Arquivo de Oftalmologia - Médicos de Portugal

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Investigadores portugueses criaram um aparelho que, através de sondas oftalmológicas e ultrassons de alta frequência, consegue detetar precocemente cataratas.

O projeto surgiu de uma investigação conduzida por elementos do Instituto de Telecomunicações e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Até ao momento foram realizados testes com olhos de suínos e de ratos, tendo os testes conseguido uma taxa de êxito de 99,7% na caracterização de cataratas.

O próximo passo é conseguir parceiros para colocar o dispositivo no mercado que, segundo o que a equipa disse à Agência Lusa, é “uma ferramenta de diagnóstico simples, robusta e de baixo custo”.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2020, 40 milhões de pessoas vão sofrer de cataratas, uma doença que pode provocar perda de visão, uma vez que implica que o cristalino do olho fique opaco.

Um dos investigadores envolvidos, Miguel Caixinha, afirmou que conhecer a extensão dos danos provocados pela catarata é essencial para as operações cirúrgicas serem precisas e usarem a quantidade de energia certa.

Fonte: Sapo TEK





Não se pense contudo que o seu uso deve ser restrito no verão, em dias luminosos. Os raios ultra violeta (UV), os grandes responsáveis pelo envelhecimento ocular, são o verdadeiro perigo para a saúde ocular. Estão presentes durante todo o ano, pelo que o uso de óculos de sol deve ser um hábito constante, preservado sem excepção. Nos dias mais nublados, há um maior desleixe das pessoas face ao uso dos óculos de sol, mas a protecção não deve ser descurada nestes dias, pois os raios UV estão presentes independentemente da intensidade do sol. Existem três tipos de raios UV; UVA, UVB e UVC. Enquanto os UVC são retidos na atmosfera, os raios UVA e UVB chegam efectivamente à superfície terrestre, sendo os últimos os grandes responsáveis por lesões na pele e olhos.


As lesões oculares provocadas pelo sol podem ser agudas, ainda que ocorram raramente, manifestando-se através de fotoqueratite (inflamação da córnea) ou fotoconjuntivite (inflamação da conjuntiva), ou tardias, manifestando-se anos mais tarde através do desenvolvimento de pterígio (espessamento da conjuntiva), degeneração da mácula, cataratas (perda de transparência do cristalino) ou até de cancro das células escamosas ou melanoma na conjuntiva ocular.


O investimento na compra de uns óculos de sol de qualidade não deve ser de todo descurado, pois o uso de uns óculos de sol contrafeitos é muito mais prejudicial do que não usar de todo óculos escuros. A explicação para este facto tem por base o mecanismo natural de defesa da pupila: esta tende a dilatar à sombra e a contrair na presença de claridade. Uma vez que as lentes de má qualidade são escurecidas mas não possuem filtros para bloquear os raios UV, a pupila dilata pois encontra-se confortável perante o sol, mas deixa passar mais raios UV, os quais, tal como já foi mencionado, são nocivos para a saúde.


Que cuidados deve ter então quando compra uns óculos de sol? Antes de mais é importante que se dirija a uma óptica, pois só assim tem a garantia que as lentes que está a adquirir têm protecção certificada contra os raios UV. As lentes devem assim possuir filtros para raios UVA e UVB (99 a 100%), sendo a coloração castanha a que proporciona maior conforto à sua visão. Deve ter ainda em atenção o sítio em que vai usar as lentes. Em desportos náuticos ou na montanha é preferível usar lentes de coloração mais escura. As armações escolhidas devem ser grandes de modo a cobrir a maior área de pele possível e justas ao rosto para a radiação não entrar por folgas existentes. É ainda de ressalvar a importância do uso deste acessório na protecção de pálpebras e pele circundante dos olhos, sendo um importante factor coadjuvante na protecção proveniente de cremes e chapéus.


 


Pontos importantes a reter:


- Deve investir nuns óculos de boa qualidade;


- Deve comprá-los numa loja especializada;


- Devem ter filtros UV de 99 a 100%;


- A coloração deve ser confortável para o utilizador e adaptar-se ao meio onde vão ser usados (montanha ou mar requerem lentes mais escuras);


- Deve usar os óculos o ano inteiro;


- As crianças devem usar chapéus com pala e em casos seleccionados óculos escuros;


- Deve complementar a protecção com creme facial e chapéus.





