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Por um coração mais são

6 Outubro, 2008 0

Conhece o seu risco? Porque o bater do coração depende de uma vida saudável, siga à risca os conselhos da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Os números são alarmantes, mas não é demais lembrar que, segundo os cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, cerca mil e quinhentos milhões de pessoas em todo o mundo, acima dos 25 anos, vão sofrer de hipertensão. E, neste capítulo, as estatísticas demonstram que Portugal não se encontra na melhor posição do ranking. Segundo o Prof. Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FCP), “este é um dos maiores problemas de saúde pública em Portugal”.

Devido a este “assassino silencioso”, o nosso país continua a registar a mais elevada taxa de mortalidade da Europa por acidente vascular cerebral (AVC). “Anualmente, ocorrem cerca de 20 mil mortes devido ao flagelo dos AVC. Tem de ser salientado que mais de metade dos hipertensos não estão diagnosticados e apenas 11% estão controlados”, diz o responsável da FPC.

A nível mundial, a hipertensão é responsável por 14% da mortalidade. Mas existem, ainda, os custos sociais e em saúde. É, por isso, que este ano a World Heart Federation, ao assinalar o dia Mundial do Coração, colocou a tónica neste problema. “Como se trata de uma patologia assintomática, os doentes podem viver anos sem saberem que são hipertensos. É preciso reconhecer a importância do maior facto de risco cardiovascular existente”, reforça Manuel Carrageta.

Contudo, o presidente da FPC indica que não basta estar atento a um factor de risco isoladamente. “Há um risco global, integrado, que depende da conjugação de vários factores, nomeadamente a obesidade, o tabagismo, o colesterol, a hipertensão e a idade.” Para reduzir o risco cardiovascular, a solução passa por “agir concertadamente e adoptar um estilo de vida saudável”.

 

Perigos de alta tensão

A hipertensão, tantas vezes designada por “assassino silencioso”, em geral, não apresenta sintomas. Importa, por isso, explicar quais os factores de risco que elevam a tensão arterial. “A obesidade é um problema que se tem alastrado em todo o mundo”, muito devido “à adopção de uma alimentação desregrada”. Quando se aumenta de peso, há uma tendência para aumentar a pressão arterial. Mas, paralelamente, à questão da obesidade, há ainda factores modificáveis, como a alimentação, o sedentarismo e a poluição atmosférica. Já o aumento da esperança de vida, por sua vez, também vem mostrar a ponta do iceberg: “maior tempo de vida traduz-se no aparecimento de mais hipertensos”.

Para além do factor idade, há que somar os estilos de vida desadequados. Segundo estudos elaborados em África, no seio de populações que viviam no mato, constatou-se que, após migração para as grandes cidades, ao final de uns meses havia registo de aumento da pressão arterial. Esta explicação reside, segundo Manuel Carrageta, na alimentação. “Uma dieta pobre em produtos hortícolas e fruta exerce uma acção negativa sobre a pressão arterial”. Existe, ainda, o problema do sal, que deverá consumido até seis gramas por dia. Só em Portugal, esta ingestão excede no triplo o recomendado.

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