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Incontinência Urinária Feminina

11 Maio, 2009 0

Já lhe aconteceu provavelmente sentir uma vontade imperiosa de ir à casa de banho e pensar que não vai chegar a tempo ou perder urina quando tosse, espirra, pratica dança ou desporto.

A incontinência urinária A incontinêcia urinária significa que não consegue controlar o momento de esvaziar a sua bexiga. Se já se confrontou com esses sintomas e os confidenciou a uma amiga ou familiar talvez a tenham consolado dizendo-lhe que isso é uma condição normal de ser mãe.

A perda de urina involuntária é comum nas mulheres e em menor grau nos homens, mas não é em caso algum normal: quatro em dez mulheres com idades superiores a quarenta e cinco anos podem sofrer de algum tipo de incontinência.

Os sintomas surgem gradualmente agravando-se com o decorrer dos anos se nada for feito. Este valor poderá contudo ser considerado conservador uma vez que a extensão do problema não é correctamente conhecida.

De facto, muitas mulheres por vergonha ou embaraço ou mesmo ignorância não recorrem a cuidados médicos: num estudo realizado no Hospital de S. João, no Porto, constatou-se que somente 14% das mulheres com problemas de incontinência urinária procuraram ajuda médica.

A incontinência, nas suas diversas formas, provoca na mulher efeitos físicos e psicológicos devastadores, dado que o receio de perda de urina em público leva a mulher a isolar-se, com prejuízo da sua qualidade de vida, podendo levar nos casos mais graves a depressões profundas.

Esta condição tem também um elevado impacto nas famílias tanto no aspecto psicossocial como económico. Os custos associados à incontinência podem ser muito elevados, representando um peso significativo tanto no orçamento familiar, como nos sistemas de segurança social e de seguros.

Na verdade, este problema terá mesmo tendência a agravar-se no futuro, uma vez que estudos prospectivos efectuados em Centros da União Europeia revelam que a população com mais de 65 anos irá aumentar 20% até 2010, relativamente a 1995, o que conduzirá a um aumento automático de 10% do orçamento global com a saúde, quatro quintos dos quais referentes a cuidados médicos de pessoas com mais de 75 anos.

A imprensa e os media em geral têm um papel fundamental na pedagogia das populações no sentido de eliminar receios e tabus na procura de ajuda médica.

Os ganhos são duplos: quer para a mulher que após tratamento renova a alegria de viver, quer para a sociedade em geral, que através de uma gestão eficiente desta patologia e da promoção e disseminação de boas práticas, conduz não só a uma redução de custos, que pode atingir 20%, como ainda poupa recursos escassos para combater outras doenças mais graves.

A incontinência, na sua condição mais prevalente, está geralmente associada a um enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico, sendo conhecida como incontinência de esforço, por se revelar quando é feito um esforço (tossir, fazer desporto).

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Pode contudo estar associada a outros sintomas como a urgência, que criam um estado de ansiedade tal, que nos casos mais graves, faz com que a mulher não consiga sair de casa com medo do embaraço, que a perda de controle possa provocar em público. Deste modo um problema inicial, fácil de controlar, transforma-se para muitas mulheres num pesadelo em que normalmente a família acaba por ser envolvida.

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