Felizmente, estas queixas podem serem remediadas. De que modo?

- Modificando os elementos do local de trabalho.

- Usando óculos apropriados quando necessários.



O LOCAL DE TRABALHO


Posição do teclado

• Coloque o teclado e o rato de forma que os braços e as mãos fiquem numa posição relaxada e natural.

• Evite dobrar os pulsos e mantenha os cotovelos próximos do corpo.

• Ajuste a altura da cadeira ou da mesa de trabalho de maneira que os antebraços fiquem paralelos ao chão, formando aproximadamente um ângulo recto com os braços.





Uma regular vigilância do estado dos olhos pode ser determinante para evitar a doença, que afecta basicamente pessoas com mais de 40 anos.


Juntamente com a retinopatia diabética, o glaucoma é das maiores causas de cegueira nos países desenvolvidos, responsável por 15% dos casos de cegueira mundial.


O aparecimento de manchas nos olhos é dos primeiros sinais. Mas quando surgem é porque os olhos já há algum tempo sofrem com a doença, provocada por um aumento da tensão ocular que provoca a destruição gradual do nervo óptico, com a inerente perda de visão e até mesmo cegueira.


Um dos maiores problemas na prevenção é o não se saber muito bem as razões que conduzem ao aumento da tensão ocular - esta sobe quando o líquido transparente que circula no globo ocular tem dificuldades em sair.


Daí que os sintomas - perda de visão - tendam a surgir quando a doença já está numa fase avançada e as lesões do nervo óptico são irreversíveis.


No tipo mais frequente de glaucoma - de ângulo aberto ou crónico - devido à deficiente irrigação, o nervo óptico vai sendo danificado, alterando a imagem que é transmitida do olho para o cérebro: começam a aparecer manchas brancas na periferia da visão. A prazo, e sem tratamento, essas manchas vão aumentando, reduzindo consideravelmente (ou totalmente) a visão.


Este tipo de glaucoma crónico é mais frequente nos idosos, mas os mais jovens não são imunes, sobretudo havendo antecedentes familiares.


Nestes casos, são recomendadas consultas regulares ao oftalmologista, onde a medição da pressão intra-ocular é o instrumento fundamental de despiste e, caso o diagnóstico seja positivo, é meio caminho andado para controlar a evolução do glaucoma.


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Depois dos 10 anos de idade, o sistema visual atinge a maturidade e este risco de perda da visão por doença ocular é praticamente inexistente. Por isso, para um oftalmologista, crianças acima dos 10 anos têm olhos adultos e não exigem cuidados especializados.


 


Existem alguns sinais que podem alertar para uma doença ocular na criança:

> A pupila (a menina do olho) aparecer branca ou com algum ponto branco;


> Nas fotografias nocturnas existir um olho que fica vermelho e o outro negro;


> O bebé chora quando se tapa apenas UM dos olhos;


> Há um desvio ocular (estrabismo) constante ou intermitente - as únicas excepções são os desvios oculares intermitentes nos bebés com <6 meses de idade, que são considerados normais;


> A adopção de uma postura incorrecta da cabeça quando olha para longe;


> Qualquer diminuição da visão de um ou dos dois olhos;


> Existência de algum familiar directo com estrabismo ou cegueira.



Há, no entanto, alguns mitos que devem ser esclarecidos. Não são sinais de visão deficiente ou doença ocular, os seguintes:


> Crianças que se aproximam da TV - as crianças gostam de se aproximar do ecrã da TV, sem que isso tenha qualquer significado;


> Crianças que se dobram em cima do livro/caderno - a capacidade de focarmos uma imagem a uma distância muito curta vai perder-se ao longo da vida, e as crianças, em particular em idade escolar, gostam de a exercitar;


> As dores de cabeça - raramente são provocadas por doença ocular ou pela necessidade de usar óculos;


> Os jogos de computador fazem mal aos olhos - felizmente uma criança com boa visão pode passar muitas horas a jogar em frente ao computador sem que isso traga algum prejuízo visual.


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Os níveis de radiação estão muito abaixo dos necessários para provocar lesões oculares, mesmo depois de uma exposição durante toda a vida. No entanto, o trabalho intenso com computadores pode provocar uma variedade de sintomas: irritação ocular (olho vermelho, lacrimejo ou sensação de secura), fadiga (cansaço ocular, sensação de peso sobre os olhos), dificuldade de focar os objectos, dores de cabeça, dores nas costas e espasmos musculares.


