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XIII CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA DO NORTE » Ambiente esterilizado de infantários afecta sistema imunitário

17 Março, 2007 0

A ideia de que as infecções frequentes que as crianças sofrem nos infantários beneficiam o desenvolvimento de uma imunidade rápida e eficaz é um mito. Este é um dos alertas que será feito no XIII Congresso de Pneumologia do Norte, a realizar entre os dias 16 e 18 de Março, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, organizado pelo serviço de Pneumologia do Hospital de São João.

A preocupação de pneumologistas e imunologistas não se reporta à gravidade da infecção, mas sim ao condicionamento de um correcto desenvolvimento do sistema imunitário da criança e que mais tarde poderá ter como consequência uma menor defesa do organismo face a inúmeras doenças.

O problema coloca-se nas exigências dos novos estilos de vida e da crescente tendência da qualidade de vida urbana para a esterilização. Cada vez mais as crianças que frequentam os infantários nas cidades contactam com um mundo plástico e não com um meio natural (terra, árvore, animais), o que acaba por condicionar um correcto desenvolvimento do sistema imunitário.

Além disso, as infecções que ocorrem nos infantários gozam de um carácter circular, e que pode ser muito nocivo na competência imunitária: passam de criança para criança, destas para os amigos e irmãos, posteriormente para os pais, e destes novamente para as crianças e infantários.

Tabagismo e cessação tabágica

No Hospital de São João, entre 2002 e 2005, a consulta de tabagismo do Serviço de Pneumologia registou um aumento na procura de 125%, com necessidade de ser alargada a vários médicos do serviço.

A problemática do tabagismo e a necessidade de cessação tabágica são assuntos que também serão abordados neste congresso através da realização de um curso de prevenção e tratamento deste hábito.

O conhecimento de que a cessação do tabagismo melhora o(s) risco(s) de quem fuma relativamente a quem continua a fumar, e o conhecimento das dificuldades em abandonar este hábito de forma espontânea e sem qualquer acompanhamento (sucesso que ronda os 3 a 7 %), levou a uma procura crescente de consultas de cessação tabágica, dado que o acompanhamento dos fumadores neste processo aumenta a probabilidade de sucesso a longo prazo para 4 a 5 vezes mais.

Na União Europeia, a mortalidade por doenças associadas ao tabaco ronda os 24% da mortalidade por todas as outras causas no homem e 7% na mulher, com tendência crescente particularmente neste último caso, dado o aumento de consumo de tabaco pelo sexo feminino nos últimos 20 anos.

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