Evite o lado menos bom do Sol
O Sol é um elixir de auto-estima que pode ser traduzida num tom de pele moreno e no calor da alma, mas erros repetidos numa exposição excessiva e desprotegida podem ter um preço demasiado elevado. O aparecimento de sinais na pele são um alerta para o lado negro do “trabalhar para o bronze”…
O calor que emana dos raios do Sol antes de um mergulho no Atlântico ou o sentir a pele aquecer entre os grãos de areia podem ser sensações de um Verão bem passado, aromatizado pela brisa do nosso belo recanto à beira-mar.
Mas, como em tantos outros prazeres, há que ter cuidados elementares para não “travar amizade” com as radiações ultravioletas… Afinal, 90% dos cancros de pele têm raízes na exposição excessiva ao Sol. E as incessantes campanhas sazonais, Verão após Verão, para um comportamento responsável nem sempre têm permitido resultados eficazes. Os erros repetidos traduzem-se num aumento significativo das situações de melanoma – a forma mais grave de cancro cutâneo.
Sinais fortes
Sinais e sardas são comuns – acima dos 25 anos – no corpo de um adulto. Os sinais apresentam na sua maioria uma evolução benigna, e adquirem-se com o crescimento, pois à nascença, os sinais são em reduzida quantidade.
Mas quando existem alterações visíveis, seja na sua forma, nos contornos, no diâmetro ou na cor, podem ser o primeiro indício do desenvolvimento de um tumor maligno.
O melanoma é precisamente um tumor maligno que se desenvolve a partir das células produtoras de melanina, os melanócitos, responsáveis pela coloração da pele.
Ocorre um desenvolvimento mais frequente quando a pele sofre repetidamente agressões pelos raios solares. Os escaldões são queimaduras solares, aparentemente temporárias, mas que deixam marcas que, despertas por uma continuada exposição excessiva ao Sol, podem originar alterações celulares próprias de um tumor.
[Continua na página seguinte]
Antecedentes de queimaduras solares na infância e/ou adolescência constituem mesmo um factor de risco de melanoma, tal como possuir antecedentes familiares, ser de pele clara, ter olhos azuis, cabelo ruivo ou loiro, dificuldade em bronzear e tendência para formar sardas, bem como ser portador de um grande número de sinais. Um factor de risco acrescido é, naturalmente, apresentar sinais que se alterem.
Porque os sinais antecipam a doença, devemos seguir as recomendações dos profissionais e fazer um auto-exame cutâneo regular para nos familiarizarmos com as manchas pigmentadas e os sinais presentes no nosso corpo, conhecendo-o melhor possível e estando assim melhor preparados para fazer o despiste precoce de uma eventual alteração. Em caso de suspeita, o passo seguinte deve ser uma consulta a um dermatologista.
Teste ABCD
A auto-avaliação dos sinais do corpo deve atender à respectiva forma, tamanho, contorno, cor e evolução. Em cada um deles, mas sobretudo nos novos que aparecem, deve-se estar atento aos sinais de alerta, que se traduzem na sigla AB CD – A de assimetria, B de bordo, C de cor e D de diâmetro. Há que perceber se o sinal é assimétrico, apresentando zonas diferentes umas das outras, se o contorno é irregular ou delimitado, se apresenta alteração da cor ou esta não é uniforme, se o diâmetro é superior a 6 milímetros e se houve um crescimento recente.