 


Felizmente, estas queixas podem serem remediadas. De que modo?


- Modificando os elementos do local de trabalho;
- Usando óculos apropriados quando necessários;


 


O local de trabalho


Posição do teclado:
• Coloque o teclado e o rato de forma que os braços e as mãos fiquem numa posição relaxada e natural;
• Evite dobrar os pulsos e mantenha os cotovelos próximos do corpo;
• Ajuste a altura da cadeira ou da mesa de trabalho de maneira que os antebraços fiquem paralelos ao chão, formando aproximadamente um ângulo recto com os braços.


 


Mobília e postura


• Verifique se a sua cadeira está na altura apropriada: deve permitir manter os braços na posição adequada e os pés bem apoiados no chão. Posicione o encosto da cadeira de modo que a parte inferior das costas fique apoiada;
• Adopte uma posição de trabalho relaxada, mantendo o corpo direito, evitando inclinar-se muito para a frente ou para trás;


 


Visualização do monitor


• O topo do monitor deve ficar situado ao nível dos olhos ou ligeiramente inferior;
• O material de trabalho deve estar o mais perto possível do monitor para evitar grandes movimentos da cabeça e dos olhos (com modificações constantes de focagem);
• Se utilizar um suporte para documentos, coloque-o ao mesmo nível e à distância do monitor;
• O monitor deve estar posicionado de modo a evitar fontes de brilhos e reflexos;
• Utilize o recurso de inclinação do monitor para encontrar a melhor posição;
• Utilize o controle de brilho do monitor para escolher a sua opção preferida.


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O daltonismo é a incapacidade de distinguir e identificar algumas cores. A partir de três cores fundamentais - o azul, o verde e o encarnado - se multiplicam as cores. Para algumas pessoas, essa visão colorida é alterada, só conseguindo distinguir duas das três cores básicas, sendo o mais frequente não diferenciar o verde do encarnado, acabando por distinguir combinações secundárias como o amarelo ou o violeta. Sendo mais raros, há casos de pessoas que não distinguem qualquer cor (acromatismo), o que corresponde a uma visão gradeada de cinzento, ou apenas uma cor (monocromatismo).


Tudo acontece porque, na retina, a membrana que cobre a face interna do olho, se encontram as células fotoreceptoras, os chamados cones, que permitem a percepção de cor. E esses cones são precisamente três, cada um sensível a um pigmento: encarnado, verde e azul. Num daltónico, um ou mais dos diferentes tipos de cones não funciona correctamente ou nem sequer existe, o que impede o cérebro de receber a informação que lhe permite descodificar a cor associada.


A maioria dos casos de daltonismo estão associados à hereditariedade mas ocasionalmente podem resultar de doenças oculares.


Nos casos mais comuns de daltonismo, as pessoas desenvolvem um sistema de referência próprio, substituindo as tonalidades ausentes por diferentes tons de cinzento. E aprendem a conviver com esta diferença cromática, que não lhes afecta a saúde, ainda que influencie o quotidiano.


Conduzir é um dos exemplos de maior dificuldade associada ao daltonismo, nomeadamente nos semáforos. Como saber se está verde ou encarnado? A solução passa pelo esquema cromático, em que a cor em falta se apresenta disfarçada de cinzento. Porém, para desenvolver uma actividade profissional relacionada com os meios de transporte ou com as forças de segurança, este recurso pode ser insuficiente - ser piloto de avião, maquinista de comboio ou agente da polícia e não conseguir distinguir claramente todas as cores é uma combinação inviável.


O daltonismo pode ser despistado em idade pré-escolar, aquando da primeira visita ao oftalmologista. Mas só pelos 10 anos é possível realizar testes que permitem avaliar com maior precisão o défice cromático da criança. Uma vez identificada a anomalia, não há necessidade de qualquer vigilância particular, até porque não interfere nas outras funções da visão - e porque, por enquanto, não existe qualquer tratamento que permita restabelecer a percepção normal das cores.


 


Despiste infantil


Ainda antes de consultar o oftalmologista, há alguns sinais que apontam para o eventual daltonismo numa criança: errar na identificação das cores,seja a desenhar ou a escolher as peças de um jogo. Normalmente, o verde torna-se cinzento e o encarnado "vira" verde.


