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Ossos à beira de uma fractura

9 Setembro, 2014 0

A osteoporose é uma doença que vai fragilizando os ossos, muitas vezes quase sem sintomas, até que uma queda abre caminho a uma fractura. Afecta mais as mulheres do que os homens, na medida em que está associada à menopausa, mas é uma doença que se pode, e deve, prevenir desde cedo. Fazendo do cálcio um bom amigo dos ossos…

A osteoporose é considerada uma doença silenciosa. E há uma explicação para esta designação: é que progride lenta e discretamente, evoluindo, muitas vezes, sem qualquer sintoma que denuncie a fragilidade dos ossos. Trata-se de uma doença do esqueleto que se caracteriza pela diminuição da massa óssea, isto é, por uma menor densidade dos ossos.

Devido à osteoporose, os ossos vão ficando progressivamente mais frágeis, o que significa que há um maior risco de fractura. E é, com frequência, uma fractura acidental, em consequência de uma queda, que revela a doença. As fracturas mais comuns acontecem nas vértebras, punhos e ombros, mas as mais graves registam-se na anca.

Na realidade, pode dizer-se que qualquer um dos cerca de duas dezenas de ossos do esqueleto humano pode ser afectado, prejudicando a mobilidade e a independência.

 

Ossos – uma estrutura em renovação

Os ossos constituem a estrutura que suporta o organismo e os seus diversos sistemas, conferindo rigidez e forma ao corpo. São eles que protegem os órgãos vitais e alojam a medula óssea, ao mesmo tempo que desenvolvem um papel metabólico muito importante como reserva de iões, vitais para a preservação da vida.

Cada osso é constituído por uma componente orgânica, que representa 30 por cento da sua massa, e uma componente inorgânica, os restantes 70 por cento. Em cada um é possível identificar duas camadas – uma externa, mais dura, e outra interna, com uma textura mais esponjosa. É esta última que está mais exposta à osteoporose.

Para compreender a doença é útil saber como se dá o processo de evolução da estrutura óssea. Desde logo para saber que o osso está constantemente a ser renovado, renovação essa que é maior na camada interna (a um ritmo de 15 por cento ao ano). Este é um processo que começa ainda no útero e prossegue ao longo de toda a vida, sendo que na fase de crescimento a quantidade de osso novo é superior à de osso destruído, o que se traduz num aumento progressivo da massa óssea até estagnar num valor máximo, que se alcança entre os 20 e os 30 anos.

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Este pico de massa óssea mantém-se por cinco a dez anos, após o que se inicia a perda lenta e progressiva de massa óssea – cerca de um por cento ao ano, tanto para mulheres como para homens. No entanto, com a menopausa, dá-se uma aceleração da perda de osso nas mulheres, que pode atingir os cinco por cento anuais. E isto devido à redução da hormona feminina estrogénio Com a menopausa há uma menor produção desta hormona, o que tem como consequência um abrandamento na recuperação óssea, sobretudo nos primeiros dez anos. E a camada interna do osso, já de si mais frágil, é a mais afectada, o que explica a incidência acrescida da osteoporose.

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