Arquivo de Ortopedia - Médicos de Portugal

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Com o avançar da idade, é habitual que os movimentos se tornem mais difíceis: é que as articulações vão sofrendo com o desgaste da cartilagem.


A cartilagem é um tecido esponjoso que reveste a extremidade dos ossos, protegendo-os: quando há movimento das articulações, é esta camada protectora que impede que os ossos se toquem e que haja fricção.


Porém, vai-se desgastando com o passar dos anos e pode chegar uma altura em que se torne tão fina que já não cumpre o seu papel. Em consequência, as articulações ficam menos funcionais e os movimentos mais difíceis – a dor é então frequente.


Este é o quadro típico da osteoartrose, uma doença que tende a afectar pessoas com mais de 50 anos. E que no Inverno tende a agravar-se, devido ao frio e à humidade.


Porém, há boas notícias: com a ajuda da glucosamina e da condroitina é possível ajudar a travar o desgaste da cartilagem, contribuindo para aliviar a dor. São duas substâncias naturais componentes da matriz da articulação e que também existem na natureza: a glucosamina é extraída do marisco (ajuda a fortalecer a casca do caranguejo, do camarão e da lagosta) e a condroitina é extraída a partir de cartilagens animais.


Juntas, contribuem para melhorar a saúde das articulações favorecendo a regeneração das mesmas.


Há estudos que demonstram a sua eficácia na diminuição da degradação da cartilagem e que indicam que poderá favorecer a recuperação da cartilagem. Podem, por isso, exercer uma acção na prevenção e tratamento da osteoartrose.


Existe um risco potencial para quem é alérgico ao marisco – dado que, tal como referido, a glucosamina é extraída do marisco – mas é um risco mínimo, acautelado pelas modernas técnicas de produção que tornaram possível reduzir os agentes alergénicos.


O efeito da glucosamina é acentuado na presença da condroitina, que é uma substância envolvida na produção e manutenção da cartilagem.


As dores articulares causadas pelo desgaste das articulações podem tornar o quotidiano bastante difícil, interferindo nos movimentos e, por isso mesmo, limitando as tarefas mais básicas. É a dor, aliás, uma das principais razões que leva os doentes ao reumatologista, em busca do desejado alívio e na tentativa de recuperar a qualidade de vida. Sobretudo no Inverno, em que estes problemas frequentemente se agudizam.


Estas dores podem levar à utilização de analgésicos e medicamentos anti-inflamatórios: ora, a partir de determinada idade, é frequente que se tomem vários medicamentos em simultâneo, pelo que os suplementos – neste caso à base de glucosamina e condroitina – podem ser uma alternativa.


É, no entanto, fundamental o conselho do médico ou farmacêutico para avaliar se existe algum risco de interacção entre os vários produtos e os medicamentos que estes doentes já tomam habitualmente, ou mesmo alguma situação em que a sua toma não seja recomendada.


É que a segurança deve estar em primeiro lugar quando se tomam produtos de saúde.





A osteoporose é considerada uma doença silenciosa. E há uma explicação para esta designação: é que progride lenta e discretamente, evoluindo, muitas vezes, sem qualquer sintoma que denuncie a fragilidade dos ossos. Trata-se de uma doença do esqueleto que se caracteriza pela diminuição da massa óssea, isto é, por uma menor densidade dos ossos.


Devido à osteoporose, os ossos vão ficando progressivamente mais frágeis, o que significa que há um maior risco de fractura. E é, com frequência, uma fractura acidental, em consequência de uma queda, que revela a doença. As fracturas mais comuns acontecem nas vértebras, punhos e ombros, mas as mais graves registam-se na anca.


Na realidade, pode dizer-se que qualquer um dos cerca de duas dezenas de ossos do esqueleto humano pode ser afectado, prejudicando a mobilidade e a independência.


 


Ossos – uma estrutura em renovação


Os ossos constituem a estrutura que suporta o organismo e os seus diversos sistemas, conferindo rigidez e forma ao corpo. São eles que protegem os órgãos vitais e alojam a medula óssea, ao mesmo tempo que desenvolvem um papel metabólico muito importante como reserva de iões, vitais para a preservação da vida.


Cada osso é constituído por uma componente orgânica, que representa 30 por cento da sua massa, e uma componente inorgânica, os restantes 70 por cento. Em cada um é possível identificar duas camadas - uma externa, mais dura, e outra interna, com uma textura mais esponjosa. É esta última que está mais exposta à osteoporose.


