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Osteoporose: Fragilidade feminina

3 Abril, 2013 0

Não é exclusiva das mulheres, mas a fragilidade óssea típica da osteoporose acontece mais nelas do que nos homens. Com risco de fracturas, para ambos os sexos e, sobretudo, à medida que a idade avança.

Uma em três mulheres sofre de osteoporose, um em oito homens também. Sempre com mais de 50 anos, porque esta doença do esqueleto é mais comum a partir da chamada meia-idade e mais ainda quando se ultrapassa a barreira dos 65. Nelas coincide com a menopausa.

O que está em causa é a diminuição da massa óssea, o que significa que os ossos ficam menos densos. Há também uma diminuição da qualidade, com os ossos a tornarem-se mais porosos. Tudo isto contribui para uma menor resistência e consequente aumento do risco de fracturas.

A fragilidade é mais acentuada em determinados ossos, nomeadamente nas vértebras dorsais e lombares (coluna), no rádio (braço) e no fémur (perna). São estes os ossos em que acontecem mais facilmente fracturas.

Além do sexo (feminino) e da idade (acima dos 65 anos), há outros factores de risco, com a osteoporose a ser mais comum entre as pessoas de raça caucasiana e asiática e entre quem possui antecedentes familiares de fractura. Nas mulheres, há outros elementos a considerar: é o caso da menopausa precoce, que aumenta a probabilidade de sofrer de osteoporose, é também o caso da existência de períodos de amenorreia prolongados (meses seguidos sem menstruação). As mulheres mais magras também são mais vulneráveis.

Independentemente do sexo, a fragilidade também existe quando se é forçado a imobilização prolongada (caso das pessoas acamadas), quando já se têm outras doenças ósseas, reumáticas ou das glândulas e ainda quando se utilizam em permanência medicamentos que provocam diminuição da massa óssea (como os corticoesteróides e os anticoagulantes).

O estilo de vida também conta e muito: uma dieta pobre em cálcio enfraquece os ossos, o mesmo sendo válido quando se leva uma vida sedentária, quando se fuma, quando se consome cafeína e bebidas alcoólicas com regularidade.

Este é o risco de ter osteoporose; já o risco de quedas, logo de fracturas, é acrescido em pessoas com dificuldades motoras ou sensoriais (problemas de audição e visão, por exemplo) e em pessoas que fazem tratamento com antidepressivos e ansiolíticos (porque podem diminuir o estado de alerta). Mas como saber qual o estado de saúde dos ossos?

Existe uma técnica de diagnóstico precoce que permite medir a massa óssea – trata-se da osteodensitometria, cujo valor-padrão é o índice T. Assim, se for maior do que -1, isso corresponde a ossos saudáveis; entre -1 e -2,5 significa que existe osteopenia, ou seja, que já há fragilidade; e menor que -2,5 indica osteoporose. Com a mesma técnica, é possível avaliar o risco de fractura.

Este não é, porém, um exame que faça parte dos rastreios normais de saúde, pelo que não há uma maneira de sabermos, a cada altura, qual a resistência dos nossos ossos. Por isso, o melhor é apostar na prevenção, de modo a manter bons níveis de massa óssea: o que passa pela modificação de alguns factores de risco como os relacionados com a alimentação e o exercício físico. A actividade física ajuda à flexibilidade e resistência do esqueleto, completando os benefícios de uma dieta abundante em vitaminas (sobretudo a D) e minerais, nomeadamente cálcio: é sabido que o leite e derivados são dos melhores amigos dos ossos, mas os vegetais de folha verde (brócolos, espinafres, nabiças e agriões) também.

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