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Alergias: Estação de risco

12 Abril, 2014 0
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A Primavera pode considerar-se uma estação de risco para as pessoas que sofrem de alergias: é que há maior exposição aos pólenes. Mas não é necessário deixar de aproveitar o bom tempo: é preciso é adoptar alguns cuidados para minimizar o contacto com os alergénios.

Depois dos meses de Inverno, em que as temperaturas desceram para além do habitual, embora a chuva tenha pecado pela ausência, a Primavera é naturalmente bem recebida. E, quando as condições climáticas coincidem, de facto, com o calendário, não há razões para não aproveitar o tempo mais ameno.

Todos os momentos são bons para actividades ao ar livre, o que, para as pessoas que sofrem de alergia, também é sinónimo de uma maior exposição aos alergénios. Que, nesta estação do ano, são sobretudo os pólenes das árvores e flores. Esta é a época da floração de muitas plantas, o que significa que há uma maior libertação e circulação de pólenes no ar. Aumenta, pois, a probabilidade de contacto com os organismos mais sensíveis.

E, quando isso acontece, os sintomas não se fazem esperar. Os mais evidentes são a nível respiratório – nariz a pingar, olhos congestionados, espirros… E acontece assim pela reduzida dimensão destes alergénios, que facilmente penetram nas vias respiratórias, sendo estes os órgãos mais afectados.

Rinite espirros à solta

A mais comum das alergias respiratórias é a rinite alérgica sazonal, doença que tem nos pólenes os seus principais agentes. Não é específica da Primavera – é uma alergia sazonal, que tem também no Outono uma época crítica, conforme a sensibilidade individual a cada um dos agentes agressores.

Os pólenes são substâncias que circulam no ar. Em contacto com as vias respiratórias das pessoas mais vulneráveis, desencadeiam os sintomas da alergia. É pelo contacto com os olhos, o nariz ou a boca que os agressores entram no organismo, sendo reconhecidos pelas lgE, que activam a libertação da histamina: o resultado é inflamação, comichão, espirros e produção excessiva de muco nasal. Também os olhos podem ficar irritados, ganhando uma cor avermelhada e lacrimejando constantemente. Quando estes sintomas se instalam, o que há a fazer é recorrer a medidas ou medicamentos que os aliviem, visto que prevenir é uma tarefa a pesar de possível: afinal, como evitar os pólenes se é necessário sair de casa e se, sobretudo na Primavera, o que apetece é mesmo aproveitar o bom tempo?

Os anti-histamínicos são os principais fármacos para conter os sintomas da rinite, na medida em que, como o nome indica, contribuem para impedir a libertação de histamina.

Também é útil actuar sobre os sinais mais específicos da alergia, mediante a aplicação de descongestionantes nasais ou de gotas oftalmológicas, mas sempre com moderação e com conselho médico ou farmacêutico.

Existem, no entanto, algumas medidas úteis para reduzir a exposição aos pólenes, entre as quais: manter as portas e janelas de casa fechadas nos dias em que a brisa primaveril sopre com mais intensidade, nesses dias deve procurar-se andar o menos possível no exterior, sobretudo em parques e jardins – mas, se for mesmo inevitável, usar óculos e até cobrir a boca e o nariz com um lenço minimiza o risco; mudar de roupa ao chegar a casa, tomar banho e lavar a cabeça antes de deitar para que não fiquem resíduos na cama ou almofada; viajar com as janelas do carro fechadas, preferindo o ar condicionado com filtro para pólenes; não secar roupa ao ar livre, para evitar que os grãos de pólen se fixem à roupa; evitar os desportos de exterior e o campismo no período de polinização, etc. São cuidados que vale bem a pena adoptar, em nome da qualidade de vida.

Asma quando o ar falta

A rinite não tem idade para se manifestar, ao contrário da asma, que é mais frequente na infância. Doença crónica, a asma caracteriza-se pela inflamação e constrição das vias respiratórias. Quando há exposição a agentes irritantes – como os ácaros, certos alimentos, animais domésticos, bolores, fumo do tabaco ou vapores fortes, como os de tintas e lacas – pode desencadear-se uma crise de asma nos indivíduos asmáticos mais susceptíveis. Situações de grande stress emocional ou a prática de exercício físico podem ter o mesmo efeito.

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