Para compreender a doença é útil saber como se dá o processo de evolução da estrutura óssea. Desde logo para saber que o osso está constantemente a ser renovado, renovação essa que é maior na camada interna (a um ritmo de 15 por cento ao ano). Este é um processo que começa ainda no útero e prossegue ao longo de toda a vida, sendo que na fase de crescimento a quantidade de osso novo é superior à de osso destruído, o que se traduz num aumento progressivo da massa óssea até estagnar num valor máximo, que se alcança entre os 20 e os 30 anos.


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A saúde das articulações é indispensável para a qualidade de vida de todos nós, independentemente da idade. É que só articulações saudáveis e funcionais permitem que os movimentos se façam com segurança e equilíbrio, garantindo a mobilidade e a autonomia.


Todavia, é natural que as articulações se ressintam do envelhecimento do organismo. Acontece, nomeadamente, haver um desgaste da cartilagem, a camada esponjosa que protege a extremidade dos ossos e que, quando saudável, funciona ao mesmo tempo como lubrificante e amortecedor das articulações. Na prática isto significa que é graças à cartilagem que os ossos não tocam uns nos outros, fazendo-se os movimentos – do braço ou da perna, por exemplo - com toda a naturalidade.


Acontece, porém, que esta camada se vai desgastando com o passar do tempo, perdendo as suas propriedades protectoras. E pode tornar-se tão fina que afecte a mobilidade das articulações, significando isto que os seus movimentos ficam menos fluidos e podem ser, com frequência, acompanhados de dor. A dor é, aliás, um dos sintomas da osteoartrose, doença que se caracteriza pela perda gradual da integridade da cartilagem.


Este é um problema que acontece com maior incidência em pessoas  acima dos 50 anos, o que se explica  devido ao uso já prolongado das articulações e consequente desgaste da cartilagem. Contudo, pode verificar-se em pessoas mais novas. É no Outono-Inverno que as queixas se acentuam, sobretudo em dias frios e húmidos, obrigando, muitas vezes, à toma de medicamentos para alívio da dor (analgésicos).


Ora, em matéria de saúde, o melhor é sempre prevenir e, neste caso, também. Têm sido desenvolvidos estudos que apontam para a eficácia de duas substâncias naturais no combate ao desgaste da cartilagem. Trata-se do sulfato de glucosamina e do sulfato de condroitina, que fazem parte da matriz da articulação e que também existem na natureza. Assim, a glucosamina é extraída do marisco, sabendo-se que faz parte do exosqueleto (vulgarmente conhecido por casca) do caranguejo, do camarão e da lagosta, enquanto a condroitina é extraída a partir de cartilagens animais, nomeadamente da cartilagem de tubarão. Juntas, contribuem para melhorar a saúde das articulações favorecendo a regeneração das mesmas, reduzindo o inchaço e atenuando a dor e podendo, por isso, exercer uma acção na prevenção e tratamento sintomático da osteoartrose.


Esta é uma boa notícia para quem sofre de dores articulares. Todavia,  como qualquer suplemento, este só deve ser tomado com aconselhamento de um profissional de saúde: cabe ao farmacêutico ou ao médico avaliar se existe, ou não, o risco de interacção com medicamentos ou outros produtos de saúde que estejam a ser tomados. Em nome da segurança e da saúde.





Com o peso do corpo e da idade, os discos intervertebrais podem não aguentar o esforço a que estão sujeitos. É então que surgem as hérnias discais, a lesão mais grave e frequente.

Os deslocamentos dos discos ocorrem com mais frequência na região lombar. Resultam por vezes de um esforço violento, sobretudo se ele for repentino como quando levantamos um objecto pesado ou fazemos esforços bruscos.



Como se manifesta?

Os discos intervertebrais são estruturas que ficam entre duas vértebras, possuindo uma estrutura gelatinosa que funciona como um amortecedor na área central chamado núcleo pulposo, circundado por um anel. (1)

Da coluna saem raízes nervosas que se distribuem pelo corpo.

Quando o anel se rompe, permite a saída da parte do núcleo. (2)

As hérnias discais acontecem quando a camada interna se projecta para fora rompendo completamente a camada externa. (3)



Sintomas

Dependendo da zona afectada, a manifestação dos sintomas pode ser acompanhada de dores no pescoço e no braço (hérnia do disco cervical), ou na zona lombar e na perna (hérnia do disco lombar), que pode ser acompanhada de formigueiro ou de adormecimento das estruturas adjacentes e, por vezes, falta de força. Estas as mais frequentes.



