Arquivo de Especialidades - Médicos de Portugal

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Investigadores portugueses criaram um aparelho que, através de sondas oftalmológicas e ultrassons de alta frequência, consegue detetar precocemente cataratas.

O projeto surgiu de uma investigação conduzida por elementos do Instituto de Telecomunicações e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Até ao momento foram realizados testes com olhos de suínos e de ratos, tendo os testes conseguido uma taxa de êxito de 99,7% na caracterização de cataratas.

O próximo passo é conseguir parceiros para colocar o dispositivo no mercado que, segundo o que a equipa disse à Agência Lusa, é “uma ferramenta de diagnóstico simples, robusta e de baixo custo”.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2020, 40 milhões de pessoas vão sofrer de cataratas, uma doença que pode provocar perda de visão, uma vez que implica que o cristalino do olho fique opaco.

Um dos investigadores envolvidos, Miguel Caixinha, afirmou que conhecer a extensão dos danos provocados pela catarata é essencial para as operações cirúrgicas serem precisas e usarem a quantidade de energia certa.

Fonte: Sapo TEK





O nosso corpo e o seu sistema imunitário são diariamente atacados por diferentes fontes de infeção. E se houver uma forma de entrar e vencer as barreiras do nosso organismo, há risco de ficarmos doentes. Desta forma, as infeções urinárias ocorrem quando bactérias ou outros microrganismos (como fungos, vírus ou parasitas) entram no aparelho urinário, na maioria das vezes pela uretra, e começam a multiplicar-se na bexiga.

Se a infeção não for tratada, pode progredir ao longo dos ureteres e infetar os rins, evoluindo para infecções muito graves.

A infeção mais comum é a cistite, o nome da infecção da bexiga, que é causada em cerca de 75% dos casos pela Escherichia coli (conhecida como “colibacilo”), sendo esta bactéria encontrada habitualmente no cólon (intestino grosso). Outros microrganismos como Clamídia e Micoplasma também podem causar infeção do aparelho urinário, mas limitam-se geralmente à uretra e vagina, podendo ser sexualmente transmitidos, o que obriga ao tratamento de ambos os parceiros.



COMO APARECEM AS INFEÇÕES URINÁRIAS?

Apesar do aparelho urinário ter as suas defesas contra os microrganismos, estas por vezes falham e são várias causas que favorecem o aparecimento de uma infeção urinária, nomeadamente a própria anatomia feminina. As mulheres são as mais afetadas pela cistite porque o ânus fica muito próximo da uretra, canal por onde sai a urina.

A região vizinha do ânus (região perianal) está geralmente contaminada pelas bactérias intestinais, que serão em maior concentração quanto mais obstipada for a pessoa (quanto mais dificuldade tiver em evacuar). Estas bactérias (que não provocam qualquer perturbação no intestino pois, ao contrário da bexiga, é um órgão adaptado à sua presença), migram através da vulva (entrada da vagina) e do pequeno orifício onde termina a uretra (meato uretral) e ao alcançarem a bexiga podem iniciar a sua multiplicação e causar uma infeção.

Habitualmente, as pessoas com infeção urinária sentem grande urgência em urinar várias vezes por dia e têm uma sensação de ardor, dor ou queimadura na bexiga e na uretra enquanto passa a urina. É frequente haver mal-estar geral, sensação de peso e dor na região inferior do abdómen mesmo quando não se está a urinar. E quando se urina, a quantidade eliminada é mínima.

O aspeto e o cheiro da urina também se podem alterar, podendo ser mais turva, leitosa ou avermelhada. No caso da infeção se limitar à uretra e bexiga, raramente causa febre. A presença de febre, dores nas costas, náuseas e vómitos é sugestiva de infeção renal.

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O Registo Oncológico Nacional (RON), criado através da Lei nº 53/2017, de 14 de julho, é um registo centralizado assente numa plataforma eletrónica, cuja finalidade é recolher e analisar dados de doentes oncológicos diagnosticados ou tratados em Portugal Continental e nas regiões autónomas.

