<br /> Para o Dr. Pedro Cantista, presidente da Sociedade Portuguesa de <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/7814/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(7814, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">Medicina</span> Física e de Reabilitação, esses fenómenos traduzem-se, essencialmente, pelo «conhecimento do papel que os osteoblastos (células ligadas à “construção” das trabéculas) e os osteoclastos (células ligadas à reabsorção) desempenham; pela compreensão do complexo <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/10240/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(10240, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">metabolismo</span> fosfocálcico; pelo conhecimento da biomecânica do <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/9103/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(9103, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">osso</span> e da sua resistência aos traumatismos; pelo estudo da <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/4721/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(4721, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">epidemiologia</span> das fracturas e, finalmente, pelo desenvolvimento de terapêuticas eficazes graças a uma investigação de dimensão nunca antes atingida». <br /> <br /> Passou, portanto, a haver um melhor conhecimento da doença e da sua importância. A classe médica interessou-se bastante por esta <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/8287/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(8287, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">patologia</span> e está hoje muito mais informada e atenta. <br /> <br /> «O público em <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/5778/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(5778, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">geral</span> também já tem, em minha opinião, um conhecimento razoável da <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/9170/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(9170, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">osteoporose</span>, embora haja ainda algumas ideias incorrectas acerca da doença e segmentos da população mal informados», adverte Pedro Cantista, acrescentando:<br /> <br /> «Destaco, finalmente, como avanço fundamental, o desenvolvimento de um método <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/1377/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(1377, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">auxiliar</span> de diagnóstico que se mostrou absolutamente decisivo para indicar ou orientar correctamente o <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/11947/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(11947, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">tratamento</span>. Refiro-me à densitometria óssea, nomeadamente, à técnica que utiliza a dupla absorciometria de radiação X, vulgarmente designada por DEXA.»<br /> <br /> Em Portugal, este conjunto de desenvolvimentos permitiu um enorme progresso no tratamento da osteoporose. No entanto, o nosso entrevistado admite «a existência, ainda, de um défice de diagnósticos, ou seja, muitos casos por detectar e também alguma prática incorrecta nos protocolos de tratamento». <br /> <br /> <br /> <br /> Soluções para tratar <br /> a mulher pós-menopáusica<br /> <br /> Existem medidas absolutamente consensuais em algumas das soluções a adoptar e alguns outros aspectos do tratamento com possíveis opções alternativas. Especificando melhor, Pedro Cantista diz-nos que «é aceite universalmente que medidas preventivas, como uma boa alimentação (correcto aporte de cálcio e <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/197/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(197, this, event)" onMouseout="delayhidetip()"><span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/4413/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(4413, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">vitamina</span> D</span>), a prática de exercício físico bem-orientado e o evitar de um conjunto de factores de risco (como o tabaco, o excesso de álcool ou café, etc.) são absolutamente fundamentais».<br /> <br /> Por outro lado, há também um consenso alargado quanto ao <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/11465/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(11465, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">tipo</span> de fármacos a utilizar num grande número de situações, «nomeadamente, aos chamados “anti-reabsortivos” como os bifosfonatos (essencialmente o alendronato e o risedronato) e os SERMS, substâncias modeladoras dos receptores de estrogénios (cujo principal produto utilizado é o raloxifeno)».<br /> <br /> Igualmente, há hoje novos critérios em relação à utilização de estrogénios na pós-<span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/10106/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(10106, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">menopausa</span>. A maioria dos peritos defende que «a <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/11286/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(11286, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">terapia</span> hormonal de substituição não deverá ultrapassar os cinco anos e terá, sobretudo, como indicação a síndrome vasomotora (popularmente designada por “calores” ou “fogachos”), quando esta sintomatologia se tornar de difícil tolerância para a mulher». <br /> <br /> Em algumas situações muito particulares, outras terapêuticas podem ser adoptadas. No entanto, a sua prescrição não está ainda generalizada. «Refiro-me, essencialmente, a novos medicamentos “formadores” de osso, como o teriparatide, e aos “velhos” anabolizantes, com um papel ainda válido, embora muitíssimo restrito.»<br /> <br /> O alendronato é, «sem dúvida, um dos medicamentos de referência no tratamento da osteoporose. Digo isto porque a sua eficácia, quer para aumentar a massa óssea, quer sobretudo para diminuir a incidência de fracturas vertebrais e não vertebrais (particularmente as da anca), foi demonstrada em estudos epidemiológicos de grande dimensão. O primeiro desses estudos foi efectuado já há mais de 10 anos. Desde então, sucessivos trabalhos evidenciaram de forma consistente a mesma eficácia e tolerância», explica Pedro Cantista.<br /> <br /> Em tom de conclusão, salienta ainda «o extraordinário avanço que foi atingido com a constatação da possibilidade de efectuar apenas uma toma semanal deste <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/7812/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(7812, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">medicamento</span> sem perda da sua eficácia. Este aspecto tornou a <span class="tooltip" onClick="window.location='/action/10/glo_id/9592/?menu=';" onMouseover="fixedtooltip(9592, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">posologia</span> muito cómoda». <br /> <br />