Tratamento


Fisioterapia

Para além dos meios físicos que permitem o alivio das dores (aplicação de corrente analgésica, aplicação de ultrasom, entre outros) o tratamento da hérnia discal deve ser acompanhado de exercício físico específico para este tipo de lesão, sendo que deverá ser sempre acompanhado por um Fisioterapeuta (devidamente habilitado para o exercício da profissão).


Exercícios para o tratamento:

* realizar exercícios de extensão passiva;

* corrigir desalinhamento postural (incluindo qualquer desvio lateral);

* realizar exercícios de fortalecimento para os músculos abdominais e extensores (na hérnia da região lombar);

* acrescentar exercícios de flexão após ter ocorrido desaparecimento das dores.





Uma em três mulheres sofre de osteoporose, um em oito homens também. Sempre com mais de 50 anos, porque esta doença do esqueleto é mais comum a partir da chamada meia-idade e mais ainda quando se ultrapassa a barreira dos 65. Nelas coincide com a menopausa.


O que está em causa é a diminuição da massa óssea, o que significa que os ossos ficam menos densos. Há também uma diminuição da qualidade, com os ossos a tornarem-se mais porosos. Tudo isto contribui para uma menor resistência e consequente aumento do risco de fracturas.


A fragilidade é mais acentuada em determinados ossos, nomeadamente nas vértebras dorsais e lombares (coluna), no rádio (braço) e no fémur (perna). São estes os ossos em que acontecem mais facilmente fracturas.


Além do sexo (feminino) e da idade (acima dos 65 anos), há outros factores de risco, com a osteoporose a ser mais comum entre as pessoas de raça caucasiana e asiática e entre quem possui antecedentes familiares de fractura. Nas mulheres, há outros elementos a considerar: é o caso da menopausa precoce, que aumenta a probabilidade de sofrer de osteoporose, é também o caso da existência de períodos de amenorreia prolongados (meses seguidos sem menstruação). As mulheres mais magras também são mais vulneráveis.


Independentemente do sexo, a fragilidade também existe quando se é forçado a imobilização prolongada (caso das pessoas acamadas), quando já se têm outras doenças ósseas, reumáticas ou das glândulas e ainda quando se utilizam em permanência medicamentos que provocam diminuição da massa óssea (como os corticoesteróides e os anticoagulantes).


O estilo de vida também conta e muito: uma dieta pobre em cálcio enfraquece os ossos, o mesmo sendo válido quando se leva uma vida sedentária, quando se fuma, quando se consome cafeína e bebidas alcoólicas com regularidade.


Este é o risco de ter osteoporose; já o risco de quedas, logo de fracturas, é acrescido em pessoas com dificuldades motoras ou sensoriais (problemas de audição e visão, por exemplo) e em pessoas que fazem tratamento com antidepressivos e ansiolíticos (porque podem diminuir o estado de alerta). Mas como saber qual o estado de saúde dos ossos?


Existe uma técnica de diagnóstico precoce que permite medir a massa óssea - trata-se da osteodensitometria, cujo valor-padrão é o índice T. Assim, se for maior do que -1, isso corresponde a ossos saudáveis; entre -1 e -2,5 significa que existe osteopenia, ou seja, que já há fragilidade; e menor que -2,5 indica osteoporose. Com a mesma técnica, é possível avaliar o risco de fractura.


Este não é, porém, um exame que faça parte dos rastreios normais de saúde, pelo que não há uma maneira de sabermos, a cada altura, qual a resistência dos nossos ossos. Por isso, o melhor é apostar na prevenção, de modo a manter bons níveis de massa óssea: o que passa pela modificação de alguns factores de risco como os relacionados com a alimentação e o exercício físico. A actividade física ajuda à flexibilidade e resistência do esqueleto, completando os benefícios de uma dieta abundante em vitaminas (sobretudo a D) e minerais, nomeadamente cálcio: é sabido que o leite e derivados são dos melhores amigos dos ossos, mas os vegetais de folha verde (brócolos, espinafres, nabiças e agriões) também.


Também com objectivos preventivos, sobretudo em mulheres na menopausa ou quando já existe osteopenia, podem ser aconselhadas medidas farmacológicas como a terapêutica hormonal de substituição ou suplementos de cálcio e vitamina D. Estes suplementos são, aliás, indicados em particular para pessoas mais idosas (que nem sempre se alimentam bem), institucionalizadas, com mobilidade reduzida ou com propensão para as quedas.


Ainda assim, mais vale prevenir. Porque quando os ossos são frágeis uma queda pode ser fonte de grande sofrimento e ter grande impacto na qualidade de vida.





