Contracepção – Evitar uma gravidez indesejada
Assim como outros medicamentos, a utilização de anticoncepcionais traz benefícios para a saúde da mulher, mas também pode ter efeitos secundários e riscos.
Há muitas formas e métodos de contracepção para prevenir uma gravidez. Mas é importante saber que o único método 100 por cento seguro e eficaz é só mesmo não ter relações sexuais, ou seja, optar pela abstinência. Com maior ou menor grau de protecção, todas as outras opções incluem sempre o risco de ocorrer uma gravidez. E apesar da maioria dos métodos serem de uso feminino, a responsabilidade é sempre partilhada entre os parceiros.
Factos são factos e, convém sublinhar, uma gravidez pode ocorrer em qualquer relação sexual vaginal sem controlo, mesmo que ocorra só uma vez ou só na primeira vez.
Para uma vida sexual realizada, saudável e responsável, o primeiro passo é uma visita regular ao ginecologista e às consultas de planeamento familiar.
Todas as dúvidas devem ser esclarecidas e nada deve ser escondido por pudor. Os profissionais de saúde estão sempre disponíveis para aconselhar sem julgar.
DA PÍLULA AO PRESERVATIVO
De prescrição médica, bastante comum é o uso das pílulas anticoncepcionais, assim como o DIU ( dispositivo intra-uterino ) e os contraceptivos hormonais injectáveis.
Há também a contracepção de emergência (pós-coital) que pode actuar de várias formas para prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual – pode inibir a ovulação, impedir a fertilização ou evitar que o ovo fertilizado se implante no útero. A pílula de emergência pode ser tomada nas primeiras 120 horas e o dispositivo intra-uterino pode ser aplicado até 5 dias após a relação sexual não protegida e deve, preferencialmente, ser colocado por um técnico de saúde especializado. Há, no entanto, outros métodos que não requerem prescrição médica e podem ser recomendados pelo seu farmacêutico. São eles: espuma contraceptiva, cremes, cones ou comprimidos vaginais (que são introduzidos na vagina antes da relação sexual). Estes métodos contêm geralmente produtos químicos (espermicidas) que eliminam a mobilidade dos espermatozóides mas não danificam o tecido vaginal. Por outro lado, o diafragma, o preservativo masculino e o feminino, são membranas que retêm os espermatozóides.
[CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE]Quanto aos tipos de preservativos, o masculino adapta-se ao pénis, previne a gravidez ao conter o esperma durante e depois do homem ejacular, bem como o líquido pré-ejaculatório que também pode conter espermatozóides.
Já o preservativo feminino é um contraceptivo à base de silicone, com um anel flexível na extremidade, e que é introduzido na vagina. O preservativo feminino contém o sémen durante e depois da ejaculação, impedindo-o de entrar em contacto com a mucosa vaginal.
Há ainda outro tipo de método, mas mais drástico, pois é irreversível, e que requer intervenção cirúrgica: é a esterilização voluntária. No caso das mulheres implica a laqueação das trompas e para os homens é a vasectomia.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Seja qualquer for a sua opção, esta deve ser uma decisão voluntária e esclarecida sobre a segurança, eficácia, custos, efeitos secundários e reversibilidade dos métodos disponíveis.
> PÍLULA CONTRACEPTIVA: O método mais conhecido e utilizado é a pílula contraceptiva. A pílula impede a ovulação e, desta forma, evita a gravidez. A pílula deve ser receitada por um médico e tomada de acordo com as recomendações posológicas previstas na embalagem (ciclos de 21 dias com uma semana de intervalo ou ciclos de 28 dias, sem intervalo), não sendo necessário haver “períodos de descanso”. Uma mulher que tome a pílula deve ir regularmente a uma consulta médica. É um método contraceptivo altamente eficaz. A pílula pode também diminuir o risco de desenvolver algumas formas de cancro. No entanto, não evita um possível contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
> CONTRACEPÇÃO HORMONAL INJECTÁVEL: Trata-se de um método contraceptivo que consiste numa injecção intramuscular profunda de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A solução vai-se introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, previne a ovulação. Cada injecção tem um efeito até 3 meses (12 semanas). A utilização da contracepção hormonal injectável deve ser indicada quando é necessário um método de elevada eficácia e, por razões médicas, não é recomendado o uso da contracepção oral (pílula) ou o Dispositivo Intra-uterino (DIU). Este método é bastante discreto e prático na sua utilização, uma vez que não interfere na relacção sexual e não obriga à toma diária, como sucede com os métodos de contracepção orais.
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