Arquivo de Saúde Pública - Médicos de Portugal

A carregar...




Ortopedista aponta 7 conselhos para assistir a um festival sem dores nas costas

Eles estão aí. Braços no ar, mochila às costas, longas horas em para enfrentar a emoção em frente a um palco. Mas será que a nossa coluna lhes acha a mesma piada? As longas horas em e na mesma posição são um dos principais factores de aumento do risco de lordose lombar. Traduzindo, muitas horas seguidas numa postura estática podem representar um aumento de 40 a 70% do risco de desenvolver problemas de coluna. De acordo com o médico ortopedista e fundador da associação Spine Matters, Luís Teixeira, é importante proteger as suas costas nestes dias para garantir que as salvaguarda no futuro. Dos pés à cabeça, o médico aponta 7 conselhos para garantir que não são as suas costas que vão pagar por um bom momento de verão.

De acordo com vários estudos recentes, nomeadamente o da revista Spine publicado em 2014, existe uma correlação evidente entre o número de horas seguido que passamos em (a partir das 2 horas) e o aumento das dores nas costas (nomeadamente a predisposição para desenvolver lordoses lombares provocadas por excesso de força exercido em determinadas áreas do nosso corpo), em pessoas sem histórico de dores nas costas, havendo estudos que sugerem que 25 minutos numa postura estática são suficientes para o mesmo efeito, como o da Universidade McGill no Canadá.

“A dor é, de facto, agravada ou pode desencadear-se após longos períodos de tempo em uma vez que irá existir uma sobrecarga das estruturas vertebrais e para-vertebrais que pode provocar dores e retracções musculares momentâneas, e não só, particularmente ao nível da região lombar e cervical. Isto acontece porque o nosso corpo faz um esforço para se manter equilibrado, gerando uma compressão muscular excessiva e desproporcional que origina tensão estática”, começa por explicar o ortopedista. “Estamos a falar de algo que aumenta, naturalmente, com a repetição, como acontece em certas profissões, mas que não deve ser descurado em momentos que obrigam a uma maior pressão sobre as nossas costas, como os festivais são disso exemplo”.

Conselhos do médico ortopedista para tirar aproveitar ao máximo os festivais de verão

  1. Exercite os pés: Os exercícios para os pés são importantes para aliviar a tensão e as dores, nomeadamente os alongamentos dos isquiotibiais (perna) prevenindo cãibras, inchaço e dores. Enquanto estiver em por muito tempo, alterne o apoio dos pés, isto é: mantenha um esticado e outro ligeiramente dobrado, ora no direito, ora no esquerdo. Essa postura irá ajudar a rectficar a lordose lombar e diminuir a sobrecarga nas estruturas da coluna vertebral.
  2. Escolha bem o seu calçado: Na maior parte das vezes, o calçado é escolhido apenas em função da sua beleza e não pelas funções que desempenha, por isso é importante que escolha de acordo com o formato dos pés e que analise a grossura da sola, o material do próprio sapato, a maleabilidade e o poder de amortecimento da passada. A nossa coluna precisa de um apoio consistente e seguro para não sofrer lesões e o calçado é determinante nesta matéria.
  3. Realize alongamentos no local: esticar os braços, espreguiçar, podem ser boas opções, mas não abuse das “mãos no ar”, uma vez que a repetição do movimento pode gerar desconforto ao nível da cervical. Procure, também, sentar-se, para contrariar a tensão estática.
  4. Escolha bem o tipo de mochila que leva: utilize mochilas de dupla alça para garantir um bom apoio nas costas e ajuste-as adequadamente à sua lombar. Tenha atenção também à forma como os objetos são organizados dentro da mochila (coloque os itens mais pesados e de maior dimensão primeiro e de forma central e procure não ter desequilíbrios nas bolsas exteriores). O peso, deve, igualmente, ser o menor possível.
  5. Respire fundo: Para ter consciência da sua postura. Um exercício simples para movimentar o pescoço passa por rodar os ombros para trás e baixo, enterrar o queixo e imaginar que tem uma linha a puxar-lhe o topo da cabeça para cima. Mantenha esta posição durante 20 segundos e repita algumas vezes.
  6. Hidrate-se: Deve beber água em todos os momentos de forma a prevenir cãibras e a garantir que todos os músculos estão a trabalhar correctamente.
  7. Cuidado com as cavalitas: Este é um movimento a evitar por várias razões, mas sobretudo pelo facto de ser repentino e inesperado e pelo excesso de peso sobre os ombros e a região cervical.
  8. Se for acampar, procure ter uma boa espuma ou um colchão que sejam confortáveis, mas também leves. Encontre um chão com o mínimo de irregularidades possível e leve a sua almofada de casa para um melhor apoio.