Segundo a presidente da APOROS, Viviana Tavares, “o envelhecimento populacional que se tem registado nos últimos anos e o peso económico que as fraturas representam na economia portuguesa, tornam determinante a prevenção da Osteoporose”. Em 2010, o peso económico das fraturas em Portugal foi de 592 milhões de euros, sendo o custo de cada doente internado com fratura da anca, em média de 6.038 Euros.


Num país cada vez mais “idoso”, onde a osteoporose já afeta mais de 800 mil pessoas, os encargos socioeconómicos associados à doença têm tendência a crescer. Além dos custos diretamente relacionados com a doença, existem ainda os custos inerentes à dependência dos doentes das suas famílias, uma vez que apenas 15 a 20% dos doentes em Portugal recuperam a atividade funcional que tinham antes da fratura da anca. Além disso, 30% dos doentes que sofrem uma fratura de anca ficam dependentes de terceiros para realizar tarefas domésticas.


Ainda de acordo com a Fundação Internacional para a Osteoporose (IOF) uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 50 anos poderão vir a sofrer de osteoporose, sendo fundamental apostar na divulgação da doença e na sua prevenção.
Osteoporose afeta homens e mulheres.


A osteoporose é uma doença silenciosa que pode afetar tanto os homens como as mulheres, no entanto, as mulheres são atingidas em maior número, em particular após a menopausa.


Esta doença é caracterizada pela diminuição da massa óssea (ossos menos densos) e deterioração da arquitetura do tecido ósseo (ossos mais porosos) que, ao reduzir a resistência do osso, aumenta a sua fragilidade e a suscetibilidade para as fraturas.


O primeiro sinal ou sintoma grave da osteoporose é a fratura, que pode decorrer muitos anos de uma forma insidiosa sem que o doente se aperceba que sofre de osteoporose. Esta dificuldade no reconhecimento da doença faz com que 80% dos pacientes com fratura por fragilidade óssea não sejam avaliados nem tratados por osteoporose.


Independentemente da densidade da massa óssea é necessário que as pessoas adotem hábitos saudáveis precocemente. Uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, bem como a prática regular de exercício físico, não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas são alguns dos hábitos preventivos da osteoporose que devem fazer parte da rotina dos portugueses.


 


Sabia que:


• 20-24% dos doentes que sofre uma fratura do colo do fémur morre no período de um ano após a fratura


• Em cada 30 segundos uma pessoa na União Europeia sofre uma fratura (segundo dados da www.osteofound.org)


• 80% dos pacientes com fratura por fragilidade óssea não são avaliados nem tratados por osteoporose


• 592 milhões de euros foi o peso económico das fraturas em Portugal em 2010





As cartilagens articulares favorecem os contactos e amortecem as pressões entre duas extremidades ósseas de uma articulação. Quando surge a artrose a estrutura das cartilagens deteriora-se, modificando-se a composição química e as células.


Isto conduz a uma diminuição de espessura, a fendas, depois à erosão. Em certas zonas, a cartilagem desaparece, deixando a nu o osso que normalmente recobre. Não pode, desta maneira, representar o seu papel de amortecedor e os ossos em contacto reagem, endurecem, esclerosam-se e formam na periferia da articulação pequenos espinhos ósseos.


Na maior parte dos casos é a dor que leva o doente a uma consulta, embora numerosas artroses possam existir sem dor. Não há verdadeiramente regras estabelecidas. Na verdade, tudo varia de pessoa para pessoa. E a evolução é, na maioria dos casos, totalmente imprevisível.


O tratamento é duplo, simultaneamente pontual e a longo prazo. Se sofre de artrose com dor, poderão ser-lhe prescritos analgésicos.


O repouso, ou, pelo menos, a abstenção máxima de cargas sobre a articulação envolvida, é vivamente aconselhado. Prudência com a jardinagem e as pequenas reparações caseiras. Mais vale adiar essas actividades para melhores tempos.


O calor, em qualquer das suas formas (mobilização em água quente, em lama, a fisioterapia) é também extremamente benéfico. A longo prazo, o tratamento das artroses baseia-se essencialmente no uso de anti-artrósicos de acção lenta: administrados ao longo de vários meses, estes medicamentos têm uma acção antiálgica retardada mas duradoura.


Úteis também são as precauções de higiene articular: se sofre de artrose, é necessário evitar ao máximo qualquer gesto e todos os esforços excessivos que possam provocar o agravamento da situação. Além disso, sessões de reeducação e de ergoterapia podem, em muitos casos, prevenir o enrijamento e a deformação das articulações.


