Arquivo de Cardiologia - Médicos de Portugal

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O Serviço de Cardiologia do Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE (HESE-EPE) acaba de realizar a milésima implantação de pacemaker, um dispositivo médico cardíaco utilizado no tratamento de doentes com bradi-arritmia sintomática, uma das principais causas de internamento hospitalar.





Fornecer recomendações aos profissionais de saúde sobre o tratamento da dependência tabágica. É este o objectivo das Normas de Orientação Clínica para Cessação Tabágica (NOCs) do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina de Lisboa. A população-alvo são todos os consumidores ou indivíduos expostos ao tabaco.





Um ano depois de assumir o comando da direcção da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), o Prof. Doutor Luís Martins afirma que, progressivamente, a sociedade está a cumprir um dos seus principais propósitos: contribuir para a melhoria das políticas de saúde em Portugal.





O coração é um órgão que precisa de cuidados específicos e diários. Os tão conhecidos fatores de risco para as doenças cardiovasculares atacam quando existem falhas alimentares e também de hábitos saudáveis diários.

O colesterol e os triglicéridos são essenciais ao organismo, no entanto, se estiverem presentes em valores anormais, podem ser prejudiciais a médio e a longo prazo.

É então essencial estabilizar os seus níveis. Os ácidos gordos Ómega-3 contribuem para o controlo dos níveis dos triglicéridos e do colesterol. Estes ácidos gordos não são produzidos pelo organismo, por esse motivo são obtidos a partir da alimentação - peixes gordos, nozes ou diversos vegetais - ou então através de suplementos alimentares disponíveis no mercado que funcionam como um complemento a uma dieta equilibrada.

Embora seja fundamental manter uma alimentação saudável e controlada e ter em atenção os hábitos que são adoptados no dia-a-dia, os suplementos alimentares ricos em Ómega-3 que existem no mercado ajudam a contribuir para o normal funcionamento do coração.

Existem variadíssimos suplementos alimentares com Ómega-3 mas estes não são todos iguais, pois o Ómega-3 pode ter origens distintas, como por exemplo o óleo de peixe e o óleo de krill. Diferenciar esses produtos torna-se inevitável.

O óleo de krill (pequenos crustáceos) e o óleo de peixe são ambos boas fontes de Ómega-3. A principal diferença entre os mesmos é a forma como se apresentam, enquanto que o óleo de krill se dissolve facilmente no conteúdo do estômago, o óleo de peixe flutua no topo do mesmo. Esta diferença possibilita uma melhor e mais rápida absorção do óleo de krill, que se incorpora mais facilmente nas membranas celulares. Adicionalmente os produtos com óleo de krill não proporcionam o sabor desagradável a peixe e a regurgitação habitualmente associados a estes produtos.

Não descuide da sua saúde, aposte numa alimentação equilibrada, na prática de exercício físico e, caso necessite de um complemento à sua dieta, aconselhe-se com o seu farmacêutico e descubra que suplementos alimentares serão mais indicados para si.





Localizado na nossa caixa torácica, situa-se entre os pulmões. Para entender melhor, o tamanho do nosso coração equivale, aproximadamente, a um punho fechado.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) explica como é que o coração funciona: “Esta máquina cardiovascular representa um circuito fechado e contínuo, no qual o sangue circula sempre no mesmo sentido: as artérias transportam o sangue oxigenado (ou arterial) para todo o corpo; as veias transportam o sangue venoso (já com pouco oxigénio), de volta ao coração”. É um músculo que nunca se cansa, bate 70 a 80 vezes por minuto. Fantástico, não é? Apesar de muitas pessoas desvalorizarem os fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, é importante identificá-los e avaliá-los precocemente, de forma a impedir o aparecimento e agravamento destas doenças.

As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte nos países desenvolvidos, incluindo Portugal. A FPC distingue os fatores de risco cardiovascular em não-modificáveis e modificáveis. Os fatores de risco não-modificáveis são aqueles sobre os quais não temos qualquer poder de intervenção, como é o caso da hereditariedade, sexo e idade. Já no caso dos fatores de risco modificáveis, como o nome indica, estes podem ser alvo de prevenção. São eles: o tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão, dislipidemia (alteração nos níveis de gordura no sangue) e o stress. Assim, o estilo de vida pouco saudável, adotado pela maioria das pessoas hoje em dia, pode ter um impacto significativo na saúde do seu coração e sistema cardiovascular.

