Mononucleose: À distância de um beijo…
A mononucleose infecciosa é provocada por um vírus que se encontra na saliva. Por isso mesmo chamam-lhe a doença do beijo, sendo este a causa mais frequente do contágio involuntário.
A saliva é o portador do vírus Epstein-Barr, pelo que através da tosse, espirros, copos, talheres ou lenços partilhados, é possível transmitir a mononucleose. Os sintomas quase se confundem com os de uma gripe, o que dificulta o diagnóstico. Febre, garganta irritada (faringite), glândulas inchadas no pescoço e nas axilas, perda de apetite e cansaço inexplicável são as principais manifestações da mononucleose, a par de um aumento do volume do fígado e do baço, que pode ser causa de dor moderada no lado direito e esquerdo do abdómen, respectivamente. Só quatro a seis semanas após a exposição ao vírus é que os sintomas emergem, podendo ser necessário realizar análises de sangue para validar o diagnóstico. E mesmo depois de resolvida a infecção, o vírus pode permanecer na faringe até 18 meses após o tratamento, período durante o qual existe risco de contágio.
Por isso, muitas pessoas que desenvolvem mononucleose não se recordam de ter tido contacto com alguém doente. Trata-se de uma doença comum entre as crianças, precisamente porque partilham o mesmo espaço durante várias horas por dia, tocando-se com toda a espontaneidade. Mas pode acontecer mais tarde na vida, com os adolescentes e adultos a desenvolverem, geralmente, sintomas mais severos do que na infância.
Geralmente, não exige qualquer tratamento específico, porque os sintomas desaparecem por si num prazo que se pode estender por quatro semanas. Mas é possível actuar precocemente, recorrendo a medicamentos que atenuam a febre e a dor. Os antibióticos são inúteis, uma vez que só são eficazes contra bactérias, sendo esta uma infecção provocada por vírus. O repouso e a ingestão abundante de líquidos são aconselháveis.
Normalmente, a mononucleose é daquelas doenças que desaparece sem deixar sequelas. Mas há alguns riscos, como o de ruptura do baço que, situando-se na parte superior esquerda do abdómen, funciona como um filtro do sangue. Daí que os doentes em recuperação devem evitar exercício físico, porque os movimentos mais bruscos ou mais intensos, ou esforços físicos, podem romper o baço. Dor intensa e repentina sob o peitoral esquerdo, tonturas, a sensação de que o coração bate mais depressa e com mais força, são indícios de complicações no baço.
Além deste risco, a mononucleose pode, ainda que raramente, originar anemias ou paralisia de Bell, uma inflamação dos nervos faciais que pode enfraquecer e paralisar temporariamente os músculos do rosto.
As medidas preventivas da mononucleose são difíceis, porque não existe vacina. A prevenção seria evitar o contacto com alguém doente. Mas como o período de contágio se prolonga, nunca se sabe se um beijo pode ser traiçoeiro…
A saliva é o portador do vírus Epstein–Barr, pelo que através da tosse, espirros, copos, talheres ou lenços partilhados, é possível transmitir a mononucleose. Os sintomas quase se confundem com os de uma gripe, o que dificulta o diagnóstico. Febre, garganta irritada (faringite), glândulas inchadas no pescoço e nas axilas, perda de apetite e cansaço inexplicável são as principais manifestações da mononucleose, a par de um aumento do volume do fígado e do baço, que pode ser causa de dor moderada no lado direito e esquerdo do abdómen, respectivamente. Só quatro a seis semanas após a exposição ao vírus é que os sintomas emergem, podendo ser necessário realizar análises de sangue para validar o diagnóstico. E mesmo depois de resolvida a infecção, o vírus pode permanecer na faringe até 18 meses após o tratamento, período durante o qual existe risco de contágio.
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