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Doença de Alzheimer » Quando já não se lembra do caminho para regressar a casa

7 Janeiro, 2007 0

A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa que, lenta e progressivamente, destrói as células do cérebro, os neurónios, que não têm a capacidade de outras células do corpo para se regenerar.

Ou seja, uma vez destruídos não podem ser substituídos. Não há cura. Os medicamentos podem aliviar os sintomas, diminuir a destruição, melhorar a memória e a concentração. O doente deve ser tratado com dignidade.

A doença afecta a memória e o funcionamento mental (pensar, falar) mas pode levar a outros problemas como confusão, mudanças de humor, desorientação no espaço e no tempo, levando muitas vezes a que os doentes não consigam regressar à sua própria casa.

No início da doença, as dificuldades de memória, e a perda de capacidades intelectuais podem ser tão ligeiras que passam despercebidas para o próprio e para a sua família. No entanto, com a progressão da doença, os sintomas tornam-se cada vez mais evidentes e começam a interferir com a rotina social e laboral.

Dificuldades práticas nas tarefas da vida diária como vestir, lavar-se ou fazer as necessidades, tornam-se tão severas que com o tempo a pessoa depende totalmente da ajuda de terceiros.

Não é uma doença infecciosa ou contagiosa. È uma doença terminal que provoca uma deterioração geral da saúde, do sistema imunitário, acompanhada por perda de peso, e portanto, predispondo ao aparecimento de doenças infecciosas.

Quem pode ser afectado?

Todos podem desenvolver a doença, mas, tratando-se de uma doença multifactorial, pode identificar-se um conjunto de factores que aumentam o risco do seu aparecimento:

Idade – Quanto maior a idade, maior a probabilidade de desenvolver a doença. Aproximadamente uma em cada vinte pessoas com mais de 65 anos tem a doença. Antes desta idade, apenas uma em cada 1000 sofre de Alzheimer. Como as pessoas vivem cada vez mais anos, a tendência é para o aumento do número de casos de doença de Alzheimer, e por isso mais fácil lembrar que a doença existe.

Sexo – Alguns estudos indicam que existem mais casos entre as mulheres. Mas como as mulheres vivem mais anos do que os homens, pode ser esse o factor explicativo para a diferença encontrada e não a diferença de sexos.

Traumatismo craniano – Pessoas que sofreram um grave traumatismo na cabeça, sobretudo se este ocorreu após os 50 anos e foi acompanhado de perda de consciência, têm um risco acrescido da doença.

“(…)Com o tempo a pessoa depende totalmente da ajuda de terceiros”.

Diagnóstico

A causa da doença permanece desconhecida, não existindo por isso nenhum teste específico que permita afirmar que determinada pessoa tem ou não a doença. O diagnóstico é feito por um processo de eliminação de outras causas e do exame do estado físico e mental da pessoa. Nestes exames, os familiares ou os cuidadores são fundamentais para fornecerem informação sobre os comportamentos da pessoa e as dificuldades surgidas a vestir-se, a lavar-se, a gerir o dinheiro, a assumir compromissos, a viajar sozinho, no desempenho profissional e em outras tarefas domésticas.

Além destas informações, a aplicação de um teste psicológico é fundamental. Os exames de imagem como a TAC, a ressonância magnética ou outros, podem ser utilizados apenas para despistar outras doenças e de algum modo aumentar as certezas quanto ao diagnóstico de Alzheimer.

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