Os maus hábitos alimentares e a falta de prática de atividade física têm elevado os números de doentes cardiovasculares. Embora apelativas e saborosas, as ditas refeições fast food são um dos maiores perigos para o sistema cardiovascular. Alguns sinais e sintomas podem indicar que o seu sistema cardiovascular não está a funcionar corretamente e, nesse caso, deve informar o seu médico. São eles:

> Fadiga e fraqueza
> Dificuldade em respirar quando faz algum esforço e/ou quando está deitado
> Veias do pescoço muito pronunciadas
> Inchaço nas pernas, nos tornozelos e nos pés
> Inchaço abdominal
> Aumento de peso súbito devido à retenção de líquidos
> Falta de apetite e náuseas
> Dificuldade de concentração e diminuição da atenção
> Batimentos cardíacos irregulares ou acelerados

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Provavelmente já terá ouvido falar em colesterol, mas possivelmente não saberá exatamente do que se trata. E talvez não imagine que é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças como o enfarte agudo do miocárdio (muitas vezes designado como ataque cardíaco) ou acidente vascular cerebral (mais conhecido como trombose), duas situações que mais matam os portugueses. Os valores elevados de colesterol estão na base desta e de outras doenças, por isso, vigiar os seus valores deve fazer parte da rotina de saúde de todas as pessoas: jovens, idosos, homens ou mulheres.



O bom e o mau colesterol
O colesterol é uma substância essencial, presente em todas as células do nosso corpo. Produzido em grande parte pelo fígado, ele é necessário ao funcionamento normal do organismo. Normalmente, o fígado produz as quantidades suficientes desta substância, quando isso não acontece, e por existirem alimentos que fornecem quantidades suplementares de colesterol, podem surgir situações de excesso. Ou seja, o nosso organismo pode ter mais colesterol do que necessita. E é esse excesso que pode ser prejudicial à saúde.

Vejamos como: o colesterol e os triglicéridos (outro tipo de gorduras) combinam-se com proteínas, dando origem às lipoproteínas, as quais podem ser de alta ou baixa densidade. As lipoproteínas são moléculas complexas que possibilitam o transporte do colesterol e outros lípidos, que são insolúveis em água, na corrente sanguínea.

E é aqui que começa a divisão entre o bom e o mau colesterol. O colesterol transportado por lipoproteínas de alta densidade (HDL) é vulgarmente designado como “colesterol bom”. Isto porque as HDL transportam o colesterol das células para o fígado, onde é processado e eliminado, contribuindo para um menor risco de doença cardiovascular. Níveis baixos de HDL no sangue podem aumentar o risco de desenvolver esse tipo de doenças.

Quanto ao “mau colesterol” é aquele presente nas lipoproteínas de baixa densidade (LDL), as quais transportam o colesterol do fígado para as células, depositando-o nos tecidos e nas paredes dos vasos sanguíneos. Ora, quando os níveis de colesterol no sangue são elevados, este deposita-se na parede das artérias, formando placas que impedem a livre passagem do sangue. Os níveis podem ser bastante elevados, ao ponto de “entupir” a artéria e bloquear completamente a passagem do sangue. Ora, se não houver fornecimento de sangue no coração, pode dar-se um enfarte agudo do miocárdio.

Se for interrompido o abastecimento ao cérebro, a consequência pode ser um acidente vascular cerebral. Fica claro por que se chama a este o “mau colesterol”.

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Chama-se disfagia à dificuldade em engolir, que, na prática, significa que é preciso mais tempo e mais esforço para que os alimentos e os líquidos façam o percurso da boca até ao estômago. Nalguns casos, pode até nem ser possível engolir.

Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode ter dificuldade em engolir, por exemplo, quando se come demasiado depressa ou quando se mastigam mal os alimentos. São situações incómodas, mas passageiras e ocasionais.

Contudo, há pessoas que, frequentemente, têm dificuldade em engolir como é o caso das vítimas de um acidente vascular cerebral.

Engolir parece fácil e automático, mas na verdade é um processo complexo que envolve mais de 30 nervos e músculos. É um processo que decorre por fases, a primeira das quais acontece na boca, com a preparação do bolo alimentar, quer mecanicamente, por ação da língua e dos dentes, quer quimicamente, devido à saliva.

A fase seguinte envolve o transporte dos alimentos assim transformados até à entrada da faringe. E aqui, antes de mais, implica um movimento da válvula epiglote no sentido de impedir que os alimentos entrem na laringe, situação que poderia causar problemas a nível respiratório.

Uma vez ultrapassada esta etapa, os alimentos seguem para o esófago, descendo até ao estômago devido aos denominados movimentos peristálticos.

Em qualquer uma destas fases pode haver interferências. E, dependendo da região do sistema digestivo em que ocorrem as perturbações, emergem os diversos sintomas da disfagia: dor ao engolir, sensação de ficar com a comida “presa” na garganta ou no peito (atrás do esterno), regurgitação (os alimentos regressarem à boca), refluxo (subida dos ácidos do estômago) e azia constante, tosse, produção de “baba”, entre outros, como fala anasalada e engasgamento, são alguns dos sintomas associados à disfagia.