Iniciativa pioneira vai revolucionar diagnóstico das doenças genéticas

Coimbra: A start-up Coimbra Genomics vai apoiar a criação de uma unidade de interpretação genómica no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que passará a ser o primeiro centro público português a iniciar a sequenciação exómica total, como serviço prestado aos utentes.

Esta iniciativa está integrada no projeto In2Genome, liderado pela Coimbra Genomics, em parceria com o Serviço de Genética Médica (CHUC) e com a Genoinseq (Biocant), e pretende revolucionar o diagnóstico das doenças genéticas, através do desenvolvimento de uma nova metodologia de análise de exomas e emissão do respetivo relatório de diagnóstico molecular. A plataforma desenvolvida pela Coimbra Genomics – a ELSIE – será adaptada ao modelo de acompanhamento e análise dos casos clínicos no Serviço de Genética Médica do CHUC, numa abordagem integradora no diagnóstico de doenças genéticas.

Para Bruno Soares, CEO da Coimbra Genomics, “este projeto é o resultado de vários anos de colaboração, entre nós e os médicos do CHUC, em particular a equipa de médicos geneticistas do Serviço de Genética Médica, no desenvolvimento do nosso sistema de apoio à decisão clínica (ELSIE) que permite identificar variações genéticas responsáveis por doenças raras, o que nos irá conduzir a diagnósticos, prognósticos e terapias mais personalizadas, logo, potencialmente muito mais precisas e eficazes”.

O projeto In2Genome tem a duração de 2 anos, de 1 de julho de 2017 a 30 de junho de 2019, e conta um orçamento global estimado de cerca de ~1.2 M€. O projeto é co-financiado por “Portugal 2020”, “Compete 2020” e “Fundos Europeus Estruturais e de Investimento”.

A Coimbra Genomics é uma start-up portuguesa que ambiciona trazer a medicina individualizada ao ambiente de trabalho de todos os médicos. Desenvolveu e comercializa a ELSIE, uma plataforma digital simples de usar que ajuda o médico a fazer diagnósticos e prognósticos mais personalizados, bem como a ajustar os tratamentos e as prescrições baseados na informação genética de cada pessoa. A ELSIE encontra-se em utilização clínica na Alemanha, Brasil e Portugal.

Para mais informações consulte: www.coimbra-genomics.com





Não é uma doença nova, mas dela se fala há relativamente pouco tempo.


E, à primeira vista, nada indica que se trate de uma doença reumática, mas é: a fibromialgia não afecta articulações nem ossos, mas origina dores generalizadas nos músculos, ligamentos e tendões.


É uma dor de causa desconhecida, acompanhada de outros sintomas como fadiga, dores de cabeça, dificuldadeem dormir e sono pouco reparador, perda de memória e de concentração, alterações do humor e, em cerca de um terço dos casos, depressão.


Calcula-se que atinja cerca de dois por cento da população adulta, com maior incidência entre os 20 e os 50 anos. À semelhança de outras doenças reumáticas, incide mais sobre o sexo feminino, com as mulheres a serem afectadas cinco a nove vezes mais do que os homens.


