Fernanda Águas acrescenta ainda que “se tem havido alguma redução do risco <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/cardiovascular';" onMouseover="fixedtooltip(2044, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">cardiovascular</span> no sexo masculino, o mesmo <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/j';" onMouseover="fixedtooltip(7123, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">j</span>á não acontece no sexo feminino porque na mulher a doença cardiovascular está subdiagnosticada, fruto de se dar maior atenção a outras doenças do âmbito feminino”. <br /> <br /> “A fase da vida influencia muito o risco que a mulher tem de desenvolver doença cardiovascular. A <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/menopausa';" onMouseover="fixedtooltip(10106, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">menopausa</span> é uma das fases em que a perda de estrogénios aumenta o risco de desenvolver doença cardiovascular. Quando a mulher faz terapêutica hormonal de substituição (THS) é para tratar os sintomas da menopausa e melhorar a qualidade de vida», diz a ginecologista acrescentando que «com menos de 60 anos, acreditamos que a THS pode ajudar a <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/reduzir';" onMouseover="fixedtooltip(10379, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">reduzir</span> o risco cardiovascular».<br /> <br /> Fernanda Águas termina deixando um conselho: «a THS é para prescrever quando <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/h';" onMouseover="fixedtooltip(6002, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">h</span>á indicação, de forma individualizada e depois de estudar o perfil clínico da mulher em menopausa mas há uma "janela de oportunidade" em que a utilização desta terapêutica é benéfica na prevenção do risco cardiovascular». <br /> <br /> <br /> <br /> Mais informação sobre esta temática<br /> <br /> As doenças cardiovasculares representam a principal causa de <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/mortalidade';" onMouseover="fixedtooltip(11592, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">mortalidade</span> feminina nos <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/pa';" onMouseover="fixedtooltip(7887, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">pa</span>íses ocidentais, principalmente após os 50 anos de <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/idade';" onMouseover="fixedtooltip(6699, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">idade</span>, período em que se manifesta a menopausa e durante o qual os ovários deixam de funcionar e se regista uma menor produção de hormonas. A protecção cardiovascular assegurada durante a idade <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/f';" onMouseover="fixedtooltip(5165, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">f</span>értil é assim ameaçada por diversos factores de risco quando se estabelece a transição para a idade não reprodutiva. Nesta etapa as mulheres <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/t';" onMouseover="fixedtooltip(11098, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">t</span>êm 65% de probabilidade de vir a desenvolver hipertensão <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/arterial';" onMouseover="fixedtooltip(1173, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">arterial</span>, 46% de hipóteses de ter doença coronária e 31% de probabilidade de morrer de doença cardiovascular.<br /> <br /> Uma vez que a maioria das mulheres desconhece a incidência destas patologias na menopausa e não estão consciencializadas para a prevenção desse facto, o ginecologista tem um papel privilegiado no aconselhamento da saúde feminina durante as consultas de rotina. Para além das recomendações para a <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/pr';" onMouseover="fixedtooltip(9619, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">pr</span>ática de um estilo de vida saudável, as indicações médicas deverão promover a redução dos factores de risco cardiovascular. “No climatério (transição do período fértil para o não reprodutivo) e na pós-menopausa recente (primeiros 10 anos), a utilização da terapêutica hormonal pode contribuir para proteger a <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/parede';" onMouseover="fixedtooltip(8230, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">parede</span> <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/vascular';" onMouseover="fixedtooltip(3220, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">vascular</span> e deste modo reduzir o risco cardiovascular. Esta não pode ser uma estratégia isolada e há que aproveitar a presença da mulher nas consultas de vigilância ginecológica para associar aos rastreios oncológicos (<span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/cancro_da_mama';" onMouseover="fixedtooltip(14, this, event)" onMouseout="delayhidetip()"><span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/cancro';" onMouseover="fixedtooltip(1923, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">cancro</span> da mama</span> e <span class="tooltip" onClick="window.location='/glossario/colo';" onMouseover="fixedtooltip(2649, this, event)" onMouseout="delayhidetip()">colo</span> útero), o despiste e correcção da hipertensão arterial e das dislipidémias” sublinha Fernanda Águas.<br /> <br /> Estudos recentes defendem que a terapêutica hormonal de substituição (THS) utilizada em mulheres com menopausa recente e idade inferior a 60 anos pode reduzir a morbilidade e mortalidade cardiovascular. Nos anos 80-90 o estudo observacional Nurses's Health Study revelou uma redução do risco de doença coronária entre 30-50% nas mulheres que utilizaram a THS.