Quando a Ansiedade se transforma numa Doença - Médicos de Portugal

A carregar...

Quando a Ansiedade se transforma numa Doença

6 Dezembro, 2007 0

A ansiedade é uma sensação normal e tem um papel muito importante na nossa vida. Surge em inúmeras situações ou circunstâncias do nosso dia a dia.

Aparece quando nos preocupamos com a segurança dos nossos filhos e redobramos logo a atenção, quando pensamos na nossa própria segurança e evitamos expor-nos a situações de risco, quando temos medo de algo e fugimos logo perante essa situação perigosa (por exemplo um fogo, ou com um ladrão que nos vai assaltar, etc.), enfim, a ansiedade, que aparece logo a seguir a situações perfeitamente identificáveis, ajuda-nos a lidar com elas, e acaba por desaparecer logo a seguir.

Estando presente em todos os seres humanos é, também, perante diferentes circunstâncias da vida, que ela pode manifestar-se de diferentes maneiras. Desde a simples inquietação, até a uma angústia, ou mesmo pelo terror. E às vezes, acaba por se manifestar duma forma anormal, transformando-se numa doença a tempo inteiro.

Fobias, ataques de pânico, obsessões compulsivas são alguns exemplos disso: aprenda a reconhecer as diferentes formas de ansiedade patológica.

Quando é que a Ansiedade se torna patológica?

:: Em algumas pessoas, a ansiedade acaba por se manifestar duma forma anormal, e com regularidade: ou é um estado de ansiedade permanente, sem razão nenhuma aparente, que está instalada, ou porque a intensidade e o tipo de respostas face à situação vivenciada estão bastante desadequadas.

:: Ansiedade, do latim angere, significa oprimir, fechar a boca. Torna-se sintoma psicopatológico quando paralisa a actividade normal ou o quotidiano duma pessoa, ou quando tende para o seu aniquilamento. Estamos, portanto, perante quadros de ansiedades patológicas.

As causas são várias

:: A ansiedade é um produto do estado de desamparo psíquico vivido, reproduzido no decurso do desenvolvimento, e experienciado várias vezes, ao longo da vida. Pode, entretanto, transformar-se e evoluir para quadros de ansiedade patológica, sendo as causas as mais diversas, geralmente encobertas por aspectos associados a outras perturbações mentais. A ansiedade distingue-se em 5 grandes quadros principais:
– ansiedade generalizada
– fobias
– perturbação obsessivo-compulsiva
– ataques de pânico
– stress pós-traumático

:: Estes quadros são bastantes frequentes e estima-se que cerca de 3 a 5% da população já se tenha sentido em pelo menos um dos quadros, acima referidos.

A ansiedade faz parte das emoções básicas do ser humano e é parte integrante da sua própria condição. Por definição, a ansiedade é um estado afectivo dominado pelo sentimento de um perigo eminente, onde uma pessoa se encontra em posição de expectativa, geralmente convicto da sua impotência em se conseguir defender, não sabendo da intensidade do acontecimento que está para aparecer nem de quando irá acontecer.

:: É uma emoção acompanhada de vários sintomas físicos: aceleração respiratória, alteração do batimento cardíaco, xixis frequentes, diarreia, desfalecimento de pernas, palidez, contracção ou relaxamento do músculo facial, sudação, etc.

:: O carácter previsível e a capacidade de controlar a ansiedade diminuem o poder ansiogénico dos fenómenos. Estes diferentes mecanismos de protecção, formam-se no decorrer do desenvolvimento, sendo a atitude do ambiente determinante na sua aprendizagem.

Fobias, Perturbação Obsessivo-Compulsivo, Ataques de pânico…

Síndrome de Ansiedade Generalizada

:: A Ansiedade Generalizada manifesta-se por um estado de tensão, duma inquietude permanente, sem que algum acontecimento exterior o possa explicar. São pessoas que estão permanentemente em sobressalto e sofrem com isso. O sintoma-chave é uma ansiedade ou um medo não realista, e excessivo, face a acontecimentos futuros.
As queixas somáticas são: dores de estômago, dores de cabeça (cefaleias), diarreia, suores e transpiração excessiva, vertigens…. Esta psicopatologia torna-se um handicap porque torna a vida complicada e difícil de ser vivida, nomeadamente no quotidiano, no trabalho e nas relações pessoais.

:: Estima-se que a sua prevalência seja de 3 a 7%, com uma incidência mais elevada nos filhos mais velhos e nos filhos únicos.

:: São pessoas muito conscienciosas e que têm necessidade de serem tranquilizadas permanentemente.

Páginas: 1 2 3

ÁREA RESERVADA

|

Destina-se aos profissionais de saúde

Informações de Saúde

Siga-nos

Copyright 2017 Médicos de Portugal por digital connection. Todos os direitos reservados.