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Sexualidades

10 Novembro, 2007 0

O mais comum é dirigirmos nossos desejos sexuais para pessoas de um sexo anatómico diferente do nosso.

Isto é o mais comum, mas não significa ser a única possibilidade.

Desta forma é possível termos todas as combinações possíveis de escolha: homem e mulher; homem e homem; mulher e mulher. A esta possibilidade de escolha de um ou uma parceira, damos o nome de orientação sexual, que pode ser: heterossexual, homossexual ou bissexual. A assexual não conta, pois não se caracteriza como uma orientação.

Como foi referido, foi usado o termo orientação, e não opção; este segundo termo é erróneo e não deve ser utilizado, pois caracteriza uma definição consciente da escolha do parceiro sexual, e não é assim que na realidade as coisas são; a orientação sexual envolve mecanismos ainda não esclarecidos – biológicos, psicológicos ou sócio-culturais – mas não é um mecanismo dependente única e exclusivamente da vontade.

3. Fases do desempenho sexual:

Definidas nossas identidades e orientações sexuais, só nos resta desempenhar a sexualidade.

Para Freud, a nossa sexualidade desenvolve-se desde a infância, apresentando um período de latência, e com o advento da puberdade, e portanto das transformações físicas decorrentes, temos um novo fluxo de energia sexual.

Após a puberdade e com o amadurecimento do aparelho reprodutor – nome isento de erotismo, para os órgãos sexuais – somos capazes de exercer uma sexualidade adulta.

Nos seres humanos a sexualidade tem carácter reprodutivo e recreativo (eufemismo para descaracterizar a noção de prazer envolvendo a sexualidade), apesar de algumas religiões se mostrarem abertamente contra qualquer outra possibilidade que não a reprodutiva para a sexualidade.

Desta forma, pensando em duas pessoas maduras biologicamente para o exercício da sexualidade, teremos o seguinte ciclo de resposta sexual:

– fase de desejo sexual

– fase de excitação sexual

– orgasmo

– fase de resolução

Estas fases caracterizam todo o acto sexual.

A fase de desejo sexual corresponde ao início de qualquer actividade sexual, o interesse, ou vontade; é quando vamos à procura, porque termos interesse ou desejo sexual.

Já a fase de excitação corresponde ao início da actividade sexual propriamente dita, ou seja, quando se iniciam respostas fisiológicas do organismo – por exemplo: erecção no homem, e lubrificação vaginal na mulher – dando possibilidades aos dois para que o acto sexual continue.

Nesta fase a excitação aumenta progressivamente – podendo ou não dar-se a penetração – até um clímax, ponto de não controle e não retorno, chamado orgasmo – que no homem geralmente é associado à emissão de esperma, ou ejaculação -, e que se caracteriza por um prazer intenso.

O orgasmo feminino envolve factores não só fisiológicos, mas também psicológicos; o orgasmo clitoriano é o mais comum e envolve uma estimulação por fricção e contacto com o clítoris; já o orgasmo vaginal é muito menos frequente e geralmente exige envolvimento físico da mulher com seu parceiro, exigindo da mesma estar tranquila em relação à sua sexualidade; antigamente pensou-se que o orgasmo vaginal era o desejado, e que mulheres que só tivessem orgasmo clitoriano eram imaturas sexualmente; actualmente se a mulher só consegue ter orgasmo clitoriano, mas de boa qualidade, será mais do que normal.

O famoso ponto G, que poucos conhecem, ou já sentiram, seria uma região da parede anterior da vagina altamente sensível ao estímulo sexual e capaz de produzir um orgasmo extremamente potente.

Outra dúvida frequente é sobre a ejaculação feminina, que não deve ser confundida com um excesso de lubrificação, e que ocorreria durante o orgasmo; algumas mulheres seriam capazes, na verdade, de, na hora do orgasmo, produzirem uma secreção abundante, que também não deve ser confundida com libertação de urina.

A fase de resolução é aquela na qual, após o orgasmo há um relaxamento muscular, acompanhado de sono, e onde a respiração e a frequência cardíaca, que na altura se elevaram durante o orgasmo, voltam para um nível de repouso, e onde há um período refractário para novas práticas sexuais.

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