Arquivo de Fisioterapia - Médicos de Portugal

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Indicações para a artroplastia total da Anca

A implantação de uma prótese total da anca deve estar reservada aos doentes que sofrem de dores severas específicas e de transtornos funcionais graves, que o tratamento adequado parece ser insuficiente.

As indicações para a artroplastia total da anca podem também ter origem pós-traumática (fractura grave do acetábulo, necrose cefálica pós traumática, fractura com ruptura da região trocanteriana ou subtrocanteriana), podendo estar ainda indicadas em casos de tumores da extremidade superior do fémur, coxite reumatóide e na espondilite anquilosante. O tempo de hospitalização necessário para a artroplastia total da anca tem a duração de 14 dias a três semanas.



Fisioterapia após substituição da articulação

O tratamento é determinado pelo tipo de cirurgia e abordagem cirúrgica que foi empregue.Com a substituição total da anca, a abdução deve ser mantida ao passo que a adução deve ser evitada até que ocorra cicatrização dos tecidos em volta da articulação e do grande trocânter. Contudo, a carga total deverá ser evitada durante as quatro/seis semanas após a cirurgia.

O fisioterapeuta tem um papel importante na reabilitação de um paciente que tenha sido submetido a uma cirurgia deste tipo. Inicialmente poderão ser empregues exercícios activos-assistidos para a flexão da anca e do joelho, e exercícios de abdução. Após as 48 horas, se o estado do paciente for satisfatório, inicia-se o suporte de carga, com o auxílio de um andarilho, podendo associar movimentos de transferência de peso e equilíbrio. Os exercícios activos-assistidos da anca podem ser progressivamente aumentados de intensidade no que diz respeito à amplitude articular. O suporte de peso e a marcha com canadianas deve ser incentivada dia-a-dia, em percursos cada vez mais longos. A presença do Fisioterapeuta nesta fase é importante, pois deve estar atento a qualquer alteração circulatória, dor ou desconforto nos músculos da anca e perna.

É importante que a anca não vá para além dos 90º de flexão até que as estruturas em redor da articulação estejam totalmente cicatrizadas. A marcha deve ser incentivada em frente ao espelho, para que o paciente possa interiorizar um padrão de marcha correcto.





O risco de recorrência por ano em indivíduos com episódio inicial de lombalgia que dura três meses, ou mais, é de 26,7 por cento, contra 19,9 por cento quando a dor dura um dia.

A desmotivação e descontentamento, a hipocondria, o alcoolismo e a depressão são alguns dos factores que contribuem para a indução de dor lombar.



Qual a origem?

Mecânico-Degenerativo: em 90 por cento das lombalgias. Dor secundária ao excessivo uso de uma estrutura anatómica normal, trauma ou deformidade desta.

Não-mecânica: localizada e/ou psicossomática e/ou repercussão de doença sistémica. Incluem-se: inflamatórias, infecciosas, tumores, aneurisma abdominal, úlcera péptica e doenças metabólicas.

Existem duas alterações frequentemente verificadas e presentes na maior parte de alterações da anatomia da coluna lombar.



Alterações anatómicas frequentes


Hiperlordose lombar

O alongamento de certos grupos musculares, bem como o trabalho de fortalecimento, devem-se incluir no programa de actividade física.

• Sugestão de exercícios: abdominal, pernas flectidas, encostar a coluna lombar na parede fazendo movimento de retroversão da bacia, contraindo o abdominal (TVA), flexão de tronco com os joelhos flectidos e pés fixos, elevação da cintura escapular do solo, em decúbito dorsal, joelhos em flexão e pés fixos. Pedir ajuda especializada para a correcta execução dos exercícios.


Lombar rectificada

É a inexistência ou inversão de qualquer das curvaturas da coluna vertebral. Geralmente, apresenta-se na coluna lombar e é causada pela hipertrofia da musculatura abdominal e pela hipotonia da musculatura lombar.

• Sugestão de exercícios: trabalhar a musculatura da coluna lombar e também executar exercícios posturais correctivos: rolamento (decúbito ventral, segurar os pés e fazer o balanço do corpo), ponte (decúbito dorsal, procurar ficar apoiado nas mãos e nos pés arqueando o corpo o máximo que puder), extensão da coluna (deitado em decúbito ventral, mãos na nuca, fazer a extensão da coluna e voltar a posição inicial).





