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Puberdade: Períodos difíceis para as adolescentes

2 Setembro, 2009 0

São os que vivem as adolescentes a braços com uma das mudanças mais óbvias da puberdade – a menstruação. Para muitas tudo corre bem, mas para outras são dias incómodos, para o corpo e para as emoções.

Dizer que a adolescência é uma etapa da vida particularmente difícil é quase banal. Sentem-no rapazes e raparigas, tumultuados por uma onda de transformações físicas e psicológicas. E sentem-no os adultos, sobretudo os pais, confrontados com a nem sempre fácil tarefa de aceitar e lidar com o crescimento dos filhos.

É nestes anos de transição que biologicamente acontecem as mudanças que colocam rapazes e raparigas no caminho da idade adulta – a puberdade muda os corpos e confunde as emoções.

E para elas pode ser perturbador, na medida em que é nessa altura que surge a primeira menstruação, um marco decisivo nesse caminho.

A menarca – assim se chama esse primeiro período menstrual – pode ser fonte de confusão e insegurança. E a partir dela vários incómodos podem repetir-se mês a mês, uns mais naturais do que outros.

As cãibras abdominais são um desses incómodos frequentes. Mais ou menos intensas, ficam a dever-se à prostaglandina, um químico que o corpo segrega e que estimula as contracções do músculo uterino. São contracções involuntárias, mas podem causar dor, por vezes obrigando à toma de um analgésico.

No entanto, tendem a desaparecer com o tempo, não costumando prolongar-se por muitos anos. Comuns são também as irregularidades menstruais. É que podem ser precisos até dois anos para que o organismo feminino desenvolva um ciclo regular: até lá, vai ajustando o fluxo de hormonas libertado pela puberdade.

Estes ajustes fazem com que, num mês, o período possa durar poucos dias e, no seguinte, prolongar-se por uma semana.

Ainda assim convém saber que o que é “normal” depende de mulher para mulher: o ciclo médio é de 28 dias, mas pode ficar-se pelos 21, 22 ou estender-se até aos 45.

A instabilidade hormonal pode ditar ainda que haja dois períodos um a seguir ao outro, que a intensidade da hemorragia oscile de mês para mês e que haja meses sem menstruação. Porém, se a adolescente já for sexualmente activa e se houver uma falta importa ponderar a hipótese de uma gravidez.

Importa também ponderar a possibilidade de um problema se ao fim de três anos o ciclo menstrual não estabilizar.

Cada corpo tem o seu ritmo. O que explica que a primeira menstruação não surja sempre na mesma altura. Para algumas raparigas ocorre pelos nove, dez anos, mas para outras só aos 12, 13.

Não significa isto que haja qualquer problema, tanto mais que a puberdade é influenciada pela genética, com as filhas a tenderem a seguir o mesmo padrão das mães ou avós.

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O que é demais…

No entanto, há atrasos e atrasos… Se até aos 16 anos ou ao fim de três anos após os primeiros sinais da puberdade não tiver surgido a primeira menstruação pode haver necessidade de intervenção médica.

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