O que se sabe é que há pessoas com maior predisposição, enquadrando-se naquilo que se designa como personalidade pró-dolorosa: é o caso dos trabalhadores dedicados, de quem tem uma actividade excessiva, dos perfeccionistas compulsivos, de quem revela incapacidade para relaxar e desfrutar da vida, de quem é incapaz de lidar com situações hostis e tende a negar os conflitos emocionais e interpessoais.


Também pessoas que têm história familiar da doença, que têm antecedentes de depressão e/ou ansiedade, que sofrem habitualmente de alterações na qualidade do sono e que já se queixam de dor relacionada com a prática profissional correm maior risco de desenvolver fibromialgia.


Sendo a dor o principal sintoma é em torno dela que se faz o diagnóstico: um quadro de fibromialgia implica dor generalizada (acima e abaixo da cintura, do lado direito e do esquerdo), dor com mais de três meses de duração, existência de pontos dolorosos quando se pressiona com o dedo em áreas simétricas do corpo e bem localizadas.


Aliviar a dor é um dos objectivos do tratamento, mas não o único, podendo ser aconselhados medicamentos analgésicos, anti-depressivos, relaxantes musculares e indutores de sono. Indicada é também a prática de exercício físico, bem como alterações ao estilo de vida que conduzam a um maior relaxamento. A atitude do doente nesse sentido é essencial, dado que a fibromialgia é uma doença crónica.


 


Doenças há muitas


Doenças reumáticas são muitas, afectando pessoas de todas as idades, incluindo crianças. Eis, em síntese, o que caracteriza mais algumas dessas doenças:


• Atropatias microcristalinas - envolvem a deposição de cristais minerais nos tecidos músculo-esqueléticos, sendo a gota úrica a mais conhecida. Deve-se a uma produção excessiva de ácido úrico ou a dificuldades na sua eliminação, por razões que vão do consumo excessivo de álcool à desidratação, passando pela toma de determinados medicamentos e pela hipertensão arterial. É causa frequente de disfunção renal.


Artrite reumatóide - doença das articulações, afecta mais mulheres do que homens, numa proporção de quatro para um; é mais comum nos adultos jovens e nas mulheres pós-menopáusicas. É causa de grande incapacidade e nos casos mais graves pode diminuir a esperança de vida em dez anos.


• Espondilartropatias - abrangem doenças como a espondilite anquilosante e a artrite psoriática, que têm em comum a inflamação da coluna e das articulações. Surgem, geralmente, pelos 20 anos e parecem ser mais frequentes entre os homens.


• Doenças reumáticas sistémicas - são pouco prevalentes mas afectam sobretudo mulheres. Envolvem um conjunto de síndromes com origem no sistema imunitário, entre as quais se inclui o lúpus. A maioria dos doentes tem queixas músculo-esqueléticas discretas, fraqueza muscular e sintomas gerais como febre e fadiga.


• Artrites idiopáticas juvenis - surgem antes dos 16 anos, caracterizando-se por artrite numa ou mais articulações persistente por, pelo menos, seis semanas. São das doenças crónicas mais frequentes em crianças e adolescentes, sendo causa importante de incapacidade e insucesso escolar (devido ao absentismo).







O Hospital de Braga (HB) foi o único hospital português distinguido no prémio Quality Improvement Award 2017, atribuído pelo Caspe Healthcare Knowledge Systems (CHKS), pela qualidade implementada nos cuidados de saúde, experiência do doente e satisfação dos profissionais. O anúncio foi feito em Londres, na passada quinta-feira, na cerimónia dos Top Hospitals Awards 2017.