Objectivos Específicos:

- Reduzir o risco de morte súbita, de novo E.M. ou de novos acidentes cardiovasculares

- Diminuir ou limitar o impacto fisiológico e psicológico do Enfarte do Miocárdio

- Optimizar a capacidade funcional

- Evitar/Prevenir a progressão subjacente ao processo arterioesclerótico

- Aumentar o “status” profissional e vocacional do paciente



Benefícios do Exercício Físico:

- Melhor Capacidade Funcional e de Tolerância Física

- Bem Estar Psico-Social

- Eficiência Cardio-Respiratória

- Melhor Circulação Sanguínea

- Coronária com Redução da Isquémia Miocárdica

- Doença Coronária Arteroesclerótica

- Redução do Risco de Morte Súbita

- Redução de Factores de Risco Arterotrombótico





Dia 8 de Setembro comemora-se o Dia Mundial da Fisioterapia. Este dia foi instituído pela Confederação Mundial de Fisioterapia (WCPT), organização representativa de mais de 250,000 de fisioterapeutas em todo o Mundo.

Tal comemoração suscita-nos alguma reflexão sobre a prestação de cuidados de fisioterapia ano nosso país, em especial analisar as grandes diferenças à luz do que se passa em outros países da Europa.

Encontramos graves problemas, em grande parte devido a ausência de regras ao nível da sua integração no sistema de saúde e não pelos seus profissionais que detém, lá como cá, a capacidade de prestar cuidados da maior qualidade, interagindo com doentes, famílias e comunidade e também com os outros profissionais de saúde.





A responsabilidade por essa regulação reside em mecanismos de natureza central das profissões, suportada pelos princípios éticos e responsabilidades dos seus profissionais, criando-se, assim, expectativas de elevados padrões, quer para o público, quer para os profissionais, sendo esperável uma menor variabilidade do exercício profissional e dos comportamentos.

Esta regulação interna traduz-se, por parte dos profissionais, na aceitação da sua responsabilidade de traba­lhar de uma forma que seja consistente com os valores e objectivos estratégicos da organização em que se inserem e incluindo a responsabilidade de manter uma boa prática, atingindo padrões elevados de desempenho.

A organização terá também a responsabilidade de providenciar as necessárias condições para esse desempenho e facilitar o desenvolvimento profissional de uma forma contínua.

Estes conceitos de auto-regulação obrigam a mudanças de atitude e de cultura, no sentido de ser prestada ajuda aos profissionais, os quais, por não conseguirem gerir a sua actividade de forma adequada, poderão ter atitudes não efectivas ou mesmo prejudiciais, junto dos seus clientes.

A profissão de fisioterapeuta tem evoluído de um perfil de técnico sob direcção médica, para um estatuto de profissional.

A dominância da profissão médica, através do que Tapping (1985), citado por Lopes (1994), chama o «controlo do conhecimento», assume aspectos determinantes, mesmo quando, em vários países e no caso actual de Portugal, os fisioterapeutas adquiriram um estatuto de autonomia e de responsabilidade pelo seu exercício e em que deixaram de estar obrigados a depender de uma pres­crição médica para prestar cuidados a doentes (Lopes, 1994).

A Fisioterapia está actualmente a produzir os seus próprios filósofos, que discutem a relevância do mode­lo médico como grelha conceptual para a fisioterapia, explorando agora as relações entre modelos sociais e holísticos e fisioterapia.

A análise histórica da Fisioterapia permite-nos verificar que, num primeiro estado, a subordinação à profissão médica é dominante, mas que ela se vai esbatendo ao longo dos anos, à medida que, do ponto de vista estrutural e funcional, a profissão se vai autonomizando (Lopes, 1994). Segundo Cross, citado por Lopes (1994), no Reino Unido, o desenvolvimento da prática clínica dos fisioterapeutas tem evoluído numa sequência de patamares, entre o perfil de técnico sob direcção médica até aos anos 60, de profissão paramédica com poderes limitados nos anos 70, para profissionais autónomos com responsabilidades na gestão, nos anos 80, e, nos anos 90, para prestadores de um serviço profissional com capacidade de auto-regulação através de negociação e contratualização.

Poder-se-ia dizer que, em Portugal, a situação se passa de forma semelhante, embora com cerca de 10 anos de atraso, através da evolução do conhecimento científico, do progressivo reconhecimento legal da profissão, da protecção do seu título e domínio de intervenção e na valorização da própria formação, hoje consagrada ao nível de licenciatura (com existência de mestrados e doutoramentos em Fisioterapia), bem como pelo crescente reconhecimento, pelo público em geral, do valor social e do estatuto da profissão e dos profissionais.

