Mulheres seropositivas podem ter filhos saudáveis
A problemática da gravidez na mulher seropositiva é um dos temas que vai estar em destaque no próximo Congresso Nacional de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, SIDA e Parasitologia, de 8 a 11 de Outubro, no Hotel Tivoli Marinotel, em Vilamoura.
A propósito deste tema, Francisco Antunes, Director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de Santa Maria lança algumas questões: “Qual é o verdadeiro risco de contrair ou não o vírus? Poderão as mulheres seropositivas bem acompanhadas, do ponto de vista médico, dar à luz crianças saudáveis? Filhos de casais discordantes (um deles seropositivo), podem estar livres do vírus? “.
Francisco Antunes esclarece que: “antes de mais será necessário que se compreenda a verdadeira dimensão desta doença – como é que o vírus se transmite e como funciona o tratamento”. Hoje em dia, um portador de HIV pode ter uma vida praticamente normal, caso a infecção seja detectada precocemente e sendo regularmente acompanhado e devidamente tratado. “Os resultados das investigações permitem ter melhor conhecimento deste vírus, até há bem pouco tempo, misterioso para toda a classe científica”.
As estratégias de prevenção de transmissão mãe-filho, aplicadas nos países desenvolvidos constituem o maior sucesso na clinica da infecção por VIH, ao passo que os países não desenvolvidos têm maior dificuldade de acesso aos cuidados de saúde, incluindo a terapêutica anti-retroviral. Actualmente, a transmissão vertical de VIH, ou seja de mãe para filho, nos países desenvolvidos situa-se em taxas inferiores a 1%.
Graças aos progressos da terapêutica anti-retroviral, que controla a replicação do vírus, reduzindo o risco de doença e de morte, um infectado por VIH/sida tem uma expectativa de vida normal. A terapêutica não tem a capacidade de eliminar definitivamente o vírus do organismo, mas permite, substancialmente, uma melhor qualidade de vida.
Na gravidez, o objectivo da terapêutica anti-retroviral é, principalmente, reduzir o risco de transmissão vertical. A combinação de fármacos prescritos tem por objectivo a supressão da carga vírica, preservar futuras opções terapêuticas, isenta de toxicidade para o feto e para a mulher grávida.
As estratégias de prevenção, da transmissão vertical incluem, para além de uma gravidez e de um parto acompanhados, a quimioprofilaxia (com anti-retrovirais) durante a gravidez e/ou intraparto e ao recém-nascido, assim como a inibição do aleitamento materno.
Apesar de já se encontrarem disponíveis tratamentos, cada mais vez mais inovadores, a principal mensagem continua a ser a prevenção. O VIH/sida, é responsável por cerca de 25 milhões de mortes em todo o mundo, nos últimos 30 anos, e continua a ser um problema de saúde pública mundial.
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A propósito deste tema, Francisco Antunes, Director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de Santa Maria lança algumas questões: “Qual é o verdadeiro risco de contrair ou não o vírus? Poderão as mulheres seropositivas bem acompanhadas, do ponto de vista médico, dar à luz crianças saudáveis? Filhos de casais discordantes (um deles seropositivo), podem estar livres do vírus? “.
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