O prémio “Quality Improvement Award 2017”, atribuído em função da análise de um painel de peritos de várias áreas e organizações da saúde, distingue o Hospital de Braga pela qualidade da prestação dos cuidados de saúde, pela experiência que proporciona ao doente e pelo trabalho desenvolvido no bem-estar, segurança e satisfação dos profissionais. O anúncio foi feito na cerimónia anual do CHKS Top Hospitals Awards 2017, que juntou, em Londres, mais de 200 intervenientes e líderes de organizações de saúde internacionais. Esta distinção é o reconhecimento internacional da implementação contínua de ações que elevam a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos utentes do Hospital de Braga, como é o exemplo dos compromissos assumidos nos processos de acreditação na área da Qualidade, Ambiente e Segurança. Os sucessivos reconhecimentos, pelas entidades competentes, da qualidade e eficiência do Hospital de Braga foram valorizados nesta distinção. Destacando-se a conquista do título de melhor hospital de média/grande dimensão – TOP5 dos Hospitais – em dois anos consecutivos, que avalia a qualidade assistencial, a eficiência e adequação dos cuidados de saúde. Esta distinção reconhece, ainda, os vários projetos implementados para melhorar a qualidade clínica e satisfação dos utentes como são exemplo as práticas de regulares de auditorias clínicas, com especial enfoque no programa de Enfermagem, o desenvolvimento do movimento Cuidar+, e a criação da Direção de Serviço ao Utente, assumindo o Hospital de Braga o papel de líder nacional na criação deste Serviço que gere de forma integrada todo o percurso do doente.

O trabalho desenvolvido na satisfação dos profissionais é, também, reconhecido neste prémio através das várias medidas implementadas, anualmente, e nas quais se distinguem ações que beneficiam colaboradores com vencimentos mais reduzidos com a oferta de Cabazes de Natal, Bolsas de Livros Escolares, ou ainda, uma forte política de recrutamento interno que permite uma progressão na carreira profissional. Os Top Hospital Awards comemoram o sucesso dos profissionais de saúde a nível internacional e premeiam a inovação e a melhoria da prestação dos cuidados de saúde, desafiando continuamente as instituições prestadoras de cuidados de saúde para a persecução de uma estratégia orientada para a melhoria da experiência dos seus utentes.





Tudo começa com uma mutação no gene GLA, onde está localizada a enzima alfa-galactosidase, responsável pela degradação e eliminação de um tipo de gorduras específicas (GL-3).


Essa mutação genética faz com que, num determinado organismo, não haja produção desta enzima ou que a sua actividade seja insuficiente: a consequência é a acumulação progressiva daquela gordura no interior das células, sobretudo nas paredes dos vasos sanguíneos.


É um processo generalizado a todo o corpo, o que significa que não há tecidos nem órgãos imunes. Com o acumular da gordura, coração, rins e cérebro, entre outros, vão deixando de funcionar correctamente, causando problemas e complicações que podem pôr em risco a vida.


É quase sempre na infância que a Doença de Fabry se manifesta, sendo a dor o primeiro sintoma e o mais comum.


Provavelmente causada por uma lesão no sistema nervoso, surge, em muitos doentes, associada a variações do clima, exercício físico intenso e stress.


E pode manifestar-se de duas formas diferentes - através de sensações como ardor, formigueiro, picadas e desconforto constante nas mãos e nos pés (são as acroparestesias) ou através de episódios de dor intensa, descrita como uma queimadura, inicialmente sentida nos pés e nas mãos mas irradiando para outras partes do corpo (são as chamadas crises de Fabry, passíveis de causar um elevado grau de incapacidade).


Comum entre os doentes é a dificuldade, ou até impossibilidade, de suar, o que se deve à acumulação da gordura nas glândulas sudoríparas e a lesões no sistema nervoso autónomo. O resultado são episódios de febre sem causa aparente, o sobreaquecimento em exercício físico e a intolerância ao calor.


Já o sinal mais visível desta doença rara é uma característica erupção cutânea, com lesões de cor vermelha escura e espessas. São os angioceratomas, localizados sobretudo entre o umbigo e os joelhos, mas podendo também surgir nas pregas cutâneas (cotovelos e joelhos). E tanto podem ser semelhantes à ponta de um alfinete como ter vários milímetros.


Os olhos também sofrem com a ausência da enzima alfa-galactosidase. A gordura acumula-se na córnea, dando origem a zonas opacas com um padrão que imita os raios de uma roda de bicicleta ou uma espiral. No entanto, estas opacidades não perturbam a visão.


