas características do próprio preservativo: uma delas é o material, considerado pouco agradável e passível de diminuir a sensibilidade durante o acto sexual.

Além disso, colocá-lo parece não ser fácil e requer prática, o que pode também ter desincentivado as mulheres. Outro factor negativo foi o preço – mais elevado do que o do preservativo masculino.

São obstáculos que os médicos e as autoridades de saúde pretendem derrubar, enfatizando que o preservativo feminino é a única alternativa válida para a mulher se proteger das doenças sexualmente transmissíveis, sem necessidade de negociar com o parceiro. O poder de decidir sobre a sua saúde – eis a mensagem dirigida às mulheres portuguesas.

 

Um método de barreira

O preservativo, masculino ou feminino, constitui um método contraceptivo de barreira, o que significa que evita a gravidez bloqueando os espermatozóides e impedindo assim que cheguem ao óvulo e o fertilizem.

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