Se este incómodo acontecer ocasionalmente, não constitui um problema de saúde, mas se for persistente é recomendado que se consulte o médico. É que, nesse caso, há riscos associados: A malnutrição e a desidratação são as consequências principais da disfagia. Estas surgem como resultado de uma ingestão alimentar ou de líquidos inadequada, contribuindo para o risco de aspiração, asfixia, infeções respiratórias que podem derivar em pneumonia, e ainda o aumento do stress psicológico.

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A doença cardíaca é associada com mais frequência ao género masculino do que ao feminino, o que pode alimentar a ideia de que as mulheres estão mais protegidas. Mas na verdade as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte também entre as mulheres, mais do que as doenças oncológicas.


Na origem desta menor sensibilidade para o impacto da doença cardíaca na qualidade de vida e na sobrevivência das mulheres pode estar o facto de os problemas acontecerem mais tardiamente do que nos homens e, de além disso, os sintomas serem mais subtis.


Dor e opressão no peito, espalhando-se para o braço esquerdo, é um dos sintomas mais conhecidos da doença cardíaca. Nos homens é mesmo o mais frequente. Mas nas mulheres manifestam-se outros sinais que não são, de imediato, associados ao coração: dificuldade em respirar, náuseas ou vómitos, sensação de indigestão, fadiga, ansiedade são alguns deles. Ora estes sinais podem ter muitas outras causas, desde logo stress e até depressão, pelo que não se pensa no coração em primeiro lugar. Em consequência, a doença pode acabar por ser ignorada e diagnosticada mais tarde do que nos homens.


Aliás, nas mulheres, a doença surge numa fase mais avançada da vida do que nos homens, muitas vezes associada à menopausa. A explicação reside nas hormonas femininas, nomeadamente nos estrogénios, que parecem ter um efeito protector sobre o coração e as artérias. Durante a idade adulta, as mulheres estão, pois, mais salvaguardadas da doença cardíaca, aumentando o risco com a “chegada” da menopausa. Há uma menor produção hormonal, associada ao declínio da fertilidade feminina, o que aumentará a vulnerabilidade do coração aos factores de risco. Homens e mulheres passarão, assim, a ter probabilidades semelhantes de doença cardíaca.


Ainda assim, não é uma fatalidade. Antes pelo contrário, esta diferença em relação aos homens pode ser uma vantagem para as mulheres pois têm os anos anteriores à menopausa – a maior parte da vida, afinal, para reduzirem o risco de doença cardíaca. Há factores que não podem ser modificados: é assim com a hereditariedade, na medida em que a doença cardíaca tende a predominar em certas famílias, nomeadamente devido à genética, mas também devido aos comportamentos adquiridos.


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De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, em Portugal, em 2012, ocorreram 23 mil mortes devidas a doenças cardiovasculares, das quais 16 mil por acidente vascular cerebral e 7 mil por enfarte do miocárdio. Existem diferentes factores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Na generalidade, podemos distinguir entre factores de risco não-modificáveis – tais como a idade avançada e o historial clínico familiar - e factores modificáveis, sobre os quais é possível intervir.


Segundo o Programa Nacional de Prevenção e Doenças Cardiovasculares da Direcção-Geral da Saúde, Portugal é o país da União Europeia com a maior taxa de mortalidade por AVC, favorecida pela alta prevalência da hipertensão arterial (por sua vez, insuficientemente diagnosticada e tratada) pelo desvirtuamento da dieta mediterrânica e pelo tabagismo.


Para além da hipertensão, o colesterol elevado, a diabetes e o excesso de peso são outros factores de risco que podem ser prevenidos, contribuindo assim, para a redução do risco de desenvolver doenças cardiovasculares.


 


Hipertensão


“Dia Mundial da Saúde 2013: medir a pressão arterial, reduzir o risco” foi o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde para assinalar esta efeméride no passado dia 7 de Abril. A escolha não foi feita ao acaso: é que a hipertensão é o principal factor de risco para as doenças cardiovasculares, causando todos os anos mais de nove milhões de mortes a nível mundial.


O diagnóstico pode ser simples, para isso é necessário medir a pressão arterial regularmente. Em caso de hipertensão arterial, o médico irá prescrever o tratamento mais adequado, devendo o doente cumpri-lo com rigor. Ao mesmo tempo, há que adoptar cuidados que se enquadram num estilo de vida saudável: alimentação equilibrada, sobretudo sem excesso de sal, prática regular de actividade física, ausência de hábitos tabágicos e de consumo excessivo de bebidas alcoólicas.


A hipertensão afecta 42,2 por cento da população portuguesa e caracteriza-se por não ter sintomas associados.


Pode progredir silenciosamente e ter consequências graves, contudo é possível travá-la com o diagnóstico atempado e consequente controlo da doença. Só desta forma se podem prevenir as complicações associadas, como as doenças cardiovasculares.


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