Doenças sexualmente transmissíveis: Dessa água não beberei
Há coisas na vida pelas quais não vale a pena arriscar, como as relações sexuais desprotegidas. E outras há em que vale a pena insistir, como o uso do preservativo. Paixões que conduzem a relações sexuais desprotegidas deixam a porta entreaberta a doenças sexualmente transmissíveis (DST ).
Qualquer pessoa sexualmente activa está, naturalmente, em risco de contrair uma DST . Só a abstinência sexual – a ausência de contactos de natureza sexual – é que garante protecção total contra o contágio.
Mas claro que há perfis de maior risco, nomeadamente as pessoas que mantêm relações sexuais com múltiplos parceiros sem utilização de preservativo.
Nos actos íntimos entre duas pessoas, por vezes basta o contacto da pele para se transmitir uma infecção. E as relações sexuais não protegidas envolvem sérios riscos.
São muitas as DTS existentes, sendo quase todas causadas pela acção de bactérias ou vírus, no entanto, também podem ser devidas a outros agentes, como é o caso da tricomoníase, em que o agente patogénico é um parasita.
Em termos clínicos, há doenças curáveis e outras em que apenas é possível aliviar os seus sintomas.
Este tipo de doenças afectam homens e mulheres, comungando de um conjunto de sintomas cuja presença deve motivar uma imediata consulta médica, quanto mais não seja para evitar o desenvolvimento de complicações subjacentes. Uma pessoa infectada e não tratada continua a ser portadora do agente patogénico e eventual veículo transmissor da doença.
Um diagnóstico precoce pode evitar um surto de determinadas doenças, sobretudo em pessoas com perfis de maior risco.
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Sinais de alerta
No caso das mulheres, as alterações do corrimento vaginal são dos sinais mais comuns da presença de uma DST , seja na coloração, odor ou quantidade, sendo que o corrimento vaginal é, habitualmente, transparente ou esbranquiçado e sem cheiro significativo.
Mas há algumas infecções vaginais que produzem sintomas idênticos, pelo que um corrimento anormal não é sinónimo de uma DST . Só avaliando bem a situação é que se pode confirmar qual a doença e iniciar o respectivo tratamento.
Outro dos sintomas que pode estar presente é a dor associada à micção ou uma sensação de urgência em urinar ou de maior frequência em fazê-lo.
A gonorreia e a infecção por clamídia podem causar dor ao urinar. Da mesma forma, as mulheres infectadas com uma DST podem sentir dor durante ou após o acto sexual. Também a dor na parte inferior do abdómen, a febre e mau estar podem estar presentes.
Se estes quadros são comuns entre as mulheres infectadas, os homens também apresentam sinais que podem indiciar uma DST , como sejam secreções purulentas através da uretra, dor ou sensação de queimadura associadas à micção e necessidade de urinar com urgência ou com mais frequência do que o habitual. Em ambos os sexos, algumas destas doenças podem provocar úlceras genitais.
• Comichão junto à vagina
• Corrimento vaginal com odor e cor anormal
• Secreção purulenta do pénis
• Dor ao urinar
• Dor durante ou após o acto sexual
• Dor na região pélvica
• Úlceras genitais
• Febre, dores no corpo e gânglios inchados
• Fadiga inexplicável e perda de peso
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