Isto visa permitir não só a monitorização da atividade das instituições como também da efetividade dos rastreios organizados e da efetividade terapêutica, da vigilância epidemiológica, da investigação e da efetividade de medicamentos e dispositivos médicos (esta última parte em articulação com o Infarmed).

A legislação vem tornar obrigatório o registo de todos os novos diagnósticos de cancro num prazo de nove meses. É também obrigatória uma atualização, no mínimo anual, do estádio da doença, das terapêuticas oncológicas usadas e do estado vital do doente. Esta nova plataforma passa ainda a integrar os dados dos Registos Oncológicos Regionais, do registo oncológico pediátrico português e das regiões autónomas, embora estas não percam as suas competências na matéria.

O RON é administrado pelo conselho de direção do Grupo Hospitalar Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, a quem cabe designar um coordenador para a implementação do programa – um profissional de saúde de um dos institutos de oncologia, designado por um período de três anos. Esta coordenação alterna entre os três institutos.

Quem pode aceder?

As autorizações são concedidas mediante a criação dos seguintes perfis de acesso:

  • Registador local: trabalhadores da saúde da instituição de saúde e por esta previamente identificados;
  • Registador regional: trabalhadores da saúde de cada um dos institutos de oncologia e de cada uma das instituições de saúde dos serviços regionais de saúde que coordenam os registos oncológicos das regiões autónomas e por estes previamente identificados;
  • Responsável pelos dados oncológicos regionais: pessoa designada por cada um dos presidentes dos conselhos de administração dos institutos de oncologia e das instituições de saúde dos serviços regionais de saúde que coordenam os registos oncológicos das regiões autónomas, a qual deve ser um profissional com competências em epidemiologia, saúde pública e oncologia;
  • Responsável dos programas de rastreio oncológicos regionais: pessoa designada pela respetiva administração regional de saúde ou pelo serviço competente de cada região autónoma;
  • Gestor de saúde: delegado de saúde regional e diretor do departamento de saúde pública das administrações regionais de saúde ou serviço competente de cada região autónoma;
  • Coordenador do RON: pessoa indicada pelo conselho de direção do Grupo Hospitalar Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil;
  • Coordenador pediátrico: pessoa designada pelo coordenador do RON;
  • Administrador: entidade responsável pela administração do RON e trabalhadores designados.

As pessoas com conhecimento dos dados constantes da plataforma ficam obrigadas ao sigilo profissional, mesmo após o término das suas funções. Pode, no entanto, ser concedida informação a terceiros para fins de investigação, desde que não haja possibilidade de identificar o titular e o estudo se revista de reconhecido interesse público.

O titular pode, a todo o momento, aceder aos seus dados, para fins de retificação, atualização ou eliminação, mediante pedido escrito dirigido ao Grupo Hospitalar Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil.

Consulte a Lei: https://dre.pt/application/conteudo/107692693

Fonte: Tecno Hospital





Não se pense contudo que o seu uso deve ser restrito no verão, em dias luminosos. Os raios ultra violeta (UV), os grandes responsáveis pelo envelhecimento ocular, são o verdadeiro perigo para a saúde ocular. Estão presentes durante todo o ano, pelo que o uso de óculos de sol deve ser um hábito constante, preservado sem excepção. Nos dias mais nublados, há um maior desleixe das pessoas face ao uso dos óculos de sol, mas a protecção não deve ser descurada nestes dias, pois os raios UV estão presentes independentemente da intensidade do sol. Existem três tipos de raios UV; UVA, UVB e UVC. Enquanto os UVC são retidos na atmosfera, os raios UVA e UVB chegam efectivamente à superfície terrestre, sendo os últimos os grandes responsáveis por lesões na pele e olhos.


As lesões oculares provocadas pelo sol podem ser agudas, ainda que ocorram raramente, manifestando-se através de fotoqueratite (inflamação da córnea) ou fotoconjuntivite (inflamação da conjuntiva), ou tardias, manifestando-se anos mais tarde através do desenvolvimento de pterígio (espessamento da conjuntiva), degeneração da mácula, cataratas (perda de transparência do cristalino) ou até de cancro das células escamosas ou melanoma na conjuntiva ocular.