Comuns são ainda as queixas digestivas, com dor após as refeições, náuseas e vómitos. Problemas renais e cardíacos, com risco de insuficiência dos órgãos, e problemas neurológicos, com risco de acidente vascular cerebral em idade jovem, estão também associados à Doença de Fabry.


O mesmo acontece com perturbações do foro neurológico, sendo frequentes sentimentos de desespero, negação dos sintomas e depressão.


[Continua na página seguinte]





Assiste-se ainda a uma sobrevalorização da juventude, queremos parecer eternamente jovens, pois sermos jovens significa estarmos no nosso máximo potencial a nível físico e mental. Existe pânico geral quando se fala de velhice e aparecimento de rugas faciais, despoletando assim um desejo em eliminá-las, extinguindo desta forma os sinais de envelhecimento. Esta cultura padronizada de beleza, na qual a juventude está implícita, influencia a forma como a maioria das pessoas percebem os seus corpos. Aspirando conseguir este ideal, ficam insatisfeitas com a sua aparência física, levando esta percepção negativa a estados afectivos negativos.


A forma como percepcionamos o nosso corpo, ou seja a nossa "auto-imagem" tem como base experiências e vivências, assim como estímulos presentes e expectativas futuras. Ter uma boa "auto-imagem" potencializa a beleza e a saúde, estando esta directamente relacionada com a auto-estima, as pessoas que se avaliam como belas (ou seja, que têm uma boa auto-imagem) têm maior facilidade em apresentar mais auto-estima, o que lhes proporciona uma melhor qualidade de vida relativamente àquelas que não se vêem como tal, apesar de muitas vezes serem bastante atraentes (tendo em conta o "padrão" actual de beleza). O que acontece por vezes é que a auto-estima distorce a "auto-imagem".


É cada vez maior o número de pessoas que possuem um elevado grau de exigência em relação ao seu corpo, como se, cada pequena imperfeição fosse ampliada, o que acaba por gerar um círculo vicioso de auto-depreciação e insatisfação corporal. Verifica-se uma compulsão à insatisfação com a aparência física. Muitas pessoas depois de já terem corrigido o seu foco de descontentamento corporal (nariz, boca...) encontram necessidade de correcção noutra parte do seu corpo, estando em constante busca da perfeição, tornando-se cronicamente insatisfeitas.


Nestes casos verifica-se a necessidade de acompanhamento psicológico, caso contrário a pessoa estará permanentemente numa procura do defeito exterior que tem de ser corrigido ou disfarçado como forma de colmatar temporariamente o mal-estar interno. A auto-estima torna-se crucial para alcançar o estado de felicidade, objectivo de todo o ser humano, o que implica a necessidade de valorização positiva, a qual é apreendida mediante a interiorização das experiências de valorização realizadas pelos outros em relação a si próprio.


A face tem especial relevância na nossa aparência, uma vez que é o ponto primário de identificação, sendo uma fonte de comunicação verbal e não verbal, actuando como instrumento de comunicação e expressão ilustrativa de todas as nossas emoções (a felicidade, a tristeza, a frustração, a ansiedade, entre outras) que são interpretadas por quem as vê. Estando a face sempre exposta, a expressão facial pode tornar-se um alvo de grande ansiedade.


A aparência física pode ter grande influência quando escolhemos a nossa actividade profissional, pois muitas profissões têm como pré-requisito a boa imagem, como tal, é necessário conhecer quais os critérios de beleza que são aceites e até mesmo desejados pela sociedade. Alguns estudos analisaram a percepção das pessoas relativamente à atracção facial e concluíram que as que eram mais atractivas eram consideradas mais competentes e adequadas.


O ser humano possui a habilidade inata para reconhecer uma face bela. Não é por acaso que tem tendência a escolher como seu parceiro pessoas atraentes, pois segundo a teoria evolucionista, é feita por nós uma selecção natural para garantir o sucesso reprodutivo, de forma a que a nossa descendência seja bonita e saudável.


