Glaucoma: De olho aberto depois dos 40… - Médicos de Portugal

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Glaucoma: De olho aberto depois dos 40…

22 Fevereiro, 2017 0
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…ainda que o glaucoma seja de diagnóstico complicado, porque os sintomas surgem quando a doença já está avançada e os danos no nervo óptico são irreversíveis.

Uma regular vigilância do estado dos olhos pode ser determinante para evitar a doença, que afecta basicamente pessoas com mais de 40 anos.

Juntamente com a retinopatia diabética, o glaucoma é das maiores causas de cegueira nos países desenvolvidos, responsável por 15% dos casos de cegueira mundial.

O aparecimento de manchas nos olhos é dos primeiros sinais. Mas quando surgem é porque os olhos já há algum tempo sofrem com a doença, provocada por um aumento da tensão ocular que provoca a destruição gradual do nervo óptico, com a inerente perda de visão e até mesmo cegueira.

Um dos maiores problemas na prevenção é o não se saber muito bem as razões que conduzem ao aumento da tensão ocular – esta sobe quando o líquido transparente que circula no globo ocular tem dificuldades em sair.

Daí que os sintomas – perda de visão – tendam a surgir quando a doença já está numa fase avançada e as lesões do nervo óptico são irreversíveis.

No tipo mais frequente de glaucoma – de ângulo aberto ou crónico – devido à deficiente irrigação, o nervo óptico vai sendo danificado, alterando a imagem que é transmitida do olho para o cérebro: começam a aparecer manchas brancas na periferia da visão. A prazo, e sem tratamento, essas manchas vão aumentando, reduzindo consideravelmente (ou totalmente) a visão.

Este tipo de glaucoma crónico é mais frequente nos idosos, mas os mais jovens não são imunes, sobretudo havendo antecedentes familiares.

Nestes casos, são recomendadas consultas regulares ao oftalmologista, onde a medição da pressão intra-ocular é o instrumento fundamental de despiste e, caso o diagnóstico seja positivo, é meio caminho andado para controlar a evolução do glaucoma.

 

Estancar a doença

Quando detectado, o glaucoma pode ser vigiado e controlado, mas tal como a diabetes ou a hipertensão arterial, não tem cura. É uma doença crónica – permanece e evolui, sendo a prioridade evitar que os danos sejam ampliados, ainda que seja impossível recuperar o campo de visão perdido.

A prioridade do tratamento é reduzir a pressão intra-ocular, seja aumentando a quantidade de líquido drenado para fora do olho, seja diminuindo a sua produção. Mas os tratamentos variam consoante o tipo de glaucoma – pode haver recurso a gotas oftálmicas ou até intervenções cirúrgicas.

Os medicamentos podem reduzir a pressão e melhorar a circulação sanguínea da retina e dos nervos ópticos, bem como proteger as células nervosas receptoras. O laser também é um recurso utilizado e quando tudo o resto falha, resta ao oftalmologista recorrer à cirurgia, não para aumentar a visão, mas para estabilizar a visão periférica.

O tipo de glaucoma resulta do ângulo entre a íris e a córnea que condiciona mais ou menos a drenagem do humor aquoso em excesso e a pressão exercida. No glaucoma de ângulo aberto ou glaucoma crónico, há algum espaço entre a periferia da íris e a córnea e a pressão sobe de forma mais lenta, pelo que a visão periférica vai diminuindo lentamente, o que torna tardio o diagnóstico. No glaucoma de ângulo fechado, a periferia da íris tende a tocar na córnea, bloqueando completamente a circulação do humor aquoso, o que provoca um súbito aumento da pressão intra-ocular, deixando o olho tenso, vermelho, doloroso e a visão enevoada ou mesmo nula. Nestes casos extremos, o tratamento é urgente.

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