O investimento na compra de uns óculos de sol de qualidade não deve ser de todo descurado, pois o uso de uns óculos de sol contrafeitos é muito mais prejudicial do que não usar de todo óculos escuros. A explicação para este facto tem por base o mecanismo natural de defesa da pupila: esta tende a dilatar à sombra e a contrair na presença de claridade. Uma vez que as lentes de má qualidade são escurecidas mas não possuem filtros para bloquear os raios UV, a pupila dilata pois encontra-se confortável perante o sol, mas deixa passar mais raios UV, os quais, tal como já foi mencionado, são nocivos para a saúde.


Que cuidados deve ter então quando compra uns óculos de sol? Antes de mais é importante que se dirija a uma óptica, pois só assim tem a garantia que as lentes que está a adquirir têm protecção certificada contra os raios UV. As lentes devem assim possuir filtros para raios UVA e UVB (99 a 100%), sendo a coloração castanha a que proporciona maior conforto à sua visão. Deve ter ainda em atenção o sítio em que vai usar as lentes. Em desportos náuticos ou na montanha é preferível usar lentes de coloração mais escura. As armações escolhidas devem ser grandes de modo a cobrir a maior área de pele possível e justas ao rosto para a radiação não entrar por folgas existentes. É ainda de ressalvar a importância do uso deste acessório na protecção de pálpebras e pele circundante dos olhos, sendo um importante factor coadjuvante na protecção proveniente de cremes e chapéus.


 


Pontos importantes a reter:


- Deve investir nuns óculos de boa qualidade;


- Deve comprá-los numa loja especializada;


- Devem ter filtros UV de 99 a 100%;


- A coloração deve ser confortável para o utilizador e adaptar-se ao meio onde vão ser usados (montanha ou mar requerem lentes mais escuras);


- Deve usar os óculos o ano inteiro;


- As crianças devem usar chapéus com pala e em casos seleccionados óculos escuros;


- Deve complementar a protecção com creme facial e chapéus.





Medicina Tradicional Chinesa cada vez mais apontada como alternativa
pelos portugueses.

Assinala-se hoje, dia 8 de Julho, o Dia Mundial das Alergias, a quarta doença crónica que mais afeta a população mundial e é especialmente preocupante pelo seu aumento exponencial em crianças, conforme dados recentes publicados pela Academia Europeia de Alergia e Imunologia
Clínica (EAACI), sendo que até 22% das crianças europeias têm uma alergia, com as reações alérgicas graves a alimentos a aumentarem.

Hélder Flor, terapeuta e especialista em Medicina Tradicional Chinesa explica como esta terapia milenar pode ser uma solução para tratar definitivamente o problema e porque é que é cada vez mais procurada pelos portugueses.

“De acordo com a medicina tradicional chinesa, o tratamento das Doenças crónicas procura uma eliminação permanente da doença e não apenas um tratamento dos sintomas.”

começa por apontar o especialista que destaca que:

O protocolo passa por uma combinação de fitoterapia (plantas medicinais) que ajudam a eliminar os sintomas, com a acupunctura e a moxabustão apresentando taxas de sucesso ainda mais elevadas em crianças.”

Quanto à crescente procura dos portugueses, Hélder Flor explica que o tratamento das doenças crónicas sobretudo asma e alergias é um dos mais procurados:

“Porque é definitivo, sem efeitos secundários e Porque se torna algo muito menos dispendioso. Nós vamos tratar aquilo que está a provocar a patologia. E, no fundo, o que fazemos é que o organismo se reequilibre para não ter fragilidades”

“A Medicina Ocidental faz um tratamento anti-alergias, mas as pessoas acabam por ter que tomar medicamentos a vida toda e a tendência para piorarem é grande já que os anti-histamínicos diminuem a capacidade de defesa e de resposta do corpo. Se o nariz espirra é uma defesa. Pode causar desconforto mas é uma forma de se defender. Ao contrariarmos esses sintomas não estamos a tratar mas apenas a adiar a doença e a piorá-la”.