Na escola, as dificuldades ganham frequência. Quando a actividade implica escolher cores, a criança tende a baralhar-se. A colocação de etiquetas nos cadernos e lápis pode facilitar, mas noutras áreas, como geografia ou expressão artística, poderá ser mais difícil, pelo que os professores devem ser alertados.


Também na rua, a confusão entre cores pode dar origem a incidentes, nomeadamente a atravessar uma passadeira: como uma criança daltónica não distingue o encarnado do verde, convém fazê-la memorizar a posição das cores no semáforo ou identificar a figura luminosa e guiar-se pelas respectivas posições.





Existem alguns sinais de alerta a que não deve deixar de estar atento, como por exemplo, "o reflexo branco no centro da pupila (menina do olho) ou perda do luar pupilar", explica Alcina Toscano. Este reflexo é visível se olhar para as pupilas do bebé, sendo mais fácil de detectar quando ele olha para a luz directamente. "Numa fotografia, nota-se pela perda do reflexo vermelho luminoso. Neste caso, podemos estar perante determinadas doenças oculares, que vão desde a catarata congénita a problemas mais graves como o retinoblastoma", fundamenta a oftalmologista da CUF. O último, sendo raro, é um tumor maligno que requer tratamento urgente e pode implicar a perda de visão desse olho.


Deve estar atento a outros sinais relevantes: pupilas de tamanho ou forma desigual; a presença de um olho que desvia (ao que se chama estrabismo), não fixa ou não segue os movimentos do outro olho; olhos que dançam ou tremem (intitulados de nistagmos); cabeça inclinada em posição anormal; um olho menor que o outro; a pálpebra descaída ou lacrimejo excessivo. "Dependendo da idade, há sinais que permitem avaliar se a visão é ou não normal", diz-nos Alcina Toscano. As horas passadas ao computador ou a jogar playstation podem ser prejudiciais, apesar de não estarem directamente relacionadas com problemas oculares. "Se em exagero e em más condições ergonómicas (má postura, luminosidade incorrecta, distância inadequada) contribuem para o aparecimento de sinais e sintomas, não só oculares como gerais", explica a oftalmologista entrevistada nesta edição do Jornal do Centro de Saúde.



A visão nos primeiros tempos de vida


O recém-nascido de termo já tem a fixação presente, isto é, "consegue fixar a luz". Entre os dois e os três meses, a fixação visual já está bem desenvolvida, a criança já tem um alinhamento ocular estável e segue bem a luz e objectos. "Com um mês e meio de idade e a cerca de 30 centímetros, a criança consegue reconhecer alguns detalhes do rosto, como os olhos e a boca de um adulto, acompanha com os olhos o movimento da cabeça dos pais e segue os movimentos de um objecto colorido a essa distância", explica a oftalmologista pediátrica. Acompanhar estas primeiras capacidades visuais é uma experiência única.


Aos três meses, o bebé já observa um objecto situado mais longe e tenta alcançá-lo. Começa a olhar as mãos e brinca com elas aproximando-as e afastando-as. Mais tarde (aos quatro, seis meses) começa a interessar-se por objectos mais afastados, como a televisão e olha além da janela. Pega em objectos próximos e interessa-se por novas formas e cores.


"O normal desenvolvimento da visão dá-se de uma forma progressiva e pressupõe a chegada de imagens nítidas ao cérebro. Podemos dizer que por volta de um ano de idade, a criança vê cerca de 1/10, aos dois anos 5/10 e aos quatro anos, 10/10", adianta Alcina Toscano.


Na criança, o desenvolvimento da visão inicia-se logo após o nascimento e para que este processo decorra de uma forma normal, é necessário que cada olho receba uma imagem nítida e que esta seja enviada ao cérebro. Qualquer interrupção neste processo pode levar a uma alteração do desenvolvimento do sistema visual.


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Os olhos encarnados são um dos problemas que afectam a nossa visão. Uma condição tão comum que representa, por si só, um vasto capítulo da oftalmologia.

O olho vermelho pode ter várias causas mas, na sua maioria, não representam um motivo de preocupação, uma vez que se pode resolver espontaneamente.

Contudo, é preciso estar atento e contar sempre com o aconselhamento do seu farmacêutico, que o pode ajudar a identificar as situações em que é necessária uma consulta médica.