Os tratamentos estéticos, nas suas várias valências, para além de proporcionarem mudanças físicas, criam também mudanças emocionais e psicológicas. Estudos provam que após intervenções estéticas, as pessoas tendem a apresentar maior auto-estima e auto-confiança, o que se traduz num maior sucesso na sua vida pessoal e profissional, bem como na melhoria dos seus relacionamentos. No entanto, muitas vezes, procuram estes tratamentos como se fossem uma "fórmula mágica" pensando que irão resolver todos os seus problemas, criando expectativas irrealistas, o que poderá provocar decepção e sentimentos de frustração após a intervenção estética.


É importante, que quem se submeta a estas intervenções ou tratamentos, demonstre segurança emocional e bom conceito de si, sendo por isso recomendável averiguar previamente o seu estado psicológico, assim como fazer uma análise acerca das suas motivações, insatisfações corporais, desejos, fantasias, expectativas e sentimentos relativamente à intervenção.


O conceito de saúde já não é meramente definido como a ausência de doença ou enfermidade mas sim, como o estado completo de bem-estar físico, mental e social. Corpo e mente são um só, somos "nós", o todo, como tal, a falta de saúde de uma das partes influencia a outra, ou seja, problemas psicológicos e emocionais reflectem-se na saúde do nosso corpo e vice-versa. Sentimentos de inferioridade e de falta de confiança provêm muitas vezes de uma percepção corporal que é sentida como insatisfatória.


Estando o físico e psíquico "de mãos dadas" sentir-se satisfeito com a sua imagem é importante para o seu bem-estar geral, pois esta representação mental que faz do seu corpo irá reflectir-se na relação que tem consigo próprio e com os outros, tendo influência na sua vida. Neste sentido, se a utilização da estética tiver um impacto positivo na sua imagem exterior trará benefícios ao seu bem-estar interno.


Catarina de Castro Lopes
Psicóloga Clínica na Clínica WHITE





As tecnologias vão evoluindo e as pessoas vão acompanhando. E a saúde não é excepção. Hoje em dia, a maioria das pessoas pesquisa os sintomas antes de ir ao médico, marcam as suas consultas online, enviam mensagem antes de pensarem em ir às urgências, recebem receitas por email e existe já um número considerável de portugueses que acredita que uma consulta pode ser feita através videochat.

Consultas de psicologia online para os mais jovens são hoje algo comum.

E estas práticas são ainda mais comuns em problemas que não são físicos e em jovens e adolescentes, o que demonstra como pode vir a ser a saúde num curto prazo de tempo. A prática clínica mostra que cada vez mais a psicologia é procurada através da internet. As consultas por Skype, mensagens de whatsapp ou Messenger são já uma constante na vida de muitos psicólogos.
Bárbara Ramos Dias, psicóloga clínica revela

“Sou muito procurada para acompanhamento online, principalmente por alguns grupos específicos, como é o caso dos emigrantes e adolescentes. No caso dos primeiros, esta procura existe essencialmente porque ao viverem fora do seu país por vezes têm pouco à vontade com a língua, preferem exprimir os seus sentimentos em português. Quase diariamente falo com emigrantes de todos os cantos do mundo”
“No caso dos adolescentes, a procura da psicologia através das novas tecnologias é uma forma de quebrarem as barreiras e o medo de irem a uma consulta com um psicólogo. O online permitiu-nos estar mais próximo e ajudar os doentes, também a sentirem-se mais acompanhados”

, acrescentou Bárbara Ramos Dias.
As patologias dos adolescentes mais comuns neste tipo de consultas e acompanhamento são crises de ansiedade, ataques de pânico, perturbação do sono, stress, e baixa auto-estima. Trata-se de uma geração que sofre cada vez mais com o bullying e que encontra nestas plataformas uma maneira de confrontar os seus problemas sem ter a necessidade de o fazer cara a cara.
Para a psicóloga clinica a distância não torna a relação impessoal. Muito pelo contrário, pois o acompanhamento digital do paciente permite quebrar barreiras e estabelecer uma ligação empática própria entre terapeuta/utente.





