Dossier: Anemia - Médicos de Portugal

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O que é a anemia? A anemia constitui um importante problema de saúde pública em todo o mundo, incide tanto nas populações de países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento.

Sendo mais prevalente em crianças e grávidas, pode afectar também mães a amamentar e mulheres adultas em fase reprodutiva, adolescentes, homens e idosos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 30 por cento da população mundial padece de anemia, sendo a sua prevalência entre as crianças com menos de dois anos de aproximadamente 50 por cento.

A anemia caracteriza-se por uma redução dos glóbulos vermelhos ou da hemoglobina (a proteína que transporta oxigénio) no sangue, comprometendo o adequado fornecimento de oxigénio às várias partes do corpo.

São várias as causas que podem originar anemia, nomeadamente o défice de ferro ou de vitaminas como a vitamina B12 ou o ácido fólico, as hemorragias, doenças crónicas, entre outras, sendo a anemia devido ao défice de ferro, ou anemia ferropénica, o tipo de anemia mais comum.

Também o facto de se estar submetido a uma terapêutica pode induzir o doente a uma anemia, uma vez que a toma de alguns medicamentos pode também ser causa desta patologia. Daí a especial atenção que recai nos profissionais de saúde quando propõem terapêuticas ou no acto da dispensa de medicamentos.

Quem pode ser afectado pela anemia?

Pode surgir anemia em bebés ou crianças caso haja um baixo aporte de ferro na alimentação; nas crianças e adolescentes, uma vez que as necessidades de ferro estão aumentadas nesta fase de crescimento rápido; na gravidez, dado que há uma maior demanda de ferro devido ao crescimento do feto.

Na mulher em idade fértil, a anemia por falta de ferro pode dever-se aos fluxos menstruais abundantes e nos adultos, em geral, pode ser causada por perda de sangue crónica, por vezes imperceptível, nas fezes. Nos idosos, a anemia pode dever-se a défice de ferro ou a existência de doenças crónicas.

Como se manifesta a anemia?

Os sintomas são múltiplos, salientando- se a palidez, cansaço, indisposição, falta de apetite, fraqueza, incapacidade para fazer exercício, dores de cabeça ligeiras, tonturas, zumbidos no ouvido ou palpitações.

O défice de ferro pode produzir os seus próprios sintomas, como é o caso da malacia (apetência por elementos não alimentícios como terra), a inflamação da língua e cortes nas comissuras da boca e das unhas.

Perante um ou vários destes sintomas, o médico pode requerer análises ao sangue que permitem conhecer o perfil dos constituintes do sangue, nomeadamente o valor da hemoglobina, por forma a despistar a presença desta patologia.

Como é possível prevenir a anemia?

A deficiência de ferro é, como se disse, o factor preponderante da anemia mais comum, a ferropénica. É necessário estar atento junto dos grupos de risco, como é o caso das grávidas e das crianças. Havendo múltiplos factores por detrás de uma anemia, a deficiência de ferro pode ser prevenida através de um regime alimentar adequado. Como é evidente, há doenças como a insuficiência renal ou as desordens hemorrágicas que carecem de um quadro preventivo diferente.

A prevenção nutricional passa por saber que temos necessidades diárias de ferro (8-10 mg/dia para homens, 15-20 mg/dia para mulheres em idade fértil). Estas necessidades são ligeiramente diferentes para crianças, adolescentes e grávidas.

Compete ao profissional de saúde estar atento ao crescimento corporal no caso de crianças e adolescentes e até às perdas fisiológicas deste mineral através da menstruação.

O recurso a suplementos de ferro pode ser uma das precauções médicas, devendo o profissional de saúde estar atento ao regime alimentar do doente (como é o caso daqueles que seguem regimes vegetarianos muito severos).

Certo e seguro, a prática de estilos de vida saudáveis é um dos melhores instrumentos de prevenção e, na maior parte dos casos, a anemia pode ser prevenida se se tiver em conta um regime alimentar diversificado.

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