Em certos casos é aconselhável um auxílio técnico: uma pinça para abrir torneiras, tesouras com orelhas largas, talheres modificados. Curas termais podem também ser aconselhadas para as dores crónicas, sobretudo se existirem outras artroses associadas, especialmente dos membros ou da coluna vertebral.


A cirurgia é a última opção, quando existe uma perturbação funcional importante ou por motivos estéticos. Pode constituir uma solução para as artroses dolorosas e invalidantes, quando os tratamentos médicos e físicos não deram o desejado resultado.


Por último, convém saber que uma parte do processo de envelhecimento envolve a deterioração do revestimento que protege as articulações e evita fricção entre os ossos, sendo que a erosão do tecido causa dor e desconforto. Existe uma forma de evitar que isto aconteça, ou pelo menos reduzir os danos. Investigadores conseguiram extrair do marisco uma substância capaz de, segundo estudos clínicos, prevenir a perda progressiva de cartilagem e até reparar parcialmente a cartilagem já danificada.


Esta substância - sulfato de glucosamina - pode, em alguns casos, substituir o tratamento convencional, com os mesmos benefícios dos fármacos sintéticos mas com menos efeitos secundários.


Os estudos com sulfato de glucosamina demonstram que a sua capacidade de reduzir a dor articular é tão eficaz e por vezes superior à dos AINE. Estudos documentam ainda a capacidade de melhorar a mobilidade articular ao fim de oito a doze semanas de tratamento.





O que é a osteoporose?


A osteoporose é uma doença que afecta os ossos, tornando-os mais finos e frágeis. À letra significa "ossos porosos".


Ocorre sobretudo nas pessoas idosas, homens ou mulheres. Não é, no entanto, uma consequência inevitável do envelhecimento. As mulheres, após a menopausa, são mais vulneráveis.


 


Como se manifesta?


A osteoporose evolui sem sintomas. Com frequência, só é descoberta na sequência de uma fractura, embora possam ter ocorrido outras sem quaisquer sinais. Numa fase adiantada podem surgir:


- Alterações na forma do corpo - a altura diminui, a parte de cima das costas torna-se arredondada, a cabeça e os ombros inclinam-se para a frente, a cintura fica mais larga e o abdómen mais proeminente.


- Dor intensa nas costas - aguda, se causada por uma fractura ou traumatismo, ou crónica, se resultar do esforço a que são sujeitos músculos e ligamentos.


- Fracturas provocadas mesmo por traumatismos ligeiros.


 



Quais as consequências?


O maior risco da osteoporose é uma fractura. A anca (colo do fémur), a coluna e os pulsos são as partes do corpo mais vulneráveis. As fracturas nas vértebras são muito dolorosas e causam deformidade, enquanto as da anca podem obrigar a cirurgia e condicionar os movimentos, pondo em causa a capacidade de manter uma vida autónoma.


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Joelhos, ancas, mãos e coluna são as articulações mais afectadas pela artrose, a doença reumática mais comum. Calcula-se que entre 80 a 90 por cento das pessoas com mais de 55 anos tenham algum tipo de manifestação de artrose.


Pode surgir sem motivo. Ou resultar de factores específicos como doenças metabólicas, distúrbios anatómicos, traumatismos, artrites e infecções, sem esquecer a componente hereditária, nomeadamente quando são afectadas várias articulações.


Assim, as pessoas que têm parentes com artrose generalizada apresentam maior risco de desenvolver a doença. Da mesma forma, a obesidade facilita a doença nos joelhos e, entre as mulheres, é mais frequente depois da menopausa, devido às alterações hormonais.


Há muitos tratamentos disponíveis para aliviar os sintomas e preservar a função articular e a qualidade de vida. Desde a mera orientação educacional à cirurgia, o uso da medicação e a fisioterapia são recursos para combater os efeitos da doença.


Eliminar os factores de risco, como o excesso de peso, e preservar a saúde dos músculos torna a actividade física diária muito importante. Aqui é fundamental o uso de calçado confortável. Como prevenção dos casos de dor aguda, é recomendável a utilização de anti-inflamatórios não-esteróides (não-derivados de hormonas) antes de alguma actividade física.


Os medicamentos de uso tópico (creme, pomada, spray, designadamente) com propriedades analgésicas e/ou anti-inflamatórias também podem ser utilizados.


