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Hepatite: Fígado sofre!

20 Fevereiro, 2014 0

Fala-se muitas vezes em hepatite, mas a verdade é que esta é uma doença com múltiplas faces. Quer porque pode ter diferentes origens, quer porque tem diferentes fontes de contágio e também porque apresenta distintos graus de gravidade.

O fígado é o primeiro e o principal órgão afectado pela hepatite, independentemente da causa da infecção.

E causas há, de facto, várias: a viral (conhecem-se seis tipos diferentes de vírus) e o consumo excessivo de substâncias consideradas tóxicas, nomeadamente álcool e alguns medicamentos.

Mas existem igualmente hepatites auto-imunes, o que significa que não possuem uma causa exterior, resultando, sim, de uma alteração no funcionamento do sistema imunitário que, em vez de defender o organismo, desenvolve anti-corpos que atacam as células do fígado.

Dependendo do agente que a provoca, a hepatite pode curar-se apenas com repouso ou implicar tratamentos prolongados ou mesmo um transplante de fígado, quando já existe cirrose, de modo a impedir o desenvolvimento do cancro. Quer a cirrose quer o cancro podem levar à morte.

As mais prevalentes são as que têm na origem vírus, constituindo algumas delas verdadeiros problemas de saúde pública. É através da água e de alimentos contaminados com matérias fecais que se transmitem os vírus A e E. Os vírus B e D partilham duas formas de contágio – contacto com sangue infectado e por via sexual. Quanto aos vírus C e G, passam de um organismo para o outro através de sangue contaminado.

Todos têm diferentes períodos de incubação, com a particularidade de ser frequente que os doentes não apresentem sintomas. As hepatites A e E não se tornam crónicas, uma situação que é comum nos tipos B, D e G (esta última com menos gravidade) e muito elevada na hepatite C.

Apesar do elevado grau de cronicidade, os doentes com hepatite para a vida podem ter um quotidiano normal, não tendo de ficar inactivos, isolados ou cumprir dietas rígidas. Têm, sim, de conhecer e aprender a viver com a doença.

Apesar de diferentes, cada uma destas patologias implica sempre uma ida ao médico e um acompanhamento adequado. No entanto, em muitos casos, o organismo possui defesas que, em presença do vírus, reagem, produzindo anti-corpos, que lutam contra os agentes infecciosos e os aniquilam. Mas, em algumas situações, não são suficientes, sendo então necessário recorrer a tratamentos anti-víricos.

Há muito a estudar ainda nesta área, mas a investigação científica tem percorrido um bom caminho na luta contra as hepatites, tendo já conseguido elaborar vacinas para os tipos A e B, as quais permitiram reduzir significativamente a sua propagação.

E descobriu substâncias, como os interferões, que podem travar a multiplicação do vírus e constituir uma esperança de cura para muitos doentes.

[Continua na página seguinte]

De A a G

São cinco os principais tipos de hepatites causadas por vírus, a que se junta um sexto descoberto há relativamente pouco tempo. Cada um deles é identificado por uma letra do alfabeto:

 

A – Água e alimentos contaminados são fonte de contágio

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