Uma das causas mais frequentes de olho vermelho é a conjuntivite, ou seja, a inflamação da conjuntiva, um fino tecido transparente sulcado por inúmeros pequenos vasos sanguíneos. Pode ter uma origem infecciosa ou alérgica e é caracterizada por uma impressão desagradável, como se tivéssemos grãos de areia nos olhos, além de um lacrimejo abundante. Na conjuntivite infecciosa o grande perigo reside no elevado risco de contágio, pelo que é recomendável o doente não partilhar com ninguém os seus objectos de higiene.

A hemorragia subconjuntival é outra situação bastante frequente, que consiste na ruptura de um pequeno vaso sanguíneo por baixo da superfície transparente do olho, a conjuntiva. É fácil perceber quando ocorre: manifesta-se pela aparição repentina de uma mancha de coloração encarnada na conjuntiva, muito localizada e contrastando com o branco do olho. Felizmente, não se sente qualquer dor, e a pequena hemorragia é absorvida por si mesma no período de uma a duas semanas.

Preservar e tratar os nossos olhos, tão complexos e delicados, é, assim, uma obrigação de todos nós.



E O COMPUTADOR?

É uma preocupação comum: trabalhar tantas horas no computador prejudica a saúde dos meus olhos? A resposta é tranquilizadora: a sua utilização, mesmo quando prolongada, não vai atacar fisicamente os nossos olhos. Quando se está muito tempo a olhar para um ecrã, há tendência para piscar menos vezes os olhos, aumentando a secura ocular e a sensação de cansaço visual. É fundamental manter uma distância razoável entre a face e o écran, cerca de 50 a 60 centímetros, bem como fazer pausas regulares para olhar para cima ou para outro lado da sala.





Não raro, todos os humanos, pelo menos uma vez na vida, já acordaram com olheiras. Estas manchas escuras, que se instalam por cima da pálpebra inferior, devem-se, fundamentalmente, a duas razões: factores hereditários e ao cansaço de uma noite mal dormida.


"A 'verdadeira olheira', fruto de uma má noite de repouso, surge, sobretudo, por causa da espessura fina da pele nessa zona. Com o passar do tempo, o sangue circula de uma forma mais lenta, oxigena menos o tecido e, devido à transparência da pele, as manchas escuras vão-se notar mais", explica Manuela Cochito, dermatologista.


Os vasos, em virtude da translucidez da pele, vão-se tornando cada vez mais visíveis, formando um semicírculo azulado por debaixo dos olhos. E o que fazer para disfarçar os sinais do cansaço? "Usar um contorno de olhos é fundamental", garante a dermatologista. A colocação deste creme deve ser acompanhada de uma "ligeira massagem nos olhos, para ajudar a activar a circulação dos vasos".


Hoje em dia, como adianta a especialista, "existem vários produtos no mercado que contêm reflectores de luz". Através de um processo de ilusão óptica, "diminuem o aspecto inestético e azulado da pálpebra inferior". Se todos estes produtos não surtirem efeito, "há cremes anti-olheiras, que se aplicam com a ponta dos dedos, e que ajudam a maquilhar essa zona, para disfarçar as manchas escuras".


No entanto, apesar de todas as tentativas para "esconder" as olheiras, a dermatologista diz que o "essencial é tentar dormir uma boa noite de sono e tentar ter uma vida o mais saudável possível". Para evitar acordar com as indesejáveis olheiras, pode-se "usar regularmente um contorno de olhos, com pigmentos que encobrem a zona azulada". E se a opção recair sobre um creme anti-olheiras, como escolher o mais adequado?


"Primeiro de tudo, tem de se optar por um creme que conjugue com o tom de pele. Não há nada pior do que colocar um creme com uma tonalidade que contraste com a pele. O ideal é escolher um tom que se confunda com a cor natural."


Para quem pretende usar as receitas mais caseiras, uma rodela de pepino poderá ajudar a atenuar as consequências das olheiras. "Pelo seu efeito descongestionante, reduz o inchaço, mas não elimina por completo a olheira."


 


Olheiras de longa duração


Reza a história que, no século XVIII, a sensualidade das mulheres estava ligada às olheiras. Hoje em dia, os tempos são outros e as olheiras, neste capítulo, são uma moda do passado. As manchas azuladas, que se estendem ao longo da pálpebra inferior, deixaram de possuir um encantamento estético. Dada a mudança de paradigma dos ícones de beleza, quem convive diariamente com as olheiras não olha a meios para atingir o fim de as eliminar.


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