 


Artrite, Artrose e... Afins


A artrite é uma inflamação da articulação, que provoca dor, limitação de movimento e até deformidades, podendo afectar adultos em qualquer idade e crianças. Já a artrose é uma doença degenerativa da articulação, afectando pessoas mais velhas, e na qual se verifica a deterioração da cartilagem que reveste as extremidades ósseas, causando diferentes graus de dor, inflamação e incapacidade. Por sua vez, a artrite reumatóide é uma doença crónica, de causa desconhecida, que provoca inflamação nas articulações e pode atingir outros órgãos, como, por exemplo, olhos, coração, pulmão e sistema nervoso.


Algumas destas doenças reumáticas podem ser prevenidas - é o caso da artrose provocada por uma deformidade congénita, ou a osteoporose, quando as mulheres jovens são devidamente orientadas. A gota também pode ser prevenida, tratando-se o excesso de ácido úrico no sangue, antes que ele forme cristais e se deposite na articulação, provocando inflamação, dor e incapacidade. Manter o peso ideal com exercícios e dietas é uma boa maneira de prevenir doenças.





O Professor Jorge Mineiro, ortopedista do hospitalcuf descobertas revela-lhe os principais procedimentos para preservar, fortalecer e tratar a sua coluna, com vista a melhorar a sua qualidade de vida.


A adopção de uma má postura está na base do aparecimento de um conjunto de patologias vertebrais. O seguimento de um estilo de vida pouco saudável caracterizado pelo sedentarismo e pela permanência prolongada em determinadas posturas incorrectas é o principal responsável pelo aparecimento de problemas ao nível da coluna, explica o Professor Jorge Mineiro, médico ortopedista do hospitalcuf descobertas. Segundo define, "uma boa postura é aquela que respeita as curvaturas anatómicas da coluna, para evitar doenças vertebrais".


Acrescenta que a exigência da vida moderna suscita a prática de "excessos" no quotidiano, aquando do exercício da profissão ou no desenvolvimento de outro tipo de tarefas. "Cada vez as pessoas trabalham mais horas e dão menos importância à manutenção do bem-estar físico. Ao estarem sentadas durante a maior parte do dia, acabam por comprometer a saúde da sua coluna", sublinha.


Refere ainda que a prevalência de patologias da coluna varia em função de diversas variáveis sócio-demográficas, como a idade, o sexo e o tipo de profissão, sem perder de vista as condicionantes físicas de cada pessoa, como a sua flexibilidade, por exemplo.


"Os indivíduos menos flexíveis adquirem mais facilmente vícios posturais numa fase precoce exactamente pelo facto de não alongarem nem exercitarem os tendões da coluna", reforça. Ressalva ainda que é fundamental "despistar-se a etiologia (causa) da dor, uma vez que esta pode ser sintoma de um tumor ou de outra doença e nada ter a ver com a insuficiência postural".


 


Prevenção e tratamento das doenças da coluna vertebral


A insuficiência muscular e postural contribui para o desenvolvimento de um grande número de casos de dor cervical ou lombar em pacientes que chegam à consulta de ortopedia do hospitalcuf descobertas, afirma o Professor Jorge Mineiro. Como tal, é indispensável incentivar estes pacientes a praticarem exercício físico regularmente.


A prática de exercício físico reveste a máxima relevância na prevenção e no tratamento, quando já existe dor deste tipo. "Uma pessoa que realize uma actividade física com um fim terapêutico, deve ter em mente que, para obter resultados, deverá praticá-la três vezes por semana, para melhorar a sua postura e duas vezes, se a quiser manter". De que resultados estamos a falar em termos práticos de melhoria do estado de saúde da coluna vertebral? "Fala-se num aumento da massa muscular nas costas e da sua manutenção de forma a permitir um reequilíbrio postural são", reforça o ortopedista.


Apesar da disseminação de hábitos de vida sedentários, acredita que os pacientes podem organizar-se para dedicarem atenção à sua coluna duas ou três vezes por semana. O cumprimento de um horário de trabalho não deve ser considerado um factor limitativo da actividade dos colaboradores, devendo estes gerirem o seu tempo, de forma a poderem realizar actividade física ou exercício físico antes, depois do expediente ou até durante a hora de almoço, realça.


"Há várias actividades físicas, cuja prática beneficia de uma forma significativa a coluna, como por exemplo, o pilates, o yoga e a musculação, modalidades que permitem um trabalho vertebral," especifica. Frisa, igualmente, que a prática de musculação "deve ser equilibrada e trabalhar os vários grupos musculares, em dias alternados".


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