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Visão e diabetes: Retinopatia diabética pode ser evitada

9 Dezembro, 2011 0

É uma complicação ocular que surge nos diabéticos e a principal causa de cegueira evitável entre os 20 e os 64 anos. É por isso muito importante a realização de exames oftalmológicos a todos os diabéticos, pelo menos, uma vez por ano. Conheça melhor a retinopatia diabética.

O que é a retinopatia diabética (RD)?

A retinopatia diabética é uma complicação ocular da diabetes.

Os vasos sanguíneos da retina, uma camada constituída por células nervosas que reveste o interior do globo ocular ficam frágeis, rompem-se e provocam hemorragias com perda súbita da visão. É a chamada retinopatia diabética proliferativa.

Os vasos sanguíneos mais pequenos, os capilares, ao ficarem “doentes” permitem a passagem de sangue para o exterior. A retina fica “inchada” nesse local, e o doente começa a perder a visão lenta e irremediavelmente, se não tratado. É o chamado edema macular diabético.

Ambas as situações são denominadas de retinopatia diabética, que geralmente afecta os dois olhos. Se não forem tratadas a tempo, conduzem à cegueira.

 

O que é que sente o doente com retinopatia diabética?

Os sinais e sintomas da retinopatia diabética (RD) variam dependendo do estádio da doença.

Inicialmente não há qualquer sintoma. A doença evolui de forma silenciosa e o doente não se apercebe do risco que corre. Pode mesmo ter muito boa visão e estar em risco iminente de cegueira. Por isso, a acuidade visual, ou seja, a medição da sua visão, não deve ser usada, isoladamente, para o rastreio da RD, e daí a importância de os diabéticos consultarem o oftalmologista regularmente. No entanto, além de outros sintomas provocados pela RD, como já referimos, poderão surgir: visão enevoada, que impede de ver televisão, conhecer as pessoas a uma certa distância, ou ler; visão com manchas, “moscas volantes” e “flashes”; ou perda súbita de visão por hemorragia súbita dentro do olho.

 

Quem pode desenvolver a retinopatia diabética?

Todas as pessoas com diabetes, tipo 1 e tipo 2, podem desenvolver retinopatia diabética alguns anos após o início da doença. Daí a importância de todos os doentes realizarem, pelo menos uma vez por ano, o exame aos seus olhos.
As mulheres grávidas diabéticas também deverão ser sujeitas a exames aos olhos, o mais cedo possível e, posteriormente, de 3 em 3 meses.

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Como saber se a diabetes já lesou os olhos?

A melhor forma de diagnosticar a retinopatia diabética passa pela realização de exames simples que permitam detectar lesões que possam ser tratadas atempadamente, identificando os diabéticos em risco de cegueira.
A avaliação com a pupila dilatada, realizada a todos os doentes diabéticos,pelo menos uma vez por ano, efectuada pelo médico oftalmologista, complementada ou não pelos exames referidos anteriormente, permite saber se há risco de cegueira e qual a necessidade e urgência do tratamento.

 

A detecção precoce da retinopatia diabética deverá ser realizada por quem?

A detecção precoce da RD deverá ser realizada pelos oftalmologistas, agentes de saúde vocacionados para cuidar da saúde da visão em Portugal, ou por ortoptistas – técnicos de saúde da visão que trabalham sob a coordenação dos médicos oftalmologistas e que realizam retinografias – fotografias do fundo do olho que serão depois avaliadas por médicos oftalmologistas especialmente treinados para fazer esta avaliação.

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