O sarampo foi absolutamente fatal para muitas - demasiadas - vidas. A vacina ajudou a conter a expansão desta doença altamente contagiosa, mas não impede que continue a existir.


Causada por um vírus facilmente propagado pelas secreções nasais ou bocais, a infecção respiratória estende os seus efeitos aos olhos e à pele.


Aliás, é precisamente na pele que se declaram os sintomas mais visíveis - as manchas avermelhadas. O percurso descendente é uma característica, por isso surgem primeiro na cabeça até chegarem aos pés num processo que dura cerca de três dias.


Paralelamente às manchas, a febre elevada, tosse, irritação da garganta, secreções nasais e dores musculares compõem os sintomas apresentados.


Na boca, surgem pequenos pontos irregulares com um centro esbranquiçado - são as manchas de Koplik, que geralmente precedem as erupções cutâneas. Nos olhos, a inflamação e a vermelhidão típicas da conjuntivite, a que se associa uma particular sensibilidade à luz - daí que, no tempo em que o sarampo era generalizado, as crianças eram mantidas num ambiente escuro e as entradas de luz cobertas com panos vermelhos.


O vírus do sarampo possui um período de incubação de aproximadamente 10 dias, com variação que pode ir dos 7 aos 18 dias, após o contágio, com a doença a prolongar-se entre 4 a 7 dias. O período de maior contágio ocorre 2 a 4 dias antes das erupções cutâneas e perdura até 2 a 5 dias após o aparecimento das mesmas. É então que a simples presença de um doente
pode significar o contágio de todos os que com ele contactem, havendo 90 por cento de probabilidades de isso acontecer se não tiverem sido vacinados.


[Continua na página seguinte]





Sendo mais prevalente em crianças e grávidas, pode afectar também mães a amamentar e mulheres adultas em fase reprodutiva, adolescentes, homens e idosos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 30 por cento da população mundial padece de anemia, sendo a sua prevalência entre as crianças com menos de dois anos de aproximadamente 50 por cento.


A anemia caracteriza-se por uma redução dos glóbulos vermelhos ou da hemoglobina (a proteína que transporta oxigénio) no sangue, comprometendo o adequado fornecimento de oxigénio às várias partes do corpo.


São várias as causas que podem originar anemia, nomeadamente o défice de ferro ou de vitaminas como a vitamina B12 ou o ácido fólico, as hemorragias, doenças crónicas, entre outras, sendo a anemia devido ao défice de ferro, ou anemia ferropénica, o tipo de anemia mais comum.


Também o facto de se estar submetido a uma terapêutica pode induzir o doente a uma anemia, uma vez que a toma de alguns medicamentos pode também ser causa desta patologia. Daí a especial atenção que recai nos profissionais de saúde quando propõem terapêuticas ou no acto da dispensa de medicamentos.


 


Quem pode ser afectado pela anemia?


Pode surgir anemia em bebés ou crianças caso haja um baixo aporte de ferro na alimentação; nas crianças e adolescentes, uma vez que as necessidades de ferro estão aumentadas nesta fase de crescimento rápido; na gravidez, dado que há uma maior demanda de ferro devido ao crescimento do feto.


Na mulher em idade fértil, a anemia por falta de ferro pode dever-se aos fluxos menstruais abundantes e nos adultos, em geral, pode ser causada por perda de sangue crónica, por vezes imperceptível, nas fezes. Nos idosos, a anemia pode dever-se a défice de ferro ou a existência de doenças crónicas.


 


Como se manifesta a anemia?


Os sintomas são múltiplos, salientando- se a palidez, cansaço, indisposição, falta de apetite, fraqueza, incapacidade para fazer exercício, dores de cabeça ligeiras, tonturas, zumbidos no ouvido ou palpitações.


[Continua na página seguinte]


ÁREA RESERVADA

|

Destina-se aos profissionais de saúde

Informações de Saúde

Siga-nos

Copyright 2017 Médicos de Portugal por digital connection. Todos os direitos reservados.