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Quando a articulação da anca precisa de ser substituída

15 Novembro, 2007 0

A substituição da articulação da anca é a artroplastia mais frequentemente realizada e é, sem dúvida, aquela que alcança o maior índice de sucesso entre todas as articulações artificiais. A artroplastia total da anca pode ser muito importante para aqueles que sofrem há anos com dores intensas, que estão limitados nas suas actividades. A cirurgia é realizada primeiramente com o objectivo de aliviar a dor e melhorar a função.

Indicações para a artroplastia total da Anca

A implantação de uma prótese total da anca deve estar reservada aos doentes que sofrem de dores severas específicas e de transtornos funcionais graves, que o tratamento adequado parece ser insuficiente.

As indicações para a artroplastia total da anca podem também ter origem pós-traumática (fractura grave do acetábulo, necrose cefálica pós traumática, fractura com ruptura da região trocanteriana ou subtrocanteriana), podendo estar ainda indicadas em casos de tumores da extremidade superior do fémur, coxite reumatóide e na espondilite anquilosante. O tempo de hospitalização necessário para a artroplastia total da anca tem a duração de 14 dias a três semanas.

Fisioterapia após substituição da articulação

O tratamento é determinado pelo tipo de cirurgia e abordagem cirúrgica que foi empregue.Com a substituição total da anca, a abdução deve ser mantida ao passo que a adução deve ser evitada até que ocorra cicatrização dos tecidos em volta da articulação e do grande trocânter. Contudo, a carga total deverá ser evitada durante as quatro/seis semanas após a cirurgia.

O fisioterapeuta tem um papel importante na reabilitação de um paciente que tenha sido submetido a uma cirurgia deste tipo. Inicialmente poderão ser empregues exercícios activos-assistidos para a flexão da anca e do joelho, e exercícios de abdução. Após as 48 horas, se o estado do paciente for satisfatório, inicia-se o suporte de carga, com o auxílio de um andarilho, podendo associar movimentos de transferência de peso e equilíbrio. Os exercícios activos-assistidos da anca podem ser progressivamente aumentados de intensidade no que diz respeito à amplitude articular. O suporte de peso e a marcha com canadianas deve ser incentivada dia-a-dia, em percursos cada vez mais longos. A presença do Fisioterapeuta nesta fase é importante, pois deve estar atento a qualquer alteração circulatória, dor ou desconforto nos músculos da anca e perna.

É importante que a anca não vá para além dos 90º de flexão até que as estruturas em redor da articulação estejam totalmente cicatrizadas. A marcha deve ser incentivada em frente ao espelho, para que o paciente possa interiorizar um padrão de marcha correcto.

Quando a cicatrização se completa, os pontos são retirados ao 12º/14º dias, e o paciente tem alta. Após este período, o paciente deverá continuar os tratamentos de Fisioterapia no sentido reabilitar todas as suas capacidades articulares, musculares, restabelecer um melhor equilíbrio, promover um melhor padrão de marcha.

Os resultados que se obtêm da artroplastia total da anca são bastante gratificantes: diminuição intensa da dor, maior funcionalidade da anca, sendo que as complicações são pouco frequentes, tendo em conta a importância desta cirurgia.

Com as técnicas actualmente disponíveis, a duração de vida das próteses pode ser estimada em quinze anos, tempo suficiente para que o paciente possa viver da melhor forma possível, sem dores, funcional e não estando limitado para as suas actividades.

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