Apesar dos esforços realizados ao nível das estruturas profissionais, para uma cada vez maior visibilidade da profissão, e para uma cada vez maior autonomização dos seus profissionais, a fisioterapia ainda não adquiriu no nosso País um estatuto de paridade com as profissões de saúde tradicionalmente reconhecidas.

Apesar da evolução no plano da formação básica e pós--básica e dos ganhos importantes a nível da autonomia profissional, reveladas inclusivamente ao nível da função pública (integração numa carreira considerada corpo especial, paralela às demais carreiras na área da saúde, consagração de níveis de hierarquia própria, actuando na prestação de cuidados e na gestão, com total autonomia e responsabilidade), os fisioterapeutas não conseguiram ainda, ao nível dos serviços, libertar-se da tutela médica, hoje em dia considerada inadequada.

Ao longo dos tempos, têm-se vindo a verificar grandes limitações no que respeita ao exercício da Fisioterapia, tendo algumas a ver com a inserção da Fisioterapia no Sistema de Saúde: a nível dos cuidados a prestar à população e onde se insere um conjunto de problemas tais como os modelos de intervenção no contexto dos cuidados primários, secundários e continuados; as questões de autonomia dos seus profissionais e a sua relação com a formação no contexto educativo nacional e face à domi­nância e poder médico; a integração dos fisioterapeutas nas equipas de saúde como pares dos outros profissio­nais de saúde; a legislação vigente e os aspectos hoje em dia prioritários da regulação e do controlo do exercício profissional.

A Fisioterapia actua no âmbito da prevenção primária, secundária e terciária (cuidados continuados e reabilitação), não se podendo, por isso, confundi-la com reabilitação ou muito menos tentar limitá-la a uma única área de intervenção.





O presente estudo pretende verificar se existem diferenças, a nível do equilíbrio, em sujeitos com hemiplegia direita, comparativamente aos que possuem hemiplegia esquerda, ambas com origem num AVC isquémico e qual a relação entre a área de lesão e as alterações do equilíbrio.

Faça o download do Documento.

Associação Portuguesa de Fisioterapeutas

www.apfisio.pt





Por isso, este ano, a equipa de fisiote­rapeutas desta unidade hospitalar preferiu destacar a promoção da saúde na população idosa através de uma exposição, organizada no âmbito da celebração do Dia Mundial da Fisioterapia (8 de Setembro).

De acordo com a Dr.ª Cristina Brandão, fisioterapeuta, técnica coordenadora de Fisioterapia do HNSR, SA, «o objectivo destes profissionais passa pela divulgação da Fisioterapia em Portugal, associando-se às comemorações promovidas a nível mundial pela World Confederation for Physical Therapy, da qual a Associação Portuguesa de Fi­sio­terapeutas é membro efectivo e, ao mesmo tempo, prevenir e ensinar os cuidados básicos, indispensáveis a uma vida com qualidade».

A mensagem aos idosos e à comunidade em geral foi transmitida através de uma exposição que esteve patente no átrio principal do hospital, entre 30 de Agosto e 17 de Setembro.



Mobilidade retarda problemas inerentes à velhice

Quando a população idosa está internada no hospital é pedida ajuda, em grande parte dos casos, aos fisioterapeutas.

Cristina Brandão destaca essas situa­ções:

«Neste hospital, segundo a nossa casuística, a intervenção dos fisioterapeutas é requerida com mais frequência no doente com patologia respiratória, seguindo-se a patologia neurológica, nomeadamente o acidente vascular cerebral (AVC), e depois as patologias ortotraumatológicas. Como tal, privilegiámos estas três áreas na nossa exposição.»

O lema é «Toca a mexer, pela sua saúde». O sector de Fisioterapia incentiva a integração do idoso em classes de mobilidade global e alerta que, assim, se previne e retarda a instalação de défices motores intrínsecos ao envelhecimento.

«O objectivo é sensibilizar as pessoas para a prática do movimento e a forma como podem promover a sua saúde. Normalmente, todos nós pensamos que os profissionais de saúde são “responsáveis” pela nossa saúde. No entanto, cada um de nós deve ser o agente de mudança em termos de mentalidade e comportamento, tornando-nos co-responsáveis pela melhoria da nossa qualidade de vida», esclarece a fisioterapeuta Cristina Brandão.

Entre outras causas, os acidentes vascula­res cerebrais devem-se, muitas das vezes, no caso dos idosos, ao sedentarismo. Além do mais, a imobilidade traz outras consequências como as infecções respiratórias, que na população idosa pode ser uma das causas de morte.



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