“De forma preventiva, quem sofre de alergias deve começar a ser acompanhado por um especialista de medicina tradicional cerca de dois meses antes do aparecimento de sintomas. Caso o paciente esteja já na fase em que os sintomas se encontram activos, a mtc irá ajudar a aliviar e só depois tratar. No entanto, o alívio dos sintomas é imediato.”

Além de manter a casa arejada e de fazer vapores, há algumas plantas e alimentos que podem ajudar a controlar as alergias, como destaca o especialista:

“Beterraba, frutos vermelhos, uvas roxas, açafrão, chá verde, branco e preto, couve flor são alguns exemplos que usamos muitas vezes como complemento no tratamento devido aos seus efeitos anti-oxidantes, anti-inflamatórios e anti-histamínicos importantes.”







Felizmente, estas queixas podem serem remediadas. De que modo?

- Modificando os elementos do local de trabalho.

- Usando óculos apropriados quando necessários.



O LOCAL DE TRABALHO


Posição do teclado

• Coloque o teclado e o rato de forma que os braços e as mãos fiquem numa posição relaxada e natural.

• Evite dobrar os pulsos e mantenha os cotovelos próximos do corpo.

• Ajuste a altura da cadeira ou da mesa de trabalho de maneira que os antebraços fiquem paralelos ao chão, formando aproximadamente um ângulo recto com os braços.





Sopa de chuchu e hortelã, Barquinho de frutas com IOGOLINO e Geladinhos de NATURNES são algumas das receitas criadas por Joana Andrade Nunes, autora do Blog “Camomila Limão”, que irão ajudar os pais a preparar refeições saudáveis e apelativas para os seus filhos.

Antecipando a chegada das férias e dos momentos saudáveis em família, a Nestlé apresenta, em parceria com a Blogger Joana Andrade Nunes, um conjunto de receitas fáceis, preparadas com alimentos saudáveis e com proteína, essencial na fase de crescimento do bebé.

O verão é sinónimo de sol e de praia, de férias e de descanso mas, também, de lazer. Tendo por base as frutas e legumes próprios da estação, a Nestlé desafia assim todos os pais a criar um conjunto de receitas fáceis, saudáveis e nutritivas para ajudar o bebé a “Começar Saudável, Viver Saudável”.

 

Médicos de Portugal 6 Sugestões saudáveis e nutritivas para o bebé  SOPA DE CHUCHU E HORTELÃ

Serve 2 Porções, + 9 meses

Ingredientes:
  • 1 batata pequena
  • 1 cenoura pequena
  • 1 cebola pequena
  • 1 dente de alho
  • 1 chuchu pequeno
  • Folhinhas de hortelã
  • Água q.b
  • Azeite q.b
  • 1 ovo de cordoniz cozido
Modo de Preparação:

Descascar a batata, a cenoura, a cebola, o dente de alho e o chuchu. Lavar todos os legumes em água corrente e cortar em pequenos pedaços. Colocar num tacho, cobrir com a água e levar a lume alto até levantar fervura. Assim que a água estiver a ferver, deixar cozer, em lume brando, durante 20 minutos ou até os legumes estarem bem cozidos. Retirar do lume e triturar no liquidificador. Cortar o ovo de codorniz cozido ao meio. Antes de servir, adicionar um fio de azeite em cru, o ovo de codorniz e uma folhinha de hortelã.

Médicos de Portugal 6 Sugestões saudáveis e nutritivas para o bebé  Médicos de Portugal 6 Sugestões saudáveis e nutritivas para o bebé  PURÉ COLORIDO COM SALMÃO

Serve 2 Porções, + 9 meses

Ingredientes:
  • 2 cenouras
  • 1 batata doce
  • 2 colheres de sopa de grão de ervilha
  • ½ lombo de Salmão (sem espinhas e sem pele)
  • 60 ml de leite de transição NAN HA2
Modo de Preparação:

Pré-aquecer o forno a 200º C.

Descascar a batata-doce e 1 cenoura e cortar em pedaços. Colocar num tabuleiro e levar ao forno durante 30 minutos ou até a cenoura e a batata-doce estarem macias. Colocar no liquidificador e reduzir a puré.

