Infertilidade: um obstáculo à felicidade familiar » Dr. Pedro Sá e Melo - Médicos de Portugal

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Infertilidade: um obstáculo à felicidade familiar » Dr. Pedro Sá e Melo

13 Outubro, 2007 0
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A infertilidade é uma realidade presente no nosso país. Trata-se de uma doença que afecta um grande número da população portuguesa e da qual poucos estão conscientes ou devidamente informados.

Muitas são as questões que se levantam relativamente ao tema infertilidade: “Quais os sintomas?”, “Quando devo procurar ajuda?”, “Qual o primeiro passo a tomar para a resolução do problema?”, “Quais os efeitos secundários?”, “Há riscos?”…

O casal que não esteja de completo bem-estar familiar ou pessoal, ou seja, que não esteja bem de saúde, deve então procurar ajuda profissional. Ao fim de 12 meses de insucesso na concretização de uma gravidez o casal deverá ponderar sobre as causas que levam a esse insucesso.

Segundo o Dr. Pedro Sá e Melo, obstetra e especialista em infertilidade/inseminação artificial, devemos procurar 2 factores significativos: a qualidade e quantidade de espermatozóides do homem (sendo este o primeiro passo), e na mulher, verificar os aspectos relativos aos ovários (como estão a ser os ciclos menstruais ou se há alguma irregularidade) e a permeabilidade ou impermeabilidade das trompas.

«Todas estas questões são postas de uma forma clara e são avaliadas, em termos de observação e informação clínica, com elementos de análise (por exemplo ecografias), e, por último, a verificação da permeabilidade das trompas», afirmou o Dr. Sá e Melo explicando ainda que «as trompas estão permeáveis, permitindo que, após as relações sexuais, os espermatozóides progridam e permaneçam nas trompas até os ovários libertarem o óvulo, para este poder ser fecundado». Para que tal aconteça é necessário saber até que ponto as trompas estão permeáveis.

Um factor importante

Uma questão relevante, e que muitos casais esquecem, diz respeito ao peso psicológico que este problema acarreta. É certo que o dia-a-dia da pessoa, a rotina, o estado emocional de cada um, influencia o processo de fertilidade. O problema é saber quanto é que isso é importante para o progresso do casal. Este caso põe-se quando o casal, tendo tudo a seu favor para que o processo de procriação seja um sucesso, ou seja, que o homem possui espermatozóides de boa qualidade e em abundância e que a mulher tem trompas permeáveis e os seus ciclos menstruais são regulares, então, nesta situação, há que valorizar a condição psicológica.

Mas não é só nesta fase inicial do processo que se deve ter em atenção este factor. O Dr. Pedro Sá e Melo aconselha o acompanhamento especializado no que concerne à infertilidade e afirma que considera «o problema psicológico um problema real. Se existe esse problema real, este deve ter um acompanhamento diferenciado por um psicólogo que tenha experiência no campo».

Segundo a sua experiência, nas questões mais definitivas do casal, em que a mulher não tem óvulos capazes de serem fecundados ou o homem não tem espermatozóides activos, então, se esse casal quiser ter uma criança, só há uma possibilidade: obter um dador. «Nestes casos em que se interpõe um dador fazemos questão que o casal seja avaliado psicologicamente», adverte.

O facto de o casal poder trabalhar o sim ou o não desta questão com uma pessoa qualificada que analisa com ele os prós e os contras da sua decisão em função de fazer ou não fazer, em função do sucesso ou insucesso, em função de dizer ou não e como dizer à criança nascida, são questões que devem ser previamente abordadas e estudadas pelo casal, no sentido de, quando os problemas surgirem já haverá resposta para eles. Assim, o casal terá fácil solução, que ambos trabalharam, no sentido de estar à vontade quando essas questões forem abordadas.

Tratamentos

Existem vários tratamentos para a infertilidade, adequados a cada tipo de caso. Nenhum é mais comum que o outro.

Tratamento de Hormonas

É usado quando a infertilidade for o resultado da imaturidade dos óvulos ou de dificuldades na ovulação. Trata-se de uma estimulação hormonal.

Inseminação artificial

Neste caso, há uma selecção de espermatozóides, na qual só os melhores vão ser injectados para a fecundação dos óvulos que se vai dar de forma biologicamente natural nas trompas.

Fertilização in vitro

Este método requer que os óvulos sejam extraídos do ovário, após estimulação hormonal, e são fertilizados no laboratório. Uma vez fecundado, o óvulo será transferido para o útero da mulher.

Microfertilização ou microinjecção

Quando existe um problema mais significativo por parte do homem, e porque há um receio de que as condições in vitro habituais na proveta possam não acontecer, a proposta é de microinjectar um único espermatozóide em cada um dos óvulos. Desta forma, é garantida a fecundação do óvulo.

Criopreservação ou congelamento de embriões e esperma

Este método pode ser usado se durante o tratamento se obtiverem vários embriões viáveis que poderão ser congelados para serem posteriormente transferidos para o útero.

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