Cozer o salmão e as ervilhas a vapor. Assim que o puré de cenoura estiver tépido, adicionar o leite de transição preparado de acordo com as instruções da embalagem.

Descascar a outra cenoura e cortar em palitos. Lavar em água corrente e colocar numa tacinha alta. Adicionar as ervilhas e o salmão partido em pedaços para acompanhar o puré. A adição do salmão é opcional, conforme tenha sido o dia alimentar do bebé e ele tenha mais ou menos fome.

A refeição está pronta a servir.





É um processo mediante o qual uma mulher oferece o seu útero para realizar a gestação de um bebé de outro casal que tem problemas de fertilidade. Uma vez que nasce a criança, é entregue a esse casal que se converte legalmente nos seus pais, enquanto a mulher que esteve grávida da criança renuncia a todos os seus direitos como mãe.

Os principais motivos que levam os vários casais a recorrer a este método são: a mulher ter um útero disforme ou que careça por completo dele, como acontece em mulheres que sofreram de cancro.

Existem dois tipos de barrigas de aluguer: tradicional e gestacional. No primeiro caso a mulher é inseminada artificialmente com o esperma do homem que deseja ser pai ou com um dador anónimo de esperma. A mulher, que neste caso é a mãe biológica do bebé, deverá dar a criança em adopção aos futuros pais, um procedimento que se deverá ajustar às leis de cada país.

No segundo caso a mãe biológica doa um óvulo ou mais que serão fecundados in vitro com o esperma do homem. Esses embriões transferem-se à mãe gestacional, a qual desenvolverá os embriões na sua barriga. No aluguer gestacional de um ventre os nomes dos pais biológicos aparecem no certificado de nascimento do bebé que se realiza no hospital, o que significa que fica registado como filho do casal que tem problemas de fertilidade.
Miguel Angel Boix, advogado, afirma que “o processo é distinto e alheio ao da adopção. Não existem famílias adoptantes, as leis que regulam a adopção são distintas das que regulam o processo de mães de aluguer nos países onde ambos os procedimentos são legais. No caso da barriga de aluguer os pais são os que querem ter filhos próprios, e para isso utilizam o óvulo da mãe e o espermatozoide do pai. Para além disso, se algum deles for estéril há sempre a possibilidade de se usar óvulos ou espermatozoides de dadores. A mãe de aluguer deve perceber e saber desde o princípio que o bebé que tem na sua barriga não é seu”.

Como é que se leva a cabo este processo?

Naqueles países onde esta prática é legal, como na Grã-Bretanha, Estados Unidos ou Canadá, existem agências especializadas através das quais os casais que desejam uma mãe de aluguer podem contactar com mulheres que oferecem este serviço.

Estas agências encarregam-se de levar a cabo os exames médicos e psicológicos necessários a todas as mulheres que estiverem a oferecer o seu útero em aluguer, antes de aceitá-las como clientes. Também se encarregam dos aspectos legais do processo.

O programa de mães de aluguer está sempre baseado numa atitude altruísta da mulher que quer ser mãe de aluguer. Esta não deve guiar-se pelas expectativas económicas que no final não existem. Normalmente as agências rejeitam as solicitações das mulheres que com os programas procuram o lucro económico pessoal” explica Miguel Boix.

O casal que requer este tipo de serviço, primeiro recebe um folheto com toda a informação. Depois, reúne-se com os especialistas, incluindo um advogado e um psicólogo, onde são estudadas as diferentes opções e onde se determina qual é a opção certa, se a opção tradicional ou a gestacional.

Nessa reunião inicial, o casal deve determinar que características espera da mãe de aluguer, que tipo de contacto gostaria de manter com ele e tudo o que diz respeito às questões financeiras e legais.

Depois, devem escolher entre as mulheres aquela que mais se ajusta aos seus desejos. As mães de aluguer devem cumprir uma série de requisitos: serem mães de pelo menos duas crianças e saberem criá-las, ter entre 25 e 35 anos, devem submeter-se ainda a um rigoroso exame de saúde e a uma avaliação psicológica, devem ter uma situação económica estável, etc.

De seguida, acontece o encontro entre ambas as partes e deve-se chegar a um acordo sobre todos os aspectos relativos à gravidez. Devido à complexidade do tema e dos possíveis problemas que podem surgir, é recomendável que ambas as partes contem com um advogado. Também é boa ideia procurar acompanhamento psicológico, já que tanto a ideia de ter que se dar um bebé que esteve nove meses na sua barriga, como a ideia de outra mulher dar à luz o seu filho pode ser difícil de aceitar.

Vantagens e desvantagens

Um dos aspectos positivos mais óbvios do processo é que um casal que não pode ter filhos consegue ter um filho biológico. Não é a mesma coisa que adoptar uma criança, já que os óvulos e o esperma são dos próprios pais. Para além disso, pode-se criar um vínculo bastante forte entre a mãe de aluguer e o casal pode participar activamente na gravidez.

Infelizmente, este método também apresenta aspectos negativos: problemas legais, o dinheiro que este método custa, a ansiedade de todo o processo, discordância da mãe biológica na maneira como a mãe de aluguer leva a cabo a gravidez, etc. É um processo difícil, psicologicamente falando, e há que estar muito preparado para enfrentá-lo.





A esclerose múltipla é uma doença crónica e estima-se que existam cerca de cinco mil doentes em Portugal. Atinge pessoas de todas as idades, embora as mulheres sejam mais afectadas do que os homens.


Esta é uma das doenças do sistema nervoso central, uma espécie de computador que recebe os sinais do mundo exterior. É através dele que podemos ouvir, cheirar, ver, saborear e sentir, pois este coordena as nossas actividades conscientes e inconscientes, como andar, falar, pensar e recordar, bem como efectuar determinados gestos, sem que para isso precisemos de pensar neles.


Este "computador" tem dois órgãos principais - o cérebro e a espinal medula, ambos constituídos por células nervosas. Estas células são ligadas entre si e ao resto do corpo por fibras nervosas - os axónios, através dos quais são emitidos sinais eléctricos que permitem a comunicação celular.


Os axónios apresentam uma tonalidade mais clara, pois são envolvidos pela chamada substância branca, ou mielina. Trata-se de uma espécie de envolvimento das fibras nervosas, que facilita a transmissão da informação do cérebro ao resto do corpo ou em sentido inverso. Ora é precisamente na mielina que residem os problemas de quem sofre de esclerose múltipla. É que a doença revela-se através de pequenos focos de inflamação da substância branca, dando lugar ao chamado processo de desmielinização.


A inflamação da mielina conduz a uma obstrução na transmissão dos impulsos nervosos. A transmissão da informação pode mesmo ser bloqueada e, em casos extremos, as fibras nervosas podem ser destruídas.


 


De causas desconhecidas


Sabe-se que existem factores ambientais que estão associados à doença, na medida em que esta não ocorre com a mesma frequência em todas as partes do mundo. Prevalece sobretudo na Europa, América do Norte e Austrália, afectando em especial pessoas de raça branca. E quando mais afastado do Equador é um país, tanto mais frequente é a doença. Por exemplo, são afectadas mais pessoas em Inglaterra do que na África do Sul.


O que se sabe também é que a hereditariedade influencia a esclerose múltipla. Estudos com gémeos verdadeiros apontam para aí, o mesmo acontecendo com estudos sobre a incidência da doença numa mesma família. O facto de serem afectadas sobretudo pessoas de raça branca também indicia a presença de factores genéticos no desenvolvimento da esclerose múltipla.


 


Sintomas debilitantes


Já os sintomas são melhor conhecidos, embora dependam da localização da inflamação e do ritmo a que a mielina se vai degradando. Uns são muito comuns, outros mais raros, mas todos contribuem para que o doente vá perdendo o controlo das funções do seu próprio organismo.


Associada claramente à esclerose múltipla é a perda de força muscular nos braços e nas pernas, já que é no sistema nervoso central que se as fibras nervosas que controlam os movimentos. Quando ocorre inflamação, a consequência pode ser uma redução da destreza, o que significa que os dedos deixam de funcionar bem, mas pode ser também